Cancro do colo do útero



O cancro do colo do útero é provocado por infecção pelo conjunto de vírus denominado HPV Papiloma de Vírus Humano. Sendo que o colo do útero se situa na parte final da vagina, entre os órgãos externos e internos, está numa posição mais vulnerável para contrair doenças. A vacina contra o colo útero já faz parte do Plano Nacional de Vacinação sendo administrada a todas as meninas quando completam 13 anos.
Os principais sintomas do cancro do colo do útero são sangramento vaginal, corrimento e dor. Factores de risco incluem iniciar a vida sexual precocemente, multiplicidade de parceiros sexuais, tabaco e má higiene intima.
Geralmente esta é uma patologia que demora algum tempo a desenvolver-se, pelo que as alterações das células que causam este cancro podem ser facilmente detectadas num exame preventivo (Papanicolau). É importante efectuar este exame visto que cancro do colo do útero é antecedido por lesões assintomáticas. Quando descoberto na fase inicial, o prognóstico é de cura total.
O Papanicolau (que deve o seu nome ao médico grego que o inventou, Geórgios Papanicolau) consiste num exame ginecológico de citologia cervical, feito a partir da colheita da secrecção do colo do útero, com uma espátula especial. A amostra obtida é colocada numa lâmina de vidro para ser examinada microscópicamente. Vai ser analisada a morfologia das células da mucosa do colo do útero, procurando alterações nas células cervicais (displasia cervical). A infecção pelo HPV altera as células, podendo formar tumores benignos ou malignos. O exame de Papanicolau consegue diagnosticar doenças sexualmente transmissíveis, como o condiloma (verrugas no períneo que podem originar uma doença maligna).
Este exame preventivo deve ser feito por todas as mulheres com actividade sexual ou não, principalmente entre os 25 e os 59 anos, pelo menos uma vez por ano. As mulheres grávidas também podem realizar o Papanicolau. Deve evitar tomar medicamentos vaginais, tomar duche ou ter relações sexuais dois dias antes de realizar este procedimento. O exame é simples e rápido. Não é particularmente doloroso, podendo causar algum incómodo e desconforto, que são minimizados se a mulher estiver relaxada e se o profissional que o realiza tiver boa técnica,  movimentos precisos não desprovidos de gentileza. Para levar a cabo este exame preventivo a mulher não pode estar menstruada, sendo que qualquer sangramento fora da menstruação deve ser dado a conhecer ao ginecologista. Depois de receber o resultado do exame, se este mostrar alguma alteração, deve proceder-se a um exame mais detalhado. Caso seja necessário, a mulher será remetida para o tratamento mais indicado. 
O Papanicolau é um exame de triagem e não fornece diagnósticos definitivos. Como tal, é frequentemente necessário utilizar métodos auxiliares para confirmar qualquer enfermidade.
As mulheres que realizam o Papanicolau pela primeira vez devem repeti-lo mais duas vezes e se forem consideradas de baixo risco podem repetir o exame de três em três anos. Todas aquelas que têm pelo menos um factor que aumente as probabilidades de terem cancro do colo do útero devem continuar a fazer o Papanicolau anualmente.

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