A morte de Margarida


Hoje assinala-se exactamente um ano desde que Margarida Marante faleceu. A jornalista que brilhou na juventude entrevistando políticos de peso como Mário Soares e Álvaro Cunhal não resistiu a um ataque cardíaco na sua casa em Lisboa, que a vitimou a 5 de Outubro de 2013. 
Nascida a 29 de Junho de 1959 Margarida Marante  entra para a revista de esquerda "Opção" aos 17 anos de idade. Com apenas 20 integra o semanário "Tempo" e colabora na revista "Opção". Estuda Direito e trabalha ao mesmo tempo, o que segundo a própria lhe exigiu muita concentração e não lhe deu tempo para gozar a vida.
Em 1978 por concurso público entra na recém-criada RTP2 e no ano seguinte passa para a RTP1. A entrevista política é onde vai atingir a fama. Com apenas 21 anos prepara-se de forma brilhante, estando sempre atenta à actualidade política e organizando os dossiers sobre cada convidado. A paixão pelo jornalismo segundo a própria estava-lhe no sangue.
Afastada do canal público por José Eduardo Moniz Margarida dedica-se ao cargo de directora da revista "Elle" e à advocacia. Em 1992 entra para a equipa fundadora da Sic onde se destaca em programas como "Sete à sexta", "Contra-corrente" e "Crossfire". 
Em 2003 volta para a TSF onde já tinha estado em 1991 e para o Expresso e efectua entrevistas para o Notícias Magazine. 
Conheceu um período de grande turbulência e mediatização após o final do segundo casamento com Emídio Rangel (o primeiro foi com o empresário) Henrique Granadeiro). Envolve-se com Farinha Simoes que a maltrata física e psicologicamente e já tinha inclusive cadastro criminal. Marante torna-se dependente de drogas e aumenta muito de peso. No entanto, acaba por dar a volta por cima. Entre 2009 e 2010 é directora de comunicação da AMI e lança no ano seguinte o livro "Portugueses na América".
Há um ano foi o final da sua história na qual deixa três filhos. Margarida Marante foi uma vedeta ímpar mas acima de tudo foi um ser humano que enfrentou altos e baixos, uma mulher que amou e se desiludiu mas que nos últimos anos se tinha libertado do sofrimento, referindo-se como "muito optimista". Não esqueçamos pois o seu contributo para o jornalismo e para além disso o seu testemunho pessoal.

 

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