Sinais de que és um escritor

A escrita é uma das profissões mais criativas do mundo, que imunda a alma de quem escreve com palavras, com maior ou menor facilidade, quer sejamos um autor renomeado ou um mero aspirante a escritor. Há alguns sinais típicos dos escritores que é interessante e divertido referir, sem os levar demasiado a sério mas reflectindo sobre o que significam na rotina de quem pratica a escrita. 
Em primeiro lugar, ficamos afectados com os erros gramaticais dos outros e quando muito maus chegam a doer-nos quase fisicamente. Um escritor tem de ler muito e ser especialmente cuidadoso com os erros ortográficos pelo que acaba por esperar que todas as outras pessoas o sejam. Procrastinar intensamente é outro dos hábitos dos escritores, quer por falta de ideias quer por completo bloqueio criativo. Podem ficar horas a olhar para a página em branco num caderno ou computador ou então distraem-se com outras coisas tendo o trabalho em mente mas ficando à espera do tão abençoado momento da inspiração. A procrastinação está directamente correlacionada com pressão, ansiedade e pode causar muito stress quando o escritor adia as tarefas para a última da hora e não sabe se conseguirá cumprir os prazos estabelecidos. No fundo, tais adiamentos podem-se prender com perfeccionismo. Geralmente os escritores querem fazer as coisas bem feitas e produzir o seu melhor trabalho, o que por vezes requer muito tempo gasto a repensar cada frase, a alterar uma expressão, a ver se o texto flui, a saber o que acrescentar e deixar de fora, etc. 
Para desenvolver as suas capacidades o escritor por vezes frequenta cursos de escrita criativa que enriquecem os seus conhecimentos e a sua formação, tornando-o cada vez mais certo que é isso que quer continuar a fazer para o resto da vida. Ser publicado, quer num jornal, revista ou livro torna-se a melhor sensação do mundo para quem batalhou tanto tempo para ser lido. 
As ideias ocorrem nos momentos mais imprevistos, quer seja a meio da noite ou quando estamos a dar uma caminhada e assim que pode o escritor regista-las em bloquinhos ou mesmo como memorando no telemóvel. O importante é que nada se perca e como disse Lavoisier, tudo se transforme em material para uma futura história ou divagação literária. O café pode ser um grande aliado nas manhãs ou noites de um escritor, dando aos neurónios aquele impulso extra para criar um trabalho de que a pessoa se possa orgulhar. Às vezes mesmo a escrita feita à pressa pode ser excelente e independentemente do conteúdo, o facto de as ideias estarem bem encadeadas e o argumento bem desenvolvido a nível literário é o suficiente para o esforço ser valorizado. 
Ser um bom escritor garante-nos um leque de perguntas habituais de familiares e amigos, sendo a mais frequente "Quando é que vais lançar um livro?". Os processos de preparação mental e profissional para escrever uma obra não são lineares e podem ser morosos mas tudo o que importa é que a escrita continue a entusiasmar quem a faz e que ao pensar no futuro na vida das palavras, o imaginemos promissor, gratificante e risonho. 

 

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