Píton




Lançado em 2011, com  André Guiomar na realização, “Píton” é uma curta metragem documental com 20 minutos de duração que nos mostra uma fracção da vida de Juliana Rocha, pugilista do Porto, desde os duros treinos de preparação para os combates, à gestão das emoções e a busca de superação enquanto atleta. Apelidada de píton pela sua técnica veloz e eficaz, Juliana gere de forma notável a vontade de vencer, os precaços e a pressão de ser chamada de “prodígio do boxe português”.
Filmada a preto e branco, a película mostra-nos todo trabalho que este desporto exige, o espírito de sacrifico e as responsabilidades da jovem do Futebol Clube do Porto, ao mesmo tempo que tenta aproveitar a juventude. Tradicionalmente visto como uma modalidade violenta, de contacto físico conflitual e brusco, o boxe surge-nos, através da observação de Juliana, como um desporto que também pode ser, de forma paradoxal, feminino, cerebral, súbtil e harmonioso. As entrevistas ao pai, ao treinador e à pugilista atestam a sua força, determinação e paixão pelo boxe, lutando diariamente com o suor do rosto para prover o seu valor na modalidade.
Campeã nacional de boxe, Juliana atingiu todos estes feitos sem deixar de lado os estudos (Criminologia na Universidade do Porto), o voluntariado (Jovens sem fronteiras), um grupo de teatro e a vida pessoal (o tempo livre é dedicado à família e aos amigos). Questionada sobre como consegue conciliar todas estas vertentes, a pugilista afirma “É preciso querer e gostar, acima de tudo. Costumo dizer que a minha vida é como uma pizza em que preciso de todas estas actividades para que esteja equilibrada”.
Píton” venceu o Grande Prémio de Vídeo, Melhor Vídeo Documentário e Prémio do Público do Festival Audiovisual Black & White da Universidade Católica do Porto e a segunda edição do NY Portuguese Film Festival, organizado pelo Arte Institute.





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