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A mostrar mensagens de junho, 2012

A distracção individual e a memória operacional

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Um estudo científico recente aponta para que as pessoas distraídas possam ter cérebros mais eficazes. O trabalho levado a cabo por Daniel Levinson e Richard Davidson (Universidade de Wisconsin Madison, EUA) e Jonathan Smallwood (Instituto Max Planck, Suiça) relaciona a maior memória operacional com a facilidade de dispersão mental ao desempenhar tarefas rotineiras. No estudo divulgado na publicação "Psychological Science" foi pedido a um grupo de voluntários para executar tarefas simples como premir um botão a ver uma letra específica. Observou-se que os participantes com maior memória operacional (de armazenamento e manipulação de informação) eram o que se dispersavam com mais facilidade. Para chegar a estas conclusões, apresentaram-se conjuntos de letras aos participantes enquanto estes resolviam problemas matemáticos. Os que se distraíam mais facilmente com outros pensamentos foram o que memorizavam mais eficazmente estes dados. As pessoas com mai

Impasses

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Há alturas em que amar e procurar amor se transforma num quebra cabeças de muito difícil resolução, em que as peças não encaixam umas nas outras, como se tivessem vindo da fornadas diferentes. Nada tem uma finalidade lógica e cada facto é amplificado, como se por uma lupa, para pensar e repensar, esperar e desesperar, em flash backups que a nossa mente passa até se render à exaustão ou a uns vislumbres de insanidade. Porque em acontecimentos grandes, há sempre ramificações mais subtis e igualmente importantes, como se de metástases se tratassem e temos medo que ao negligenciar algum dado, as consequências sejam ainda mais desastrosas. Por isso cumprimos a nossa missão de máquinas de auto-tortura racionalizante até ao extremo. Uma demonstração de afecto, por mais pequena que seja, pode levar-nos ao céu e um dia de indiferença deixa-nos à beira do desespero. Sentimo-nos como um brinquedo a que se dá toda a atenção durante um determinado tempo e em que depois se perde o interesse ra

O suicídio de Rosie

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Rosie Whitaker, uma rapariga londrina de 15 anos, suicidou-se a 11 de Junho, atirando-se para a frente do comboio que seguia de Victoria a Ramsgate. O trágico evento deu-se numa linha de comboio perto da casa da adolescente em Beckenham, sudoeste da capital inglesa. Rosie era uma estudante e bailarina bem sucedida, que tinha conseguido um lugar muito cobiçado no Royal Opera House. No entanto, secretamente, travava uma batalha contra a bulimia e visitava sites a favor da anorexia onde conversava com outros jovens perturbados. Descrita como uma rapariga equilibrada e naturalmente feliz, Rosie terá sucumbido a um período de grave stress e de pressão em que estudava para os seus exames finais e procurava superar o fim de uma relação amorosa. De acordo com o seu blog, que entretanto já foi removido do cyberespaço, Rosie era constantemente atormentada por pensamentos de morte e acreditava não ser fisicamente atraente. Na página, Rosie falava do seu peso, das tentativas de passar fome

Dilema

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Forças de polaridade opostas a corromper Não se pode ir em frente nem recuar Apenas a agonia de não saber o que escolher Com a vida sempre a confundir e a   puxar Vivendo no fio da navalha A cabeça em desacordo do coração As vontades retorcidas em escumalha Dobradas, sem tecto nem chão Não precisamos de asas para voar Quando o importante está só neste plano O tempo ensina-nos a acreditar A aceitar o imprevisto e o insano Não me importa mais se é errado Perigoso ou uma mera perda de tempo Na minha mente, estás em todo o lado Saras-me as feridas e renovas-me o alento Digo não quando queria dizer sim Preciso de ver para crer Nada faz sentido para mim Talvez nem precise de fazer Foste como um livro que descobri Escrevendo no teu céu o meu luar Nunca vou ter de volta o que deixei em ti Nunca vou esquecer o que só posso amar