Aisha Chaudhary



Aisha Chaudhary, nascida a 27 de Março de 1996 e falecida a 24 de Janeiro de 2015, dificilmente poderia ter tido uma história de vida mais comovente e inspiradora na sua curta passagem pela Terra.
É possível ver na plataforma YouTube o seu TedTalk na cidade indiana de Pune, intitulado "Ser feliz e vivendo no momento".
Aisha nasceu com uma doença genética rara chamada  imunodeficiência combinada grave (SCID) e teve de ser submetida a um transplante de medula óssea quando tinha apenas seis meses de idade. Infelizmente, com o passar do tempo, Aisha desenvolveu a doença de fibrose pulmonar devido aos tratamentos agressivos de que tinha sido alvo quando era bebé, fazendo com que os seus pulmões só funcionassem com uma capacidade de 20%. Qualquer infecção poderia ser potencialmente fatal.
Nesta palestra do Ted Talk, a autora e oradora motivacional, explica como é viver com sérias dificuldades respiratórias, confinada a uma cama ou cadeira de rodas e a ter de usar permanentemente uma máscara de oxigénio. Destaca a vontade de poder voltar a fazer coisas que ainda conseguia fazer antes como andar pelo hospital.
Apesar das noites passadas em claro a perguntar-se se iria morrer, Aisha percebeu que a sua atitude fazia a diferença, o sorrir perante a doença "Se tenho de ter fibrose pulmonar, escolho ter uma fibrose pulmonar feliz", ou seja, ia enfrentar os seus dias com um sentido de humor e sem deixar que a enfermidade levasse o melhor dela.
Aisha recorda um longo dia de exames num hospital inglês, em que, apesar de todo o cansaço, ainda foi ver um musical da Broadway com o irmão, insistindo em continuar a criar memórias felizes. Outro exemplo foi uma viagem de família às Maldivas, durante o Verão, em que Aisha mergulhou na água durante uns instantes e viveu momentos de extrema felicidade ao ver os peixes impressionantes deste tipo de destinos paradisíacos.
A rapariga, na altura com 17 anos, exorta-nos a procurar a felicidade e cita a frase de Tom Wilson "Um sorriso é felicidade que podes encontrar mesmo debaixo do teu nariz".
É evidente no discurso de Aisha a sua paixão pela vida, em que salientava o modo como a arte lhe permitia expressar-se de forma única e como ao pintar na tela, as suas preocupações e problemas desapareciam e conseguia escapar quase como que para outro mundo. Aisha destaca ainda o valor terapêutico dos animais, sendo que os seus dois cães, Koby e Rolo eram companheiros fieis que lhe mostravam a importância de nos alegrarmos com as pequenas coisas, como uma caminhada ou uma carícia, das qualidades de um coração puro que vive totalmente no agora.
Aisha revela ainda na palestra que quando se sente abatida, pensa sempre que poderia ser pior e como isso lhe dá esperança para se voltar a reerguer. Cada desafio faz-lhe ver aspectos pelos quais estar grata, uma forma de se ligar a Deus e aceitar quem é e onde está, tentando desfrutar da vida ao máximo. 
Um dia antes da sua morte, com apenas 18 anos, Aisha viu publicado o seu livro "My little epiphanies" que conta com as suas reflexões sobre a vida, a morte, a doença, o sofrimento, amor, rejeição, Deus e a esperança, ilustrado com os seus lindos desenhos. 
A mensagem tocante que podemos retirar da vida de Aisha é a importância de praticarmos a gratidão, de apreciarmos a vida, de valorizarmos as pequenas coisas ao mesmo tempo que relativizamos os problemas e de saber viver ao máximo cada momento porque a vida é um presente.



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