Goals: A importância dos objectivos e do amor-próprio



A cantora brasileira Anitta lançou em 9 de Novembro deste ano o EP "Solo", que faz referência tanto ao facto de cantar sozinha, sem nenhum dueto (em três idiomas: espanhol, português e inglês) como à vontade de seguir autêntica, fiel às suas raízes.
Entre as músicas que compõem o projecto que integra a sua estratégia de internacionalização, destaco a sedutora "Goals", uma canção envolvente que leva o dedo do conhecido cantor e produtor norte-americano Pharrel Williams. 
Numa altura em que estamos a menos de uma semana do ano novo coloca-se a pergunta: o que vai mudar realmente se não mudarmos nós em primeiro lugar? Quais são os nossos objectivos?
Em "Goals" Anitta fala-nos de brilhar como estrelas, de sermos únicas, rainhas e divinas. Na verdade, podemos traçar listas rígidas de prioridades, sonhos, objectivos, metas, o que for mas de uma coisa tenho a certeza: todas as verdadeiras transformações começam com o amor-próprio. O de nos vermos como especiais e merecedoras, de olharmos ao espelho com auto-estima, benevolência, compaixão e quem sabe até agrado. O mundo pode ser um lugar extremamente inóspito e duro mas não pode retirar o que faz de nós seres vivos que no meio das suas inseguranças, têm luz própria e cujo coração tem a chama de quem busca realizar-se, amar e dar um pouco de si aos outros todos os dias.
Nunca se falou tanto de feminismo, de assédio e abuso sexual. O facto de se tocar em assuntos outrora considerados tabu é um sinal do avançar dos tempos, da vontade de remar contra a maré dos ditames usualmente patriarcais da sociedade e de ouvir o que milhões e milhões de mulheres têm a dizer. Por vezes esta voz é um grito, noutras lamentos de dor, um choro de agonia vindo do fundo do alma. Muitas vezes é um sussurro que pede a todas as outras que se unam, que se amem a si mesmas, de dentro para fora sem deixar de abençoar o corpo em que vivem. Que apreciem a beleza da simplicidade e dos pequenos momentos porque quando damos valor ao que temos, obtemos o que necessitamos. Só assim podemos ser a melhor versão de nós próprias.
Se sonhos organizados acabam por tornar-se planos: mais concretos, tangíveis e palpáveis que se irão concretizar, pode-se aplicar o mesmo à auto-estima. Quem sabe o seu valor não aceitará um tratamento menos digno e mais cedo ou mais tarde, quando nem estiver à espera, o amor que coloca em si e em tudo o que faz, voltará a ela na mesma proporção. 


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