Medula óssea

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A medula óssea é um tecido gelatinoso e suave, que preenche a cavidade dos ossos. Pode ser de dois tipos: vermelha (produz glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) e medula amarela (consistítuida, sobretudo, por células de gordura).
Nos adultos, a medula de ossos grandes é responsável pela produção de células de sangue novo. Nos bebés e crianças, a maior parte da medula é vermelha. Com a passagem do tempo, aumenta a medula do tipo amarelo. Nos adultos, a medula óssea representa, aproximadamente, 4% do peso do corpo e cerca de metade é vermelha.
A medula óssea tem várias funções importantes: os glóbulos vermelhos (chamados de hemácias) transportam o oxigénio para os tecidos, as plaquetas ajudam na coagulação sanguínea e previnem hemorragias, os linfócitos B produzem anticorpos e os linfócitos T podem matar ou isolar células invasoras. Os granulócitos (células de defesa do corpo humano) e macrófagos (também conhecidos no seu conjunto como células mielóides) combatem infecções (de bactérias, fungos e outros parasitas), remodelam os ossos e tecidos e removem as células mortas.
A medula óssea é altamente vascular, sendo atravessada por muitos vasos sanguíneos e capilares.
Na medula óssea encontram-se células-tronco mesenquinais, dotadas de uma grande plasticidade formando diferentes células do organismos: os osteoblastos (na origem dos ossos), condrócitos (cartilagem), miócitos (músculos), entre outras. Destacam-se ainda as células-tronco endoteliais que constituem os vasos sanguíneos. Estas células são ainda imunossupresoras, podendo ser utilizadas para combater doenças auto-imunes e para prevenir a rejeição aos transplantes. As células tronco hematopoiéticas (CPH) garantem a produção das 100 biliões de novas células de que o ser humano precisa diariamente.
O exame de medula óssea é necessário em algumas doenças como leucemia, mieloma múltiplo, sindrome mielodisplásica (MDS), entre outras. A aspiração de medula óssea é feita com uma agulha que irá retrirar amostras de medula de dentro do osso. A quimioterapia utilizada para combater certos tipo de cancro leva à supressão da medula óssea, com uma redução drástica na produção de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e de plaquetas. Esta situação pode conduzir a um quadro clínico de anemia, infecções e propensão a sangramentos. Com os avanços na medicina, é possível realizar-se um transplante de medula óssea para salvar a vida de pessoas gravemente doentes.
Num sentido mais ou menos lato, todos estamos dependentes uns dos outros para sobreviver, pelo que ao doação de medula óssea se reveste de extrema importância. Uma vida pode estar nas nossas mãos e ser salva com uma simples acção  de solidariedade e de consciência.
 

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