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A mostrar mensagens de dezembro, 2011

O talento de Mira

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Mira Fujita foi a última artista a causar impacto num género de ilustrações ou pinturas em que as mulheres são retratadas num estilo lírico, popular entre 1920 e 1960, denominado de “jojo-ga”. Esta pintora japonesa conheceu o sucesso muito jovem, após ter frequentado a Universidade de Tama Arte em 1948, para estudar pintura “nihon-ga”.  Ainda colegial, foi distinguida com vários prémios. Em 1953, já tinha ilustrações numa revista japonesa voltada para o público feminino. Mira impressiona com as suas raparigas de olhar cativante, cheias de carisma e confiantes, que encontraram repercussão nas adolescentes do pós-guerra. Com o êxito das suas obras, Mira começa a dedicar-se a outros temas, a diferentes técnicas e a experimentar novos ângulos nos seus quadros. Mantinha-se, porém, a inocência e o brilho cristalino das personagens que retratava. Keiko Nakamura, do Museu de Yayoi destaca a abordagem rara no trabalho da artista, a expressividade e determinação nas figuras retratadas. A sua a

O adeus de Cheetah

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O chimpanzé Cheetah, que se celebrizou ao actuar nos filmes de Tarzan faleceu no passado dia 24 de Dezembro, na reserva florestal Suncoast Primate Sanctuary na Florida, Estados Unidos. O animal sucumbiu à falência renal e viveu até aos 80 anos, idade quase inaudita para um primata. Cheetah apareceu em vários filmes como "Tarzan- Homem Macaco" (1932) e "Tarzan e a sua companheira" (1934) e "A nova aventura de Tarzan" (1942), que rapidamente se tornaram num dos franchisings mais bem sucedidos da história do cinema.  Devido à estreita convivência com os humanos ao longo de toda a sua vida, Cheetah compreendia facilmente as emoções dos que dele cuidavam, demonstrava empatia, compaixão e generosidade. Era descrito como sendo um chimpanzé extrovertido, apreciador de futebol, que gostava de pintar e de fazer as pessoas rir. Em declarações à imprensa, a reserva florestal expressou a "profunda tristeza" pela morte do chimpanzé e acrescentou "A comuni

Natal em imagens

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A eterna insatisfação humana

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É comum sentir-se insatisfação num determinado momento, sem que para isso às vezes encontremos explicação. O quadro torna-se grave quando a situação é estrutural e indissociável, como um poço sem fundo que é se tenta encher em vão e torna impossível desfrutar a vida de forma serena e com qualidade. Aí, a insatisfação pode ser apenas um sintoma de uma perturbação mais complexa, a ponta visível de um aglomerado de problemas e dores emocionais. Se tudo o que se retirar dos afectos e do trabalho, por mais que se faça, não parecer suficiente para nos completar como pessoas, essa insatisfação latente não deve ser escamoteada mas sim direccionada produtivamente. O sofrimento pode ser transformado num emblema, simbolizado a partir de palavras, de objectos ou manifestações artísticas. O psicanalista franco-argentino Nasio considera que o sofrimento é “o derradeiro afecto, a última muralha antes da loucura e da morte” e que manter fantasias é uma forma de protecção do inconsciente contra o p

Edemas pulmonares

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Designa-se por edema pulmonar a acumulação de líquido nos tecidos dos pulmões. Esta é uma das emergências médicas mais frequentes e põe em risco a vida humana se não for o edema não for tratado atempadamente. Provoca dificuldades na troca gasosa e, eventualmente, insuficiência respiratória. O edema pulmonar pode ser causado por alguma doença aguda ou crónica ou outros casos especiais. Doenças do coração tais como cardiomiopatia (no músculo cardíaco), infarto agudo do miocárdio e deficiências nas válvulas cardíacas são algumas das principais causas de edema pulmonar. Quando o coração não funciona bem e deixa de bombear o sangue de forma eficiente, este acumula-se nos pulmões, provocando o desenvolvimento de sintomas desta doença tais como encurtamento de respiração. Esta falta de ar tem tendência a agravar-se com actividades e a manifestar-se quando a pessoa se deita em posição baixa. Outros sintomas incluem aumento da pressão arterial, opressão no tórax, tosse (com possível expector

O papel dos valores no século XXI

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As escolhas que tomamos dependem em grande parte daquilo que acreditamos ser verdadeiro e válido, dos nossos valores. Este termo vai caindo em desuso na actualidade, substituído pelo principio de Maquiavel de que os fins justificam os meios. Contudo, sem valores bem estruturados é perigosamente fácil perder o rumo numa sociedade em mudança permanente, tal como navegar no alto mar sem qualquer instrumento de orientação não é recomendável. Os valores são critérios de apreciação e julgamento, que impulsionam ou justificam determinadas acções. Há vários tipos de valores, de diferente ordem: éticos (relativos a normas e modos de conduta tais como honestidade, solidariedade, altruísmo, etc), vitais (saúde, força, energia), estéticos (belo, feio, harmonia, etc), políticos (justiça, igualdade, cidadania, liberdade, entre outros) e religiosos (tratam da relação do homem com o plano superior de transcendência: sagrado, pureza, perfeição, etc) De acordo com Jean Piaget são os valores múltiplos

As lições da chuva

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Nem sempre os meses do ano são feitos de céus limpos, de sorrisos fáceis em que se levanta da cama a agradecer o simples facto de estar vivo e não a amaldiçoar o dia difícil que se tem pela frente. Por qualquer razão, nem sempre se pode avançar delicadamente, quase que a deslizar pelas rotinas e tarefas diárias, com a luz do sol a reflectir-se em nós.  Há dias em que a energia nos abandona e progredimos sofrivelmente, a arrastar os pés, a não querer dar nem fazer mais nada. Os esforços parecem inglórios, não há mais nada para além dessa sensação miserável de torpor e peso quase insuportável. Como se tudo que existe se fosse feito para ser destruído, como se nenhumas palavras pudessem traduzir, por um milésimo do segundo o que pensamos, como se nada fosse digno de ser olhado, de ser respirado. É confortável viver na sombra e nas crenças negativas, porque se não nos movemos também não teremos nada a perder, certo? Não acreditar é, em si mesmo perder, porque não se aceita ver para além d

Chimpanzé amamenta tigre

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Num Parque de Crocodilos com um mini-zoológico, em Samut Prakan, Tailândia, ganhou protagonismo um chimpanzé a amamentar um tigre dourado de apenas quatro semanas de vida. A cena terna e inusitada aconteceu em 28 Julho do ano passado e foi captada pelas objectivas dos fotógrafos presentes na Granja de Crocodilos, local que alberga mais de 80 mil répteis. O chimpanzé destacou-se pelo instinto maternal com que deu o biberão ao filhote de tigre recém-nascido, numa lição da natureza de que não importa raça, tamanho ou espécie, para que se proteja e desfrute a vida em todo o seu esplendor.

Como pedir "desculpa"

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Saber pedir desculpa de forma sentida e eficiente nem sempre é simples. Implica engolir orgulho próprio, reconhecer os erros e defeitos, dizer as palavras certas no momento certo. Como tal, é uma ciência e uma arte exprimir e formular o que nos vai dentro. Fundamentalmente, importa assumir responsabilidade pela situação, reconhecer os danos causados se for possível remediá-los de alguma forma, estar disposta a fazê-lo. Pedir perdão implica arrependimento genuíno, uma falta só pode ser expiada se compreendermos inteiramente o sofrimento e as consequências negativas que daí decorreram. O foco principal deve ser na outra pessoa e na maneira como as nossas acções a fizeram sentir: justificar ou procurar defender-nos não costuma de ser grande utilidade e pode causar ainda mais ressentimento. Independentemente de termos magoado alguém intencionalmente ou não, o resultado final é o mesmo pelo que ao lamentarmos profundamente o que fizemos, legitimamos e validamos o comportamento do outro

Moda dos anos 60

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Nos anos 60 o aspecto exterior estava mais do que nunca relacionados com o comportamento e ideais individuais. O estilo da juventude era marcado por irreverência, originalidade, por uma atitude de inconformismo e luta pela liberdade. A minissaia, criada por Mary Quant e André Courrêges, foi a grande invenção dos anos 60, cuja moda passou a acompanhar as tendências usadas nas ruas das cidades mais cosmopolitas do mundo como Londres e Paris. Ícones do cinema e música desta época incluem nomes como Audrey Hepburn, Natalie Wood, Julie Christie, Joan Baez, Jane Birkin, Françoise Hardy, etc. O estilo dos anos 60 destaca-se pela variedade que contempla numerosos elementos desde o psicadélico, arte noveau, influências egípcias,  formas geométricas, padrões românticos (patentes no visual florido, retro e campestre) experimentações visuais e neoplasticismo. Os tecidos variam desde as fibras naturais às sintéticas (também usadas nas perucas, altamente populares). O esilo unisexo ganhou populari

Anjo negro

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Conhecer-te foi um predestinado golpe de sorte Facilmente sinalizaste a saída para o meu dilema A minha estrada sem rumo encontrou o norte Querer-te tornou-se o meu único problema Nos teus olhos vi o meu destino inevitável De atravessar uma ponte para te perder no final E ser deixada na angústia irremediável De quem nunca viu o sol no universo sideral Não conseguia alinhar sentimentos ou razão Era como estrela cadente num plano esquecido Agora a tua luz adorna a minha escuridão Anjo negro triunfante nunca vencido  Cruzei todos os mundos paralelos através de ti Foste o vislumbre do futuro mais perfeito Fizeste-me voar tão alto, sentir a vida em si Mas o meu coração deixaste-o desfeito A mudança é tardia e incerta A saudade são dias apertados, sempre iguais Marcados por feridas em carne aberta A sangrar até ser prendida por ti uma vez mais És a bênção  que eu estava condenada a abdicar Na fronteira do bem e do mal, tão real e forte Agora posso amar-te para além da terra e do ma

"Shine, Pierces & Orgulho"

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Filme: Shine (1996): Neste filme australiano tocante e imperdível, conhecemos a história de David Helfgott, um pianista tão prodigioso quanto atormentado pelos demónios da sua mente. Talhado para ser um músico de remone, a vida de David é assombrada pela tragédia e reviravoltas turbulentas, que resultam num esgotamento nervoso e saúde frágil. A sua luta de um ser humano para ultrapassar os altos e baixos, a sensibilidade comovente, a personalidade peculiar na interpretação brilhante de Geoffrey Rush (vencedor do Oscar de melhor actor com este papel) fascinam o espectador que cria elos profundos com as personagens. Esta é uma obra sobre a sanidade que vive com loucura e como o lado obscuro da psique humana se pode transformar em vivacidade e luz. Livro: Orgulho e Preconceito (1813) de Jane Austen: Nesta obra-prima que a escritora inglesa Jane Austen completou quando tinha apenas vinte anos de idade, ficamos a conhecer Elizabeth Bennet e as suas quatro irmãs, nascidas numa família lon