Pagar para morrer

Sendo o Brasil um país tropical associado à alegria, ao samba e à vida feliz, foi com choque que se noticiou a história tão dramática quando inusitada de Giovanna Manzano.
No dia 14 de Junho de 2011, Giovanna Mathias Manzano  foi assassinada com três tiros em Penapólis (a 479 km a sul de São Paulo). A história seria mais um homicídio chocante não fosse pela particularidade da advogada, de 35 anos de idade, ter pago pela própria morte. Divorciada desde Fevereiro deste ano, Giovanna lutava há anos com uma depressão profunda, que se agravou ao descobrir que tinha sido adoptada em criança. Procurou ajuda psiquiátrica que não terá sido eficaz, apesar de segundo fontes próximas, ser aplicada nos tratamentos, tomar a medicação prescrita e fazer terapia para controlar os seus sentimentos de angústia, solidão e tristeza. Foi diagnosticada com o síndrome de Borderline ou transtorno de personalidade limítrofe, que explicaria a instabilidade de humor.
Atormentada pelo abandono da família biológica e a rejeição matrimonial, a advogada terá decidido recorrer a medidas drásticas e recorreu aos serviços de dois criminosos, que contratou para que a eliminassem.
Assim, na hora e local definidos previamente, saído do carro para ir ao encontro da morte. Pelo menos dois mil reais (cerca de 822 euros) terão sido pagos pelo assassínio à queima roupa.
A viatura foi incendiada, de acordo com o seu plano por si traçado. Ficou para trás uma vida em que se destacou pela carreira brilhante na advocacia, a personalidade afável e perspicaz. Na carta de despedida deixada aos entes queridos, Giovanna indicou implicitamente que este acto desconcertante foi a única forma ao seu alcance de tentar ser feliz. 


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