Massacre na Noruega



No dia 22 de Julho desde ano, decorreram na Noruega dois atentados que chocaram o mundo: uma explosão na zona de edifícios governamentais na capital, Oslo e um tiroteio pouco depois na ilha de Utoya. Crê-se que cerca de 76 pessoas tenham perdido a vida neste dia trágico (oito em Oslo e 68 em Utoya) e muitos outros ficaram feridos. Os ataques aparentam ter sido planeados conjuntamente.
A explosão na cidade, que provocou danos em vários edifícios, deu-se perto do gabinete do primeiro-ministro norueguês. O edifício mais destruído foi a sede do Ministério do Petróleo e Energia, com os media a referirem que os destroços lembravam uma “zona de guerra”. A explosão causou um ruído ensurdecedor e uma onda de choque sentidos a muitos quilómetros de distância e segundo as autoridades o atentado foi desencadeado por um carro-bomba.  
Algumas horas depois, na ilha de Utoya (no lago Tyrifjorden) um homem armado, vestido com um uniforme policial, entrou num acampamento de jovens com o pretexto de efectuar uma inspecção e segurança e começou a abrir fogo à sua passagem. O encontro fazia parte do projecto da Universidade de Verão do Partido Trabalhista da Noruega e os disparos causaram um pânico geral entre os jovens. Alguns conseguiram escapar ao fingirem-se de mortos, outros esconderam-se entre as rochas. A diferença entre a vida e a morte no massacre fica a dever-se em grande parte às circunstâncias do acaso, de sorte aleatória. 
O autor do atentado deixou a ilha mas acabou por ser detido por forças policiais.Tratava-se de Anders Behring Breivik, empresário norueguês de 32 anos, nacionalista, de extrema-direita e opositor à globalização. Nos dias anteriores ao atentado tinha deixado mensagens na Internet contra a sociedade multi cultural. Para além de ter confessado ser o responsável por esta tragédia, a polícia suspeita que este tenha usado bombas em combinação nos atentados de Oslo.  
Dono de uma empresa agrícola, Breivik conseguiu adquirir grandes quantidades de fertilizantes com que fabricou os explosivos, sem atrair suspeitas sobre a sua pessoa. Considerando a nazismo, marxismo cultural e o Islão como ameaças ao Ocidente, o terrorista tem sido descrito também como anti-imigração, conservador, pró-Israel, cristão (mas feroz opositor à política do Vaticano), interessado na franco maçonaria e “relativamente intelectual”. Uma das ideias que defendia no mundo virtual era que a cultura europeia, tradições e identidades do Estado-nação passavam por uma cultura única e não-alargada. O homicida encontra-se preso em isolamento, por ordem do tribunal de Oslo.  
No dia 21 de Agosto, realizou-se em Oslo uma cerimónia que contou com a família real e com os representantes máximos dos governos dos países nórdicos, para lembrar as vítimas dos atentados. O tributo foi emotivo e contou com os discursos de várias personalidades e com o concerto dos maiores músicos da Noruega.


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