First comes love


"First comes love" é um documentário de 2013 da realizadora Nina Davenport (autora de "Always a bridesmaid", "Parallel lines" e "Operation filmmaker") que decide ter um bebé aos 41 anos, por fertilização in vitro. Sem um companheiro, Nina pede ao seu amigo gay, Eric, para ser doador de esperma e ajudá-la a concretizar o seu sonho, que sente como um imperativo biológico essencial para se sentir realizada e feliz.
O documentário acompanha passo a passo a jornada de Nina desde a troca de impressões com familiares e amigos sobre a vontade de ser mãe, aos tratamentos para engravidar, as dúvidas, as dores, as alegrias e os amores e desamores que acontecem ao longo da gestação. 
Apoiada pela melhor amiga, Amy, desencorajada inicialmente pelo pai (que chega a sugerir que faça um aborto) e sentindo mais do que nunca a falta da mãe, que tinha sucumbido alguns anos antes a um ataque cardíaco, Nina analisa o que significa ser mãe depois dos quarenta, a inseminação artificial, o valor da amizade, os ressentimentos familiares e como navegar o mundo dos relacionamentos numa era tão volátil, em que milhões de perfis de possíveis parceiros estão a uma mera distância de um clique. 
Um dos aspectos importantes da obra é o relacionamento entre Nina e o pai, um advogado reformado que sustentou a família para que tivessem uma vida financeiramente confortável e não vê com bons olhos o trabalho de Nina. A filha, que frequentou Harvard, realiza documentários intimistas com um rendimento modesto em comparação com os irmãos mais velhos. A carreira de realizadora é motivo de orgulho para a sua falecida mãe, que ressalta na película as virtudes do caminho criativo escolhido por Nina.
Quando o filho de Nina, Jasper, nasce dá-se a grande apoteose de "First comes love" em que conhecemos o lado mais instintivo e doce da realizadora.
Em última instância este documentário que demorou cerca de quatro anos a estar concluído, versa sobre empoderamento feminino que advém de uma escolha  para o resto da vida e sobre um mundo novo que se abre com a maternidade e com o que está por detrás dela: tão simplesmente, o amor.




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