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A mostrar mensagens de março, 2012

A Guerra dos Boers

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As guerras dos boers foram dois conflitos armados na África do Sul, entre os colonos chamados de boers (de ascendência holandesa e francesa) e o exército britânico. Em causa estava a posse das minas de diamante e de ouro que tinham acabado de ser descobertas naquele território. A primeira guerra dos boers deu-se entre 16 de Dezembro 1880 e  23 de Março de 1881 e nela se declarou a independência da república boer do Transvall relativamente à Grã- Bretanha.Os boers vestiam as mesmas roupas de trabalho usadas no trabalho nas fazendas, uma jaqueta e um chapéu. Esta simplicidade contrastava com os uniformes vermelhos usados pelas forças inglesas; cor que se destacava na paisagem e permitia que fossem avistados e atingidos de longe. Na primeira guerra dos boers destaca-se ainda a Batalha de Schuinshooge, onde os britânicos foram vencidos. A derrota foi ainda mais flagrante a 27 de Fevereiro de 1881 em Majuba Hill, naquela que ficou conhecida como a Batalha do Monte Majuba. Os boers

A inspiração de Nick

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Nascido a 4 de Dezembro de 1982, a história de Nick Vujicic é um dos exemplos mais notáveis da capacidade humana de superação e de encontrar felicidade, vencendo quaisquer circunstâncias. Nick veio ao sem braços nem pernas (devido ao síndrome de Tetra Amelia , uma condição rara, caracterizada pela ausência dos quatro membros). Carregando o pesado estigma da diferença, Nick lutou tenazmente na infância e adolescência para se adaptar e conviver com os colegas. Após períodos difíceis marcados por bullying e uma depressão profunda que o levou a considerar acabar com a própria vida, Nick resolve adoptar uma atitude de gratidão pelo milagre da existência e viver com alegria, liberdade, seguindo as suas paixões, como se não tivesse nenhum condicionalismo.  Ancorado por uma fé imensa em Deus e no papel a desempenhar na Terra, começa a dar palestras motivacionais e descobre o seu verdadeiro sonho e propósito de vida: ser orador público e levar a sua mensagem de esperança e optimiso aos qu

Adelaide Fernandes recebe Prémio L´Oréal para as mulheres na Ciência

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Adelaide Fernandes, investigadora do Instituto de Investigação do Medicamento e das Ciências Farmacêuticas da Universidade de Lisboa, foi recentemente galardoada com o Prémio L' Oréal para as mulheres na Ciência. O seu trabalho foca-se no papel da proteína S100B no desenvolvimento da esclerose múltipla. Esta doença neurológica e crónica, tem origem ainda desconhecida e consiste na degradação das bainhas de mielina que envolvem e isolam as fibras nervosas no cérebro. Como sintomas principais destaca-se dores articulares, perda de equilíbrio, descoordenação motora, tremores, formigueiro, rigidez muscular, etc. Os medicamentos actuais apenas permitem retardar o desenvolvimento da doença. Adelaide Fernandes pretende  verificar se o aumento dos níveis da proteína S100B têm influência na recuperação ou diminuição de sintomas, após o aparecimento da doença. Numa próxima fase do seu projecto, a investigadora visa, alterar as funções da proteína acima citada para reduzir a dimensão dos dan

A infidelidade, transgressão humana

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Gérard Pommier é um psicanalista francês que publicou recentemente o livro "Que veut dire faire l'amour?". Em entrevista ao jornal "Figaro" o especialista defende que o desejo tem uma componente de transgressão enraizada no inconsciente: ao amar-se uma mulher "engana-se" a identidade da mãe e ao amar-se um homem, "traímos" o nosso pai.  Sobre o assunto, Pommier declara "A vida amorosa do ser humano tem como ponto de partida a infância e o desejo sexual guarda a memória desses primeiros arrebatamentos até ao momento em que é preciso romper com os laços familiares". A infidelidade da vida adulta tem assim origem no carácter de duplicidade e cimenta-se em limites interiores que têm de ser derrubados para a união plenamente satisfatória e funcional com outro ser.    O psicanalista destaca, entre as várias formas de infidelidade, a infidelidade psíquica: a necessidade de fantasiar com outra pessoa (conhecida ou não) para poder desfrutar

Inspiração ruiva

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A inovação com novos estilos de moda e cores de cabelo é uma constante. Um dos tons mais usados em tempos recentes é o ruivo. Flamejante, alaranjado ou mais escuro (para o vermelho ou castanho), a cor é uma das tendências da estação e uma das maiores apostas das marcas de coloração.  Historicamente, o cabelo ruivo é símbolo de sensualidade (O Nascimento de Vénus de Sandro Boticcelli, por exemplo), transgressão (retratos de Maria Madalena) ou temperamento explosivo (fundamentada na crença antiga de que as mulheres ruivas tinham as emoções à flor da pele). Actualmente, esta cor forte é uma afirmação de personalidade e de alma. Evidencia como poucas os melhores atributos femininos tais como o tom de pele, a cor dos olhos. Nos melhores casos, assenta como uma luva e emoldura o rosto, produzindo combinações harmónicas e perfeitas.

Carolina Beatriz Ângelo

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Carolina Beatriz Ângelo nasceu na Guarda em 1878. Aí termina o liceu e realiza os estudos preparatórios. Em 1902 conclui o curso de Medicina, em Lisboa. No mesmo ano, casa-se com o primo, Januário Barreto, também médico e defensor das ideias republicanas. Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a operar no Hospital de São José em Lisboa, orientada por Miguel Bombarda e teve consultório na Rua Nova do Almada. Dedica-se à cirurgia e ao activismo republicano, integrando várias organizações militantes, como a Liga Republicana das Mulheres e a Associação de Propaganda Feminina, de que é fundadora. Os direitos civis tornam-se outra das suas preocupações a partir de 1906, defendendo as causas da paz, da Maçonaria e dos direitos das mulheres, em especial o direito de voto. Após a instauração da República, a primeira lei eleitoral especifica que o direito é reservado aos cidadões portugueses com idade superior a 21 anos, que fossem chefes de família e soubessem ler e escreve

Espaços para respirar

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Nem sempre as transições são suaves e feitas à medida da sanidade mental. Muitas vezes somos literalmente submersos numa nova avalanche desconhecida, que temos de aprender a dominar. Nessa altura, as mudanças não parecem ser boas, apenas assustadoras e entramos em modo de piloto automático, enquanto focamos a atenção em tudo o que ficou para trás. E muitas vezes o que passou é uma amálgama de destroços que é inglório contemplar: perdas que nos consomem, episódios desmoralizantes  e enganos retumbantes que tiram o ânimo para encarar a fase seguinte. As questões são de uma imensidão desconcertante em relação às respostas, falta-nos paciência e capacidade de controlo. A razão em vez de trazer esclarecimento, tolda-nos a visão e faz-nos derrapar.  O facto é que nascemos por fazer e temos de fazer-nos o melhor possível e gravitar em torno do que dá sentido à nossa vida. Quando esses sonhos são destruídos, os dias parecem esvair-se em fumo e não fazemos a mínima ideia de como viver com um

Melhores amigos: veado & corvo

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Uma cena inusitada foi fotografada por Harry Tsappas numa visita ao Richmond Park, no sudoeste de Londres, um corvo pousado na cabeça de um veado. O veado recebeu placidamente as atenções do corvo, que debicava parasitas na sua pelagem. Em declarações ao Daily Mail, Tsappas relata: “O pássaro perseguiu o veado toda a manhã. Ficou em cima dele durante vários minutos. O veado pareceu satisfeito por estar a ser limpo. Quando se fartou, abanou a cabeça e o pássaro voou para longe”. O engenheiro de profissão e fotógrafo nos tempos livres rematou “Já tinha visto pássaros atrás de veados e pousarem nas suas costas mas nunca nas suas cabeças. Ver isto acontecer é algo que nunca irei esquecer.” Os veados ou cervos são mamíferos da ordem dos artiodáctilos, da família Cervidae . Etimologicamente, a designação veado deriva do latim venatu ; caça morta. São animais polígamos e herbívoros restritos, alimentando-se sobretudo de rebentos, líquenes, folhas e frutos (os seus estômagos não conseguem

A ignorância dos pensamentos

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Uma das ideias contemporâneas mais populares é de que a ignorância traz felicidade. No seu livro “A abadia de Northanger”, Jane Austen escreve “Quem desejar agradar deve mostrar-se sempre ignorante. Apresentar-se com o espírito bem informado é apresentar-se com a incapacidade de agradar à vaidade dos outros, o que uma pessoa sensível deseja sempre evitar. Uma mulher, especialmente, se tem a infelicidade de saber alguma coisa, deve ocultá-lo tanto quando puder”. Esta preocupação mantém-se, mais do que nunca, actual. De facto, as pessoas ignorantes são mais facilmente moldáveis às vontades dos outros visto que é bem mais cómodo aceitar as opiniões alheias como verdades absolutas em vez de pensar e procurar decidir por si próprio e construir, gradualmente, uma existência com significado. Desde a Antiguidade que o conhecimento está ligado a actos insurrectos e a punição. Vemos o caso de Adão e Eva que ao comerem a maçã da Árvore da Sabedoria são condenados à doença, sofr