Aumentar a resiliência e bem-estar

Todos enfrentamos adversidades na vida desde pequenas contrariedades a outras maiores (como uma doença crónica) e até traumáticas (como uma catástrofe natural, por exemplo).
Enquanto seres humanos é inevitável encontrar percalços no caminho que tornam difícil recuperar de certas situações mas é sempre possível aprender a lidar com as dificuldades de uma maneira mais positiva e com mais resiliência. O nosso cérebro possui neuroplasticidade, ou seja, a capacidade de crescer e mudar de acordo com a experiência. Desta forma, somos capacidades de encontrar soluções para os problemas e fazer planos de recuperação.
O stress é o nosso principal inimigo uma vez que tendemos a responder a situações ameaçadoras libertando automaticamente neurotransmissores e hormonas que regulam a nossa reacção de luta ou fuga. No entanto, este sistema pode tornar-se disfuncional se sofremos um trauma ou sentimos uma ansiedade constante. O desafio é portanto apaziguar os pensamentos e atingir um estado de maior tranquilidade. É perfeitamente possível reprogramar os nossos cérebros para ter uma maior resiliência e bem-estar, processar o stress emocional de uma maneira menos reactiva e mais saudável. 
Algumas práticas de alívio de stress e desenvolvimento da resiliência incluem conexão humana positiva, terapias corporais e treinos de relaxamento. Um toque carinhoso como um abraço ou uma massagem potencia a libertação da hormona ocitocina e ajuda a acalmar os seres humanos. Outra prática muito útil é a mente plena (ou mindfullness), ou seja, estar aberta às experiências do presente sem as julgar. Lidar com as emoções com inteligência implica não fugir ou negar as emoções negativas mas saber aceitá-las e integrá-las num todo que seja produtivo e construtivo em vez de infrutífero e destrutivo. Associações positivas com experiências negativas pode alterar o nosso cérebro também. Alimentar sensações de auto-confiança vai ajudar a potenciar esse tipo de pensamentos e crenças, à semelhança de como se trabalha um músculo através do exercício.
Ter compaixão por nós mesmos e pelos outros, mostrar simpatia no dia-dia e conviver tentando imprimir alegria e leveza às suas interacções são outro dos ingredientes para ser mais resiliente e ter um maior bem-estar. Por último e como funcionamos muito por imitação, se estivermos stressados podemos procurar pessoas calmas à nossa volta e usá-la para nos acalmarmos. Desta forma trabalhamos a nossa capacidade de ser espelhos do outro e a nossa resposta empática às emoções dos outros. Esta é uma habilidade aprendida na infância que temos tendência a esquecer na idade adulta.
Ser capaz de resistir às situações adversas e triunfar é algo que vale a pena todos os esforços e trabalho mental investidos no processo. Afinal, tudo o que nos torne um pouco mais felizes tem todo o mérito e merece ser posto em prática.

Imagem retirada do site: journal.media-culture.org.au

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