Born for this Parte II

O livro "Born for this" de Chris Guillebeau inspira-nos a construir um pequeno império e começar através de pequenos testes, adaptando-se de acordo com as condições verificadas. Os objectivos são vender mais a clientes interessantes e vender mais a mais clientes. 
O truque é ver onde as nossas paixões se intersectam e organizar-se, trabalhando permanentemente em competências específicas (escrever, ler, negociar), nas conexões, nas experiências e nas oportunidades.
Há diferentes maneiras de construir um império de raiz. Não colocar demasiado stress nos media social e procurar comunicar de forma eficaz é essencial. Claro que existem vários aspectos a serem considerados como investir tempo e dedicação, construir uma boa reputação, combater o medo de estar a perder algo importante e ter ideias fora da caixa que levem a mercados ainda não explorados. Criar listas com pontos claros desde a concepção do projecto, ao cliente ideal passando pelo modelo de negócio é importante para maximizar os lucros assim como evitar a paralisia de ter de escolher. Para tal é aconselhável anotar ideias e falar sobre elas, integrando todas as nossas paixões, inspirações e ambições.
A nível social temos de saber trabalhar com pessoas e conseguir o que queremos e gerir as coisas que nos podem trazer dinheiro de forma regular. É preciso saber identificar as pessoas que querem comprar o nosso produto ou serviço.
A base sólida em que vai assentar o nosso trabalho é estar disposto a descobrir, demonstrar interesse, estar preparado e ser curioso. Para alem de se trabalhar arduamente, é necessário trabalhar sabiamente. Ser activo, autónomo e pedir ajuda de vez em quando é muito importante bem como trabalhar os chamados laços fracos, as pessoas que não conhecemos directamente mas que podem fazer-nos um favor ou alavancar o nosso negócio de alguma forma.
Ter boas ideias é o primeiro passo para começar bem assim como ter o propósito claro em mente, de forma a ser uma pessoa que age seguindo os seus sonhos em vez de alguém que simplesmente sonha sem nada fazer.
O autor aconselha-nos a tentar ser indispensáveis (ou seja, muito bons no nosso trabalho), a não ficarmos oprimidos pela quantidade de responsabilidades e fazer tudo com excelência. Se tivermos uma newsletter, devemos escrevê-la da forma mais autêntica e genuína possível, como se fosse para alguém próximo. O nosso negócio vai crescer e expandir-se naturalmente se servirmos bem os outros.
No capítulo seguinte intitulado "DIY Rockstar", Chris Guilebeau fala-nos dos artistas que conseguem ter uma carreira independente e financiar-se através da relação com os fãs e o seu apoio financeiro. Assiste-se a um novo paradigma em que já não é indispensável ser contratado por uma editora discográfica para ter sucesso. É possível ter mais liberdade e viver a vida nos próprios termos se construirmos o nosso clube de fãs por conta própria. Para tal Chris Guillebeau  recomenda-nos ter um bom corpo de trabalho (produto), ter sempre em conta a nossa audiência, partilhar nas plataformas disponíveis de forma consistente procurando envolver as pessoas. Ser paciente, persistente, comprometido e bom comunicador são condições essenciais para aplicar este modelo de negócio. Procure inspirar as outras pessoas, fazer algo diferenciador e que importa, estar atento à conjugação da oportunidade com a acção e focar-se localmente e também globalmente. O artista tem sempre uma dimensão social enquanto parte da comunidade, podendo exercer um impacto positivo na mesma à medida que é pago. Pensar na carreira a longo termo, saber investir (mesmo que implique uma perda imediata de dinheiro- fazendo uma digressão por exemplo), conectar-se e concentrar-se tanto nas grandes coisas como nos detalhes são características deste tipo de artistas.
No capítulo 12 denominado "Como fazer tudo que queres" o escritor instiga-nos a recusar-nos escolher e a melhorar internamente, procurar ter a melhor vida possível e não ter medo de fazer mais do que uma coisa. A vida é feita de estações e de experiências que temos de saber aproveitar com alegria e determinação. A arte da vida é saber construí-la ao redor dos nossos interesses e paixões e ser feliz. 
O autor fala-nos da necessidade de foco, da estabilidade do fluxo contínuo de mudança na carreira (que pode levar a experimentações muito enriquecedoras) e da adaptabilidade (as coisas no ciclo de trabalho que não podemos controlar e às quais nos temos de adequar de forma flexível). 
Podemos perseguir apenas um sonho maior ou equilibrar vários empreendimentos. Neste último caso, podemos usar um método chamado workshifting baseado no controlo pelo calendário do tempo a que nos dedicamos a determinada actividade (podem ser horas do dia, meses, estações do ano). Urge trabalhar de forma diligente e atenta, procurando alcançar os nossos picos de produtividade. Separar as tarefas segundo as actuais (nas quais estamos a trabalhar), nas próximas (que iremos fazemos mais tarde) e naquelas que já completámos dá-nos uma sensação real do nosso progresso e inspira-nos a continuar a trabalhar em tudo o resto.
Se nos sentimos paralisados pela vida. Chris Guillebeau aconselha-nos a fazer alguma coisa e simplesmente permitirmos-nos viver fazendo um monte de coisas consoante a nossa intuição para encontrar as que nos fazem sentir melhor. Diferentes empreendimentos têm necessidades diferentes e são mais que a soma das partes. É preciso identificar as barreiras existentes, pesar as vantagens e desvantagens, ter auto-disciplina, conhecimentos profundos (como de termos técnicos por exemplo) e saber quando é a altura certa de mudar. 
É possível ter uma vida feliz multifacetada, com as nossas áreas de actuação separadas com uma divisão certa ou unidas por uma matriz comum como que por um guarda-chuva. Podemos ter um trabalho convencional que financia os nossos verdadeiros interesses ou ter o trabalho dos nossos sonhos. A estrutura das nossas actividades profissionais pode variar mas é possível fazer tudo o que gostamos com a organização certa.
Muitos se sentem inspirados pelo modelo do Renascimento em que criadores notáveis como Leonardo DaVinci tinham saberes muito amplos em disciplinas diversas. Para seguir o exemplo destes mestres é preciso criar uma lista de assuntos que queremos dominar, encontrar a temática comum a todos eles (o que nos impulsiona verdadeiramente), tentar combinar interesses não relacionados, ter ideias potencialmente lucrativas a nível de negócios e não nos acomodarmos nunca. 
Temos muito medo de estar a perder algo que possa ser extraordinário (em inglês chama-se FOMO a esta fobia- Fear of missing out), o que é totalmente compreensível mas é importante manter a clareza nos nossos propósitos e estar preparado para uma jornada que não é um sprint mas sim uma maratona. Às vezes o caminho melhor é aquele que ainda não foi tomado por ninguém e cabe a nós desbravar. Temos de saber utilizar o tempo, dinheiro e outros recursos ao nosso dispor e acreditar que quando perdemos uma oportunidade, outra vai surgir. Convém perguntar-nos também com alguma regularidade se o que estamos a fazer está a funcionar e se estamos a gostar. Se a resposta a este último quesito for negativo, é tempo de fazer alterações na nossa forma de trabalhar.
De vez em quando, faça um detox de trabalho se tiver essa possibilidade para regressar com mais vitalidade, energia e novos pensamentos. Saiba aprofundar as áreas da sua responsabilidade, perseguir campos complementares e invista regularmente nas relações interpessoais. Seja corajoso e de mentalidade aberta, se as coisas correrem mal é tempo de reagrupar-se e tentar algo diferente. Afinal de contas, há sempre um novo jogo a ser jogado.

Imagem retirada de: https://stronginsideout.com/born-for-this-chris-guillebeau/

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