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A mostrar mensagens de fevereiro, 2017

Como o abuso online de mulheres está fora de controlo

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A actriz e activista norte-americana Ashley Judd deu no mês passado uma conferência no evento TED Talks intitulada "How online abuse of women has spiraled out of control", que se tornou rapidamente viral. A actriz começa por partir da sua experiência pessoal, citando insultos e provocações que lhe dirigiram na Internet e afirma: "A misoginia é uma tragédia global dos direitos e é imperativo que acabe. As vozes de raparigas e mulheres e as vozes dos nossos aliados são constrangidas de maneiras que são pessoalmente, economicamente, profissionalmente e politicamente nefastas. Quando eliminarmos o abuso, vamos expandir a liberdade".  Um comentário indignado num jogo de basquetebol despoletou um discurso de ódio com ameaças de morte e de violação.  Feminista convicta, Ashley afirma que o abuso que sofreu foi muito traumático e a fez duvidar de si mesma, uma vez que tinha internalizado o modelo patriarcal. Segundo ela, o patriarquismo, "não é rapazes e homen

Simplicidade

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Vivo com medo e insegura como se estivesse a atravessar uma ponte deteriorada que pode ruir a qualquer momento. A escuridão entra na minha alma, torna-me confusa e indecisa, distanciada de mim mesma e longe de Deus. Quantas vezes não nos sentimos assim? Que tem de ser agora. Ser tudo, fazer tudo, ter tudo no momento presente ou depois será inevitavelmente tarde demais. Esta conclusão é triste porque não tem de ser assim. Podemos ser suficientes justamente da maneira que somos, com todos os nossos defeitos e limitações.  Não temos de ter todas as respostas agora, alinhadas perfeitamente como itens de agenda. Não temos de sofrer por antecipação, esperar em vão ou perder-nos para nos encontrarmos. O tempo pode chegar para tudo e ainda sobrar. O conceito de absoluto é uma ilusão, não temos de ser omniscientes ou omnipotentes (só Deus o é) para nos sentirmos confiantes e poderosos, com amor próprio e auto-estima. Só temos de nos sentir inteiros com tudo o que somos capazes de fazer e ati

Ensaios de celebridades para ler em 2017 Parte I

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A actriz norte-americana Kristen Bell é mais conhecida por papeis na série televisiva "Veronica Mars", em filmes como "Forgetting Sarah Marshall", "Couples retreat", "When in Rome", "You again" ou por dar a voz à princesa Anna no filme da Disney Frozen. Foi exactamente há um ano que escreveu um ensaio para a Motto intitulado "I'm over staying silent about depression" em que sob a égide, de que não há nada de fraqueza em lutar com doença mental, fala abertamente do seu próprio. Kristen revela que quando andava na Universidade, e se sentiu atormentada por uma atitude negativa que ensombrava tudo "Sou normalmente uma pessoa efervescente, positiva e de repente parei de me sentir como eu própria". Felizmente, quando tinha aos 18 anos a mãe tinha-lhe dito que se alguma vez se sentisse com  uma nuvem escura a estivesse a seguir  devia procurar ajuda (um médico, um terapeuta) e que havia sempre opções disponíveis. O

Alegria de viver

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Há manhãs em que não nos apetece sair da cama, noites mal dormidas em que nos arrastamos com os sonhos em lume brando e em que o tempo parece não passar.  A sensação de vitalidade resulta do triângulo entre boa alimentação, prática de exercício físico e higiene de sono mas depende em muito dos tecidos afectivos e sociais em que estamos inseridos, da nossa cultura e valores. É relativamente fácil desistir de algo porque é demasiado difícil ou estamos muito cansados. O "não tenho disposição" é amplamente usado como justificativa de vetarmos determinadas decisões. Mas o que é isto de disposição? Segundo o Dictionary.com disposição pode ser uma qualidade ou qualidade de sentimento numa altura particular, uma qualidade emocional distintiva ou carácter, um tom emocional prevalecente ou atitude geral,  um quadro mental disposto ou receptivo a alguma actividade ou coisa e, por último, um estado de embotamento, de estar sombrio ou com mau temperamento. É um facto que o modo com

Estratégias de visualização Parte I

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Programar a mente para ser bem-sucedido é uma das ferramentas para obter o que deseja, através de exercícios que lhe permitem criar uma imagem nítida no seu cérebro: a visualização. Acrescentar pormenores, intensidade e cores a uma cena mental é uma tarefa criativa, pela qual envia ao seu subconsciente imagens de qualidade que vão certamente melhorar o seu bem-estar e realidade actual.  Através de estratégias simples poderá tornar mais forte a ligação entre o seu lado consciente e o inconsciente, uma vez que a nível cerebral processamos melhor imagens que pensamentos. Os exercícios para o cérebro são denominados de neuróbica e fortalecem a rede neuronal, a concentração e a memória.  A programação mental funciona de forma análoga à programação de um computador. É preciso ter um bom programa, dominar a sua linguagem e instalá-lo no aparelho. A linguagem do cérebro são as imagens. Através do treino pode usa-las para mudar a sua realidade de forma criativa e potencialmente gratifican

A verdade de comunicar

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Comunicar é viver. Discurso e silêncio têm ambos o seu valor e são, como postulou a Escola de Palo Alto, de igual modo, mensagem. Vivemos num conjunto de matizes complexas, de luz e sombra. As notícias são janelas a partir das quais vemos o mundo. Porém, as notícias não são um espelho completamente fiel da realidade, são uma construção social do jornalista que recolhe informação, a selecciona e organiza segundo os seus critérios.  Na análise da mensagem entra em acção o significante (imagem acústica ou gráfica de uma palavra) e o significado (o seu conceito). A imagem tem de transmitir algo coerente assim como as palavras; tem de contar uma boa estória. Neste contexto vendo pelo prisma negativo a comunicação dos dias de hoje pode-se falar de parcialidade, distorção e até manipulação do chamado Quarto Poder. O modo como nos posicionamos jornalisticamente denota o nosso carácter. O jornalista deve evitar ser tendencioso, ir sempre apenas no sentido da ideologia dominante. Os plano

Christine, O livro dos camaleões & Amy Studt

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Filme: "Christine" (2016)_ Estrelada por Rebecca Hall e realizado por Antonio Campos, a película é baseada numa história real, a de Christine Chubbick, uma repórter de 29 anos que luta contra a depressão e as frustrações de tentar avançar na carreira, sem comprometer a sua integridade e a sua paixão profissional. O desenlace de Christine é trágico: suicidou-se numa emissão em directo na manhã de 15 de Julho de 1974. Esta é um filme com excelentes interpretações que aborda com delicadeza e tacto um tema à partida muito pesado, lançando nova luz sobre a vida de Christine Chubbick.  Livro: "O livro dos camaleões" (2015) de José Eduardo Agualusa_ Foi o meu primeiro contacto com a escrita deste autor angolano e a experiência não podia ter sido melhor. A qualidade da narrativa é impressionante em contos singulares, repletos de criatividade e que nos envolvem num mundo edificado para ensinar, entreter, emocionar e fazer pensar. Uma obra a não perder. Músic