Atresia biliar vitima bebé de nove meses


Bailey Massey era uma criança inglesa como tantas outras, que ria às gargalhadas de cada vez que via na televisão as suas personagens de desenhos animados favoritas. O bebé de nove meses que tinha uma predilecção especial pelo rato Mickey, Minnie, o pato Donald e a Margarida, combatia, no entanto, uma doença rara no fígado. Era nas personagens da Disney que encontrava ânimo e apoio para as suas duras sessões de tratamento.
O pequeno Bailey tinha sido diagnosticado com atresia biliar, causado pelo mau funcionamento da bílis no ducto do fígado. Com apenas sete semanas e ainda no hospital, os pais foram informados que o recém nascido precisaria de um transplante de fígado para poder sobreviver.
O pai Simon, pintor e decorador foi declarado compatível e foi a primeira pessoa com que se tentou um transplante. Revelando-se mal sucedido, um segundo transplante que falhou também devido a complicações sanguíneas. Um terceiro dador de fígado tornou-se disponível mas Bailey faleceu durante a cirurgia, no dia 1 de Janeiro deste ano. A família decidiu homenagear a criança ao vestirem-se das personagens que ele tanto gostava durante o cortejo fúnebre, da sua pequena aldeia até à igreja local. O enterro foi acompanhado por dezenas de pessoas que deram as condolências pela perda de Bailey. 
“Teve uma vida curta e passou muito tempo no hospital mas ele adorava os seus desenhos animados, faziam-no tão feliz. Este foi um tributo ao meu filho, em que todos desempenharam o seu papel. O director do funeral nunca tinha feito nada assim antes”, declarou a mãe Lindsay, de 24 anos. O funeral foi diferente e cumpriu os desejos da família.
A atresia biliar é uma colestase do recém-nascido causado por uma obstrução congénita, levando a uma redução do fluxo biliar, com diminuição ou mesmo interrupção do seu funcionamento. Os sintomas incluem icterícia (cor amarelada)  na pele e na esclera (membrana branca do olhos) devido à acumulação de bilirrubina (principal produto do metabolismo da hemoglobina nos tecidos). O processo pode ser inflamatório, infeccioso ou obstrutivo na última porção das vias biliares.
Esta doença é muito rara e aparenta ter mais incidência no sexo feminino que no masculino. Se nem toda a árvore biliar for afectada, é possível solucionar esta condição através de uma cirurgia denominada procedimento de Kasai. Quando a doença está desenvolvida na totalidade, resta apenas o transplante de fígado.
Kathryn Taylor, avó da criança, referiu: “Bailey era um bebé lindo e uma alegria de se ter. Desde que ele morreu, muitas pessoas colocaram-se na lista de dadores e essa a melhor notícias que poderíamos ter. Um dos seus dadores estava na casa dos 60- a idade não tem importância num procedimento destes e penso que ainda não há consciencialização suficiente desse facto”. A avó lançou um apelo para que se façam mais doações para transplantes desta natureza, de modo a dar aos bebés, jovens e adultos que padeçam destas complicações, a oportunidade de ter uma vida nova.



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