Lana Del Rey




Lana Del Rey, pseudónimo de Elizabeth Woolridge Grant nasceu a 21 de Junho de 1985, no rural Lake Placid, Nova Iorque. É de ascendência escocesa. Frequentou uma escola primária católica durante um ano e durante outro a escola secundária onde a sua mãe dava aulas. Começou a sua carreira musical em 2005 mas só recebeu atenção em 2011 quando o vídeo musical para o seu single “Video games” se torna viral na Internet. A sua música é cinemática, fala de amor trágico, melancolia e faz referências à cultura pop, particularmente à americana dos anos 1950 e 1960.
Na adolescência Lana Del Rey vive o vício do alcoolismo “Bebia muito na altura. Bebia todos os dias. Pensava que todo o conceito era fixe. Uma grande quantidade do que escrevi em “Born to die” é acerca desses anos selvagens. Quando escrevo acerca da coisa que eu perdi sinto que estou a escrever sobre o álcool porque foi o primeiro amor da minha vida. Os meus pais estavam preocupados. Eu estava preocupada. Eu sabia que era um problema quando eu gostava mais disso do que fazer qualquer outra coisa. Primeiro, é óptimo e pensas que tens um lado obscuro- é excitante- e depois percebes que o lado obscuro vence todas as vezes se decidires ser indulgente nele. É também uma maneira completamente diferente de viver quando sabes isso… uma espécie diferente de pessoa. Foi a pior coisa que alguma vez me aconteceu”. Lana está sóbria desde 2004. Mais tarde Lana seria voluntária em programas direcionados para a juventude sem-abrigo e combate a drogas e alcoolismo, além de ajudar a pintar e reconstruir uma reserva índia.
Depois de terminar o secundário matricula-se na Fordham University onde estudou filosofia, em particular o tema de metafísica “Eu queria fazer a ponte entre Deus e ciência. Eu estava interessada em Deus e como a tecnologia nos podem fazer aproximar de onde viemos e porquê” afirma. De acordo com a própria era-lhe difícil fazer amigos na universidade, o que despoletou a sua experiência musical. Viveu entre o Bronx e Nova Jérsia durante a sua vida académica. Depois de se licenciar foi aceite na State University of New York mas decidiu passar um ano a viver em Long Island com os seus tios e a trabalhar como empregada de mesa. O seu tio ensina-lhe então a tocar guitarra e começa a tocar em clubes nocturnos “Quando cheguei a Nova Iorque tinha 18 anos, comecei a tocar em clubes no Brooklyn- tinha bons amigos e fãs devotos na cena underground mas só estávamos a tocar uns para os outros e era isso”.
Falando sobre a indústria musical Lana afirma “Queria fazer parte de uma cena musical de elite. Foi meio inspirado por não ter muitos amigos e tinha esperanças que eu ia conhecer pessoas e começar uma comunidade à minha volta, como eles costumavam fazer nos 60’s. 
Na sua performance em 2006 na Williamsburg Live Songwriting Competion , Lana conhece Van Wilson, um representativo de artistas e reportório da 5 Point Records, uma editora independente de David Nichtern. Lana começa a trabalhar com esta editora e edita o EP de três músicas “Kill kill” em Outubro de 2008. O seu disco não é editado, fazendo Lana mudar de direcção e dedicar-se ao serviço comunitário “Programas de sem abrigo, droga e reabilitação do álcool- foi essa a minha vida nos últimos cinco anos” sumariza a artista. 
O álbum "Lana Del Ray" é finalmente lançado finalmente em Janeiro de 2010 mas na opinião de Lana “nada aconteceu” com a 5 Points Records e cessou o contrato com a editora. Pouco depois muda-se para Londres e surge o seu nome artístico, cuja explicação é a seguinte “Eu queria um nome de palco que pudesse moldar a minha música em sua direcção. Eu ia a Miami muitas vezes na altura, falava muito espanhol com os meus amigos de Cuba- Lana del Rey lembrava do glamour do seaside. Soava lindo a rolar na ponta da língua. 
Lana põe videos no youtube em 2011 “Video games” e “Blue jeans” que se tornam virais, lhe granjeam prémios e um novo contrato discográfico.




O seu som é cinemático com referências a vários aspectos da cultura americana dos anos 1950 e 1960. “Não nasci nos anos 50 mas eu sinto que estive lá” afirmou a cantora. Descrito como dream pop, baroque pop, indie, com elementos de hip hop a música de Lana Del Rey encarna uma Nancy Sinatra gangster e uma Lolila perdida no bairro. Dona de uma voz expansiva em contraslto, emotiva e versátil, Lana tem ultrapassado nos últimos anos o seu medo do palco e aumentado a confiança nas suas actuações. A cantora afirma preferir cantar num registo baixo porque acredita que as pessoas reagem melhor a ele. Lana cita Walt Whitman, Ginsberg, os realizadores surrealistas David Lynch e Frederico Fellini e os pintores Mark Ryden e Pablo Picasso. É nfluenciada por vários aristas incluindo Elvis Presley, Cat Power, Frank Sinatra e Billie Holiday.
Da sua discografia constam três álbuns lançado numa grande editora, um EP e a malograda primeira gravação.



Born to die (2012)_ Álbum de estreia de Lana Del Rey numa grande editora (Polydor, Interscope). Destaque para além da faixa título "Born to die", "Dark Paradise", "Video games", "Radio", "This is what makes us girls" e "Without you". Lana afirma que a ascenção na carreira não foi da noite para o dia como as pessoas possam pensar uma vez que actua em público desde os 17 anos. Diz-se inspirada pelos seus anos sombrios que acrescentam uma melancolia muito realista às suas canções. O seu produtor David Kahne afirma que a artista trabalha a partir de ideias abstractas misturadas que transforma como se fizesse colagens.


"Ultraviolence" (2014)_ Durante a concepção do álbum, o computador de Lana foi invadido por hackers que divulgaram gravações demos na Internet, o que a desencorajou. A cantora decide retomar o trabalho com Dan Auerback, vocalista dos "The Black Keys". Considerado mais despojado, cinematográfico e obscuro que o lançamento anterior "Ultraviolence" representa uma evolução musical natural para Lana, que apresenta uma voz mais madura e coros bem construídos nas melodias. Neste álbum conceptual que funde temas como o amor, sexo, poder financeiro e celebridade é de relevar temas como "Cruel world", "Shades of cool", "West coast", "Old money" e "Black beauty".


"Honeymoon" (2015)_ Sobre o processo de criação do seu disco mais recente Lana Del Rey declara "Eu sempre quero aproveitar quando me sinto inspirada porque não me sinto assim o tempo todo. O ponto de partida foi o término do álbum anterior. Não me sentia cansada, ainda me sentia cansada. Não pensei que seria um álbum inteiramente novo mas no início de 2015 eu havia escrito três quartos de um disco e percebi que poder-se-ia transformar num verdadeiro álbum." Descrito como ecléctico, natural e autêntico "Honeymoon" toca em géneros como o barroco pop, jazz, otrap, com elementos como guitarras, sintetizadores, mellotron, saxofone e efeitos electrónicos. Lana considera que reflecte as suas emoções e humor quando o escrever e é menos auto-biográfico e mais surrealista do que os seus trabalhos anteriores. Os críticos elogiaram a sua voz e o conteúdo das letras que falam de relacionamentos falhados, mudança, escapismo, desejo e amargura. De destacar para além da faixa título "Honeymoon", a sublime "High by the beach", "God knows I've tried", "Art Deco", "Religion" e "24".


"Lana Del Ray A.K.A. Lizzy Grant" (2010) é o primeiro disco lançado pela cantora na 5 Point Records apenas digitalmente através do iTunes. Foi removido após a editora entrar em falência e não poder promover mais o álbum. A música “Kill kill combina eletrónica, blues e elementos rock sob vocais inspirados em Marilyn Monroe. É uma das faixas mais antigas de Lana e difere do seu corrente estilo que é mais feito de jazz e melancolia. Salientam-se ainda "Oh say can you see", "Pawn shop blues", "Put me in a movie", "Gramma (Blue Ribbon Sparkler Trailer)" e "Yayo".




"Paradise" (2012)_ Editado tanto em conjunto com o primeiro cd como de forma independente, "Paradise" chegou às lojas a 9 de Novembro e foi descrito como pop barroco e independente, com elementos de rock alternativo e sadcore. O EP fala de amor, de espiritualidade, de identidade e dos lados positivos e negativos da fama sentidos por Lana aquando da sua chegada ao mundo da música. Os críticos teceram, no geral, comentários elogiosos ao álbum. "Ride", "American", "Body electric", "Gods & monsters" e "Bel air". Étereo, sentido e profundo, o álbum contém ainda uma belíssima cover de "Blue velvet", usada no filme de David Lynch do mesmo nome. Lana é a estrela da campanha da H& m a cantar esta música.
Como actriz Lana Del Rey actuou nas curtas metragens "Poolside" (sobre um rapaz que faz a limpeza de piscinas) e o intrigante "Tropico".





Lançada a 4 de Dezembro de 2013, "Tropico" é uma curta-metragem realizada por Anthony Mandler acerca de "um conto épico baseado na história bíblica do pecado e da redenção", protagonizado por Lana Del Rey como Eva e Shaun Ross no papel de Adão. Com uma fotografia lindíssima e pormenores românticos e etéreos, "Tropico" exprime uma visão artística muito própria e respira liberdade, poesia e força.


















Lana Del Rey afirma sobre a sua vida artística “Todas as noites eu costumava rezar que eu encontraria as minhas pessoas e finalmente eu as encontrei na estrada. Não tínhamos nada a perder, nada a ganhar, nada a ser desejado mais, excepto transformar a nossa vida numa obra de arte”. Reside actualmente em Malibu na California.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O talento de Mira

A história de Marla

As cicatrizes das famosas