Marina Keegan (1989-2012)



Marina Evelyn Keegan nasceu a 25 de Outubro de 1989 em Boston. Foi uma autoria americana, jornalista e escritora de peças. O seu ensaio “The opposite of loneliness” tornou-se viral e foi visto 1,4 milhões de vezes em 98 países diferentes depois da sua morte num acidente de carro em 26 de Maio de 2012, apenas cinco dias depois da sua graduação magna cum laude (com grandes honras) da Universidade de Yale.
Criada num subúrbio de Wayland, Massachusetts, Marina frequentou a Buckingham Browne & Nichols em Cambridge antes de se matricular em Yale, no Outono de 2008, onde completou os seus estudos em Inglês. Foi presidente do corpo democrático da Universidade e iria trabalhar no The New York na altura da sua morte trágica e precoce quando se dirigia para a festa de aniversário de 55 anos do pai em Cape Cod e o namorado adormeceu ao volante.
“The opposite of loneliness”, publicado postumamente pela Scribner em 2014 é uma colecção dos ensaios e histórias de ficção e não ficção de Marina Keegan. Tem o prefácio da autora americana Anne Fadiman, uma das professoras de Keegan em Yale. O livro rapidamente se tornou um sucesso do New York Times.
Um dos ensaios incluídos no livro é “Even Artichokes have doubts” que lamenta a percentagem elevada de alunos de Yale que vão para os ramos de finanças e consultadoria, aliciados por engenhosas agências de recrutamento. Marina estimula os jovens a pensar em como vão usar o tempo que têm à sua frente e a descobrir o que realmente querem da vida. As histórias compiladas apresentam facetas interessantíssimos da condição humana como em “I kill for money” sobre os diálogos interiores de um exterminador de insectos ou o episódio bem humorado em que Marina nos conta sobre a sua doença celíaca (alergia ao glúten) e os esforços superprotectores da sua mãe para evitar que a filha coma alimentos contendo este ingrediente.
Entre outros trabalhos de Marina encontra-se “The Independents” (uma dos doze obras escolhidas em duzentas para uma série de encores em Setembro), “Reading aloud” e “Utility monster” (em que dois jovens de quinze anos examinam as ideias de privilégio e responsabilidade social).
Marina era apesar dos seus 22 anos um talento promissor a desabrochar rapidamente. Os seus textos estão impregnados de imaginação, de idealismo, da eterna dualidade entre o que é prático e lucrativo e os sonhos que nos movem e nos lançam por vezes em terrenos incertos. O espírito enorme e talentoso de Marina Keegan sobrevive ao seu desaparecimento físico e concede-nos este legado que aponta para o fim da solidão, para nos realizarmos como pessoas e antes de deixarmos este mundo, fazermos a nossa marca no Universo.





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