Animais extintos: dodó


O dodó foi uma ave não-voadora com cerca de um metro de altura que habitava nas ilhas Maurícias, na costa leste de África. É da família dos pombos (Raphidae) e da ordem Columbiformes.
De acordo com os retratos existentes, o dodó era uma ave de grande porte, pesando à volta de 23 aquilos. Tinha asas curtas, plumagem cinzenta, pernas amarelas e bico comprido e pesado (com cerca de 23 cm e de ponta em curva). Na extremidade posterior possuía um emaralhado de penas enroladas. O esterno não permitia aos dodós voar mas estes não tinham predadores no seu ecossistema original. Foi instinta pela caça humana durante a colonização da ilha.
A sua alimentação era à base de frutos maduros, no fim da estação chuvosa. Na estação seca os alimentos eram mais escassos. 
A origem do nome da ave não é linear, sendo que a designação dodo começou a ser usada em meados do século XVII. Uma das ideias quanto à etimologia da palavra foi proposta pelo escritor científico David Quammen que defende que o nome "dodó" é uma aproximação ao som que as aves produziam, um piado de duas notas. Um dos mais importantes estudos feitos sobre os dodós foi elaborado por Cornelis Matelief de Jonge, em 1606.




Os antepassados do dodó foram pombos do sudeste asiático ou Indonésia. Os primeiros colonos das ilhas Maurícias foram os portugueses, que chegaram em 1505. O dodó não tinha receio das pessoas o que aliado ao facto de ser incapaz de voar fez dele uma presa fácil para os humanos, que começaram a caçar dodós adultos. Estes também trouxeram animais como macacos, porcos e ratos que destruíram os ninhos do dodó. O último dodó foi morto em 1981.
Depois da sua extinção, poucos restos de exemplares tinham sobrevivido até aos dias de hoje, à excepção de uma cabeça e um pé. Todavia, a situação melhorou, felizmente nos últimos anos. Em 2005 foram encontrados restos mortais significativos, incluindo ossos de aves em várias fases de maturidade, que agora estão em exposição no Museu de História Natural de Leiden (Holanda). Em 2007, foi descoberto, numa caverna nas ilhas Maurícias, o mais completo e bem preservado esqueleto de dodó do mundo.
Pesquisas no campo da Biologia sugerem que o dodó descendeu de pombos migradores e se tornou uma ave muito maior e robusta sem capacidade de voar devido à abundância de alimento e ausência de predadores naturais.
Para além dos retratos de pintores contemporâneos desta aves, foram feitas reconstituições fieis do aspecto dos dodós, que estão em exposição em museus. Investigadores científicos esperam um dia ser possível recuperar o dodó, através da utilização de material genético como plantas e restos orgânicos que sobrou deste animal.


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