Quimera Insular

Depois de publicar o meu primeiro livro "Luminescência", em formato kindle, na Amazon, retorno às publicações com "Heartbeat: Poetry and song lyrics". Esta obra nasceu de uma forma muito orgânica e fluída, inicialmente sem a intenção de formar um livro. Passo a explicar: sempre escrevi prosa desde pequena, com intenção de publicar desde os dez anos de idade. Aos quatorze descobri a minha musicalidade e comecei a escrever canções e poemas. Os anos foram passando a preencher muitos cadernos com diversos tipos de escrita. Aos vinte e dois anos inaugurei este blog e comecei a partilhar com os leitores um bocadinho do meu mundo. Por volta dos vinte e três anos foi quando comecei a escrever o caderninho que daria origem a "Heartbeat: Poetry and song lyrics". Depois de algum tempo se ter passado percebi que representava muito bem aspectos essenciais do meu amadurecimento e feminilidade, os meus problemas, a confusão, vazio, o que me mantinha acordada à noi

Beyoncé fez história ao tornar-se a primeira mulher afro-americana a ser cabeça de cartaz do festival de música e artes Coachella, actuando nos dias 14 e 21 de Abril de 2018, no Empire Polo Club em Indio, California. A artista que havia cancelado a participação no ano anterior ao ficar grávida dos gémeos Rumi e Sir, regressou aos palcos depois de dar à luz. O documentário e espectáculo musical "Homecoming" apresentando-nos Beyoncé de forma grandiosa, uma verdadeira tour de force, com referências culturais maravilhosamente colocadas, com uma voz potente, coreografias energéticas e um carisma magnético. As duas performances foram aclamadas pela crítica e pelo público. Estreou  cerca de um ano depois, no dia 17 de Abril de 2019 na plataforma de streaming Netflix, tendo sido realizado, escrito e com produção executiva de Beyoncé. A artista surge-nos como capitã do seu próprio navio e com total controlo criativo desde as luzes do palco ao tamanho da pirâmide, passando pel

A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, ocorrida por lesão, como parte de sintomas de uma doença ou mesmo na ausência de doença, pode prevalecer como dor crónica. No entanto, a dor é importante para a sobrevivência do organismo na medida em que é um sinal de alerta para várias doenças, previne lesões mais graves e torna-nos mais cautelosos em situações que a podem provocar, levando-nos a evitar riscos. Existem dois tipos de dor: a dor aguda e a dor crónica. A dor aguda é um exemplo da dor que se desvanece com a cura da doença que a desencadeou como no caso de uma apendicite. A dor crónica perdura no tempo, mesmo após a cicatrização ou cura de uma lesão. Quando não se encontra uma causa que a justifique, ela própria torna-se uma doença. Estima-se que três em cada dez adultos portugueses sofre de dor crónica como dores nas costas (lombalgia), de cabeça ou nas articulações.  A dor crónica provoca sofrimento, reduz a qualidade de vida dos doentes e afecta os seus f

Marie Forleo, coach com mais de 20 anos de experiência, apresentadora do programa Marie TV (disponível gratuitamente na plataforma YouTube) e fundadora do curso online "B School" (uma autêntica escola digital de empreendedorismo), deu um webinário gratuito no início deste mês. O tema, traduzido para português, era "Três barreiras invisíveis entre ti e os teus maiores sonhos",  Como grande admiradora do trabalho da Marie cujo lema é "Muda a tua vida, muda o mundo", assisti ao webinário de pouco mais de uma hora e partilho em baixo as lições mais importantes que retirei do mesmo. Marie Forleo pede-nos antes do início da sessão para nos treinarmos a estar focadas e presentes, de forma ao nosso cérebro desempenhar bem todas as suas funções. Forleo diz-nos que estamos aqui por uma razão , quer seja trabalhar num sonho grande e entusiasmante ou tentar resolver um problema doloroso. Em suma, todos queremos fazer mais e criar mais . Somos um event

"Ram Dass: Going home" é uma curta metragem de 2017, que nos permite conhecer melhor o mentor espiritual, escritor e investigador Ram Dass, actualmente com 88 anos de idade. Nascido a 6 de Abril de 1931 em Boston, Massachusetts, Ram Dass é filmado na sua casa em Maui (a segunda maior ilha do Havai) enquanto lida com as consequências de um acidente vascular encefálico. Ram reflete sobre a sua saúde, a dependência dos outros, o seu trabalho de vida, o amor, a vida e a morte, nesta curta metragem poética e cheia de significado.  Ram Dass destacou-se nas décadas de 1960 e 1970 ao ser pioneiro no uso dos psicadélicos eautor de várias obras como "Be here now" (1971), "Doing your own being" (1973) e "Miracle of love: Stories about Neen Karoli Baba" (1978). Este último, um guru indiano hindu foi uma das principais influências espirituais de Ram Dass, que procurar consciencializar para a beleza da vida e para a experiência da morte e do morrer.

Lançada no dia 29 de Abril deste ano, "Cellophane" da artista inglesa FKA Twigs é uma canção vulnerável e emocionante com quem muitas pessoas se podem identificar. Esta balada ao piano, que foi muito aplaudida pelos críticos e público em geral, fala da tentativa de salvar uma relação, de segurar as pontas como se de um fino papel de celofane se tratasse, mas é inútil. Por mais convicta que seja a sua postura, o papel é transparente e consegue-se ver através dele e facilmente se desfaz. Muitos interpretam o título desta música como uma metáfora para os sentimentos da cantora quando estava envolvida romanticamente com o actor Robert Pattinson. Os que a letra menciona quererem vê-los cair são as pessoas que torceram pelo final do enlace, submetendo-a a um escrutínio público cerrado. A sensação de ser observada pode assemelhar-se a uma actuação e é isso que o videoclipe de "Cellophane" nos mostra: a artista a executar brilhantemente uma performance de dança do va

Crescemos a aprender que tempo é dinheiro, que não há almoços grátis, que há sempre uma contrapartida para tudo. As experiências negativas muitas vezes endurecem-nos, tornam-nos mais cautelosos e em certa medida, cínicos porque já não acreditamos de coração aberto. Estamos sempre à espera do momento em que seremos desiludidos, em que vamos descobrir que havia segundas intenções por detrás de uma oferta aparentemente tão generosa. O vulgo lado negro da força, existente nalgum grau em qualquer pessoa.  Diz-se que o poder corrompe, que não é possível subir muito sem abdicar de algumas bases. Pode haver alguma verdade nisso porque na verdade estamos sempre a mudar, a cada dia somos um pouco diferentes do dia anterior, o que vivemos molda-nos. E se o que vivemos é mau, é natural que nos tornemos marcadamente pessimistas porque é essa a realidade que conhecemos e nenhuma outra. Por mais que tentemos contrariar esta corrente, por vezes o estado de espírito não colabora e não conseguimos ev

Filme: "Mother!" (2017)_ Esta película de terror psicológico e suspense, é mais um produto do cinema de autor e de culto realizado por Darren Aronofsky (Requiem for a dream, The fountain, Wrester, Black Swan) P rotagonizada por Jennifer Lawrence e Javier Bardem, conta ainda com as actuações de Michelle Pfeiffer e Ed Harris e tem 212 minutos de duração. F oi seleccionada para competir ao Leão de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Veneza.  Acredito que quanto menos soubermos sobre o filme, melhor esta experiência visual se revela. Sumariamente, acompanhamos a história de um escritor com um bloqueio criativo e a sua mulher, que se dedica a renovar o casarão onde moram, até que recebem visitas inesperadas que vão mudar o curso da sua vida. "Mother!" causou controvérsia pelas alegorias bíblicas e a representação de violência, mas acima de tudo, é um filme visceral, de profunda complexidade, que não segue qualquer fórmula e se abre a inúmeras interpretaç