Stress no feminino



Nos últimos anos, neurocientistas têm estudado a forma como homens e mulheres respondem ao stress e chegaram a conclusões interessantíssimas, que apontam para uma reacção diferente a este factor, consoante o sexo. 
Nos homens o stress activa lado esquerdo orbito-frontal do cortex cerebral, que activam uma resposta baseada na luta ou fuga (fight or flight no orginal), centrada na sobrevivência. Esta teoria baseia-se num comportamento registado em seres humanos e animais que perante situações de emergência se preparam para resistir e enfrentar as últimas consequências.
 Nas mulheres, o stress activa o sistema límbico, responsável pelas respostas emocionais, chamado de busca de apoio (tend and befriend), em que se procura por conforto, amizade e apaziguamento por parte de outras pessoas ou num contexto de grupo.
Investigadores de uma Universidade na Pensilvânia monitorizaram, através de um processo de alta tecnologia, como o cérebro humano se comporta sobre stress. O estudo de visualização cerebral através de ressonância magnética especializada foi feito em 16 homens e 16 mulheres. Foram medidos o batimento cardíaco, a circulação sanguínea no cérebro e verificaram-se os níveis de cortisol, uma hormona produzida por situações de stress. Os resultados do lado feminino mostravam reacções associadas com afectividade, protecção e instinto maternal . Foram apontados causas para estas divergências entre sexos tais como a genética, as hormonas e condicionantes ambientais. A resposta masculina, apesar de poder ser eficiente, pode também sobrecarregar seriamente o sistema nervoso, enfraquecer o sistema imunitário e levar a descompensações bio-psiquicas.
Conselhos para reduzir os níveis de stress incluem: ser realista e não esperar atingir a perfeição, fazer horários de trabalho razoáveis e deixar de lado uma ou outra coisa se estiver a ser demais, ter uma boa noite de sono e fazer exercício regularmente. Mais do que nunca, é vital ter algum tempo, por mais pequeno que seja, para relaxar e dedicarmos a tarefas que nos fazem bem como um banho demorado, leitura, ouvir música calma, etc.
 Espera-se que investigações como esta também sejam úteis para descobrir mais sobre transtornos de humor como a depressão e stress pós-traumático. 
Ao perceber como o cérebro executa funções específicas e qual a parte dele que executa determinado processo, os cientistas podem encontrar mais informação sobre disfunções, doenças e outros problemas no sentido de melhorar a saúde de todos.

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