Robin Williams: Come inside my mind



Como muitas pessoas cresci a ver os filmes do actor e comediante norte-americano Robin Williams (1951-2014): "Good morning,Vietnam", "Dead poets society" (provavelmente um dos filmes mais tocantes e inspiradores de todos os tempos), "Hook", "Jumanji", "Jack", "Good Will Hunting" (que lhe valeu o Óscar de melhor actor secundário), "Patch Adams", entre outros. 
Foi portanto um choque quando no dia 11 de Agosto de 2014 soube que o simpático e carismático artista se tinha suicidado, na sua casa em Paradise Cay, Califórnia. Foi um dia triste para o mundo do cinema e da comédia em geral mas foi-o também para a Humanidade porque acredito que perdemos alguém que era sobretudo uma boa pessoa.
"Robin Williams: Come inside my mind" é um documentário de Marina Zenovich que saiu este ano e nos oferece um olhar imperdível sobre a vida e trabalho do saudoso intérprete. Desde a infância solitária, passando pelas aulas de representação, às sessões de comédia stand up à chegada ao estrelado com a série humorística Mork & Mindy, ficamos a conhecer melhor como funcionava a mente de Williams: a sua simpatia, generosidade, inteligência, talento e sobretudo capacidade de se dar: às personagens que interpretava nos numerosos papeis que desempenhou, nas piadas que inventava para entreter ao seu público cativo e no círculo de pessoas próximas. 
Com imagens de arquivo nunca antes vistas, vemos Robin Williams no seu processo de amadurecimento, no primeiro casamento com Valerie Velardi, à paternidade, sem esquecer amizades significativas como com o actor Billy Crystal. 
Williams parecia reunir consenso e é descrito por todos com uma pessoa extraordinária, cuja sensibilidade e sagacidade nem sempre facilitavam a sua vida neste mundo. Convivendo com demónios pessoais, com um passado de drogas e alcoolismo, Robin Williams aparentava ser uma pessoa de riso fácil mas de grande fragilidade interior. O seu humor que tanto iluminava a vida de quem o rodeava era uma forma de contornar as suas vulnerabilidades.
Partiu aos 63 anos de idade, especulando-se que sofria de depressão severa. Foi confirmado que tinha sido diagnosticado com doença de corpos de Lewy, que contribui para o aparecimento de Parkinson e de demência. Foi sobrevivido pela terceira mulher Susan Scneider e três filhos: Zachary, Zelda e Cody.
Robin Williams deu-nos uma lição de vida: a de ser capaz de rir, de sugar o tutano da vida, aproveitando o que de melhor ela nos pode trazer. Em suma: carpe diem.



Comentários

Mensagens populares deste blogue

O talento de Mira

As cicatrizes das famosas

A história de Marla