"Leigh-Anne: Race, pop and power"


Leigh-Anne Pinnock é integrante do grupo musical feminino britânico Little Mix. Nascida a 4 de Outubro de 1991, de pais oriundos dos Barbados e da Jamaica, a artista de 29 anos tem sido aberta sobre tópicos como racismo, colorismo e biracialidade. 
Este documentário "Leigh-Anne: Race, pop and power" foi lançado a 13 de Maio de 2021 e explora os preconceitos inerentes à indústria da música e os desafios para uma mulher de cor no mundo em geral. Com a chancela da BBC Three, acompanhamos as experiências pessoais de Pinnock em conversas cândidas com a família, com o noivo ou com colegas no ramo musical. 
Leigh-Anne fica ainda mais determinada a lutar pela justiça racial aquando do assassínio de George Floyd, levando-a a juntar-se a outras ativistas do movimento Black Lives Matter. 
Vemos uma conversa de Leigh-Anne com o diretor criativo de Beyoncé, Frank Gatson, que lhe tinha dito que enquanto artista negra, teria de trabalhar dez vez mais que as outras raparigas do grupo. Gatson explica porque fez esse comentário e ela desabafa da falta de representatividade das pessoas de cor na indústria e como isso a fez sentir isolada. Leigh-Anne mostra a sua vulnerabilidade ao ficar magoada por alguns fãs das Little Mix a ignorarem em eventos públicos e como o acolhimento do público no Brasil a fez sentir mais confiante e melhor consigo mesma. 
Também testemunhamos uma conversa franca de Leigh-Anne com o noivo, Andre Gray, após posts antigos no seu twitter de caráter misógino e discriminatório contra mulheres de cor serem alvo de muita polémica. Gray explica que apesar de na altura ser ainda muito jovem, isso não é desculpa e que arrepende das palavras que usou, fruto da educação que teve, de se tentar integrar com o que lhe parecia comportamento aceitável e de estar num espaço mental diferente. 
Outro ponto focal do documentário foi uma conversa com colegas de Leigh-Anne na indústria musical: como a cantora RAYE, Alexandra Burke e Keisha Buchanan, antigo membro das Sugababes.  Alexandra compartilha que lhe disseram que já tinham uma rapariga negra na editora, que não podiam ter duas e que a pressionaram a usar produtos para aclarar a pele. Keisha fala de como foi substituída involuntariamente no grupo musical feminino de que fazia parte e de como isso a traumatizou e fez recorrer a terapia.
No final do documentário é anunciado que Leigh-Anne Pinnock criou uma organização de caridade "The Black Fund" com Andre Gray, para apoiar a comunidade negra e gerar mais oportunidades nas suas vidas.
"Leigh-Anne: Race, pop and power" foi nomeado em 2021 no National Television Awards na categoria Melhor Documentário Autorizado. 



Comentários

Mensagens populares deste blogue

O talento de Mira

A história de Marla

As cicatrizes das famosas