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A mostrar mensagens de maio, 2021

Instant crush

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"Instant crush" é uma canção do duo francês de música electrónica Daft Punk com a participação do cantor norte-americano Julian Casablancas. Foi lançada em 2013 como parte do quarto álbum de estúdio da dupla "Random access memories". Pessoalmente, tenho ouvido muito a versão da cantora e compositora australiana Natalie Imbruglia lançada em 2015, como primeiro single do seu álbum de covers masculinas "Male". Adoro a interpretação delicada e sentida da voz de Natalie, a roupagem mais acústica, crua e orgânica que foi dada à música, que permite perceber a letra com mais clareza.  A história que narra "Instant crush" pode ser interpretada de diferentes formas, na medida em que as palavras assumem muitas vezes o sentido que lhe queremos dar. Vou tecer algumas reflexões sobre o tema, em nenhuma ordem em particular, com os pensamentos que a música desperta em mim. Comecemos pelo título. Em português significa paixão instantânea, alguém por quem sentimos

As cicatrizes das famosas Parte 2

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Decidi fazer uma continuação do meu primeiro artigo sobre este tema disponível aqui  e falar de mais três pessoas famosas com cicatrizes: Bárbara Paz, Tina Fey e Tinashe. Bárbara Paz é uma atriz, realizadora e produtora brasileira. Nascida a 17 de Outubro de 1974 em Campo Bom (Rio Grande do Sul), tem atualmente 46 anos. No dia de Natal de 1992, quando se tinha mudado há poucos meses para São Paulo para tentar a sorte como atriz, Bárbara sofre um grave acidente de carro com as amigas, que lhe causou um traumatismo craniano e facial. Teve de levar 434 pontos e o processo de recuperação foi complexo.  Bárbara começou então a fazer tratamentos estéticos e dermatológicos para conseguir retomar a carreira. Estuda teatro no Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho, no qual faz diversas peças e atinge notoriedade na televisão em novelas como "Marisol" (SBT) ou "Viver a vida" (Rede Globo).  Mantém um relacionamento com o cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector B

Restless creature: Wendy Whelan

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  "Restless creatures: Wendy Whelan" (2016) é um documentário centrado na dançarina norte-americana Wendy Whelan, que durante 30 anos foi um dos destaques da companhia New York City Ballet. Nascida a 7 de Maio de 1967, em Louisville, Kentucky (EUA), Wendy começou a fazer ballet com três anos de idade. Com doze anos, é diagnosticada com escoliose grave, condição médica em que a coluna vertebral apresenta uma deformação laterial em forma de curva, assumindo uma posição de desalinhamento. Com 15 anos entra no programa intensivo de Verão da School of American Ballet, em Nova Iorque. Foi o início de uma carreira brilhante com papeis prominentes a demonstrarem todo o seu talento.  Sobre aquilo que a atraiu no ballet, Wendy é perentória "Amava aprender a estrutura. Amava aprender a fisicalidade. A fisicalidade do ballet, a ciência de como o interior do meu corpo funcionava, como alinhar o meu corpo corretamente para um movimento e levá-lo a cabo com a dose exata de energia. Que

A tela em branco

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"A tela em branco" ("Canvas" no original) é uma curta-metragem lançada a 11 de Dezembro de 2020 na plataforma Netflix. Tem 9 minutos de duração e foi escrita e realizada por Frank E. Abney III. Este revela que se inspirou para a criar depois da morte do seu pai quando tinha cinco anos de idade e de como isso afetou toda a sua família. O produtor da curta-metragem foi Paige Johnstone e o compositor foi Jermaine Stegall. Centra-se na história de um avô afro-americano que sofre uma perda devastadora: a sua mulher. Viúvo, confronta-se agora com o espaço vazio e a solidão imensa. Então, recebe a visita da filha que lhe traz a neta para lhe fazer companhia. Esta tenta por todos os meios chamar a atenção do avô e convencê-lo a voltar a pintar. Antes de perder a companheira, o avô era apaixonado por pintura mas agora, assoberbado pela tristeza que o invade, não consegue encontrar inspiração para criar. A neta continua a impulsionar o avô, com muita dedicação e carinho, até

O meu livro "A passagem" à venda na Amazon

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"A passagem" é um conjunto de crónicas, o meu sétimo livro publicado, que escrevi dos 21 aos 29 anos e que ilustra muitas das minhas vivências, sentimentos e pensamentos. O título alude à transição para a idade adulta, ao deixar de lado alguns dos medos e inseguranças da adolescência e percebermos quem somos no mundo atual. Apenas posso falar por mim mesma, do que sinto enquanto jovem mulher e penso que as mudança são uma constante da vida e que é a partir delas que se processa a nossa própria evolução. Estamos aqui para aprender, para crescer, para amar, para tentar sermos melhores a cada dia. "A passagem" está à venda na Amazon em formato kindle (conto publicar a sua versão em papel ainda este ano), por 5.29 dólares americanos (4.35 euros). É possível espreitar dentro do livro na funcionalidade "look inside" para ler uma amostra gratuita. "A passagem" serve como uma espécie de continuação do meu livro "Dona do tempo", é uma obra muito

Ageísmo: Cher, Madonna e Jennifer Lopez

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Por ageísmo entende-se a discriminação das pessoas mais velhas, alicerçada em preconceitos relativamente ao envelhecimento. Envelhecer graciosamente significa coisas diferentes para pessoas diferentes, pelo que impor o que alguém deveria ou não fazer consoante a faixa etária em que se encontra é extremamente limitativo e mesmo castrador. Estamos a perder histórias valiosas ao não darmos às mulheres mais velhas um lugar na mesa, quer seja nas decisões de uma empresa, na indústria cinematográfica ou musical. Percebemos que as expetativas e mentalidades conservadoras ainda são muito frequentes, havendo uma construção social em que as pessoas se sentem no direito de opinar sobre a vida dos outros, abdicando da compreensão e empatia para fazer julgamentos ferozes baseados nas suas próprias noções pré-adquiridas. Ser mulher deve pressupor liberdade de escolher como vivemos a nossa vida independentemente de termos 20, 30, 40 anos ou mais. Características como experiência, maturidade e sabedo

Maratona Como viver de música de Kamilla Fialho

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"Como viver de música" foi uma maratona gratuita de três aulas que eu frequentei no mês passado, da responsabilidade de Kamilla Fialho, fundadora e CEO da K2L, empresa de gerenciamento e empresariamento artístico com mais de 18 anos de experiência, que ajudou a lançar nomes como Anitta, Lexa e Mc Rebecca. Na primeira aula intitulada "Como desenvolver o seu género musical", Kamilla refere que uma carreira musical de sucesso tem de ser sólida, estruturada e organizada. Como tal é preciso planeamento, conhecimento e cumprir todas as fases do processo. Duas ideias se ressaltam: ninguém consegue viver sem música e sem arte e a pandemia trouxe o futuro para o presente.  De facto, a música é uma das nossas principais formas de arte e creia-se que tenha surgido há mais de 50 mil anos, sempre existiu para os seres humanos e sempre irá existir.  A pandemia, por seu turno, obrigou-nos a adaptar a uma nova realidade, com o generalização dos lives, das plataformas de streaming,