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A mostrar mensagens de julho, 2011

A Lei de Murphy

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Há dias em que tudo parece correr mal, em que não conseguimos ter concentração ou sorte para fazer algo condigno, em que sentimos que o melhor era nem sequer nos termos levantado da cama. É como se tivéssemos um alvo nas costas e o coração nas mãos para que o mundo inteiro possa ver e espezinhar até nada de positivo restar nos nossos recônditos. Quando só vemos um cenário negro à nossa volta, é quando a Lei de Murphy, um adágio cultural particularmente pessimista, nos atinge em cheio. Esta forma de pensar defende que se algo pode dar errado, de certeza que vai dar. As coisas vão sempre correr da pior maneira possível, na altura menos indicada e de forma a criar o maior número de danos para a pessoa afectada. Esta teoria tem o nome do seu criador, o engenheiro aeroespacial Edward Murphy, que estava a tentar realizar um teste de tolerância à gravidade por seres humanos quando houve uma falha nos sensores que o deviam registar. Tinham sido mal instalados pelo técnico responsável. Desanim

Dugongos, sereias do mar

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Após a entrada sobre os manatins, chega a vez dos dugongos, que tal como os primeiros, são mamíferos marinhos herbívoros. Os dugongos (nome que significa sereia em malaio), são o menor membro da ordem Sirenia, têm dentes afiados. Para além das algas marinhas, podem alimentar-se ainda de pequenos animais invertebrados tais como lagostas e outros crustáceos. As algas são ricas em nitrogénio e de fácil digestão para os dugongos, que não têm divisões no estômago mas cujos intestinos são muito longos e com bactérias que processam eficientemente a celulose das algas. Os dugongos possuem uma figura rotunda e crescem até três metros de comprimento e 400 kg de peso. A sua pele é suave e espessa. Ao contrário de outros mamíferos não conseguem suster a respiração dentro de água durante muito tempo mas podem respirar com a maior parte do seu corpo submersa. Os olhos e ouvidos destes animais estão de lado da cabeça e os seus movimentos são caracterizados como sendo lentos e graciosos. Esta espé

Histórias de amor: o bom, o mau e o incerto

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Quando uma história de amor começa tudo parece perfeito: os olhos brilham mais do que todas as estrelas do céu, sorrimos por tudo e por nada, acordamos a ver tudo colorido e com uma energia avassaladora para fazer o que quer que seja. Até somos capazes de pensar que o mundo é um sítio bom para viver, no final de contas. Por que estamos apaixonados tudo parece estar no lugar certo, na ordem correcta, no momento exacto. Uma brisa mágica e sagrada parece envolver-nos. Não podemos evitar essa sensação de ser imortal, invencível, de poder levitar e de voar. É o que amor faz. Fazem-se planos a dois para um futuro risonho, projecta-se uma casa maravilhosa, viagens inesquecíveis, metas para alcançar. Há brio, esperança e capacidade de sonhar até não mais poder. O sonho torna-se de certa forma a nossa vida porque a maneira como agimos e nos comportamos é condicionada pelo mundo interior que levamos dentro. Os momentos passados são de uma alegria arrebatadora, quase euforia. As horas transform

As raízes da auto-destruição

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A auto-destruição define-se como um comportamento adverso da pessoa contra si própria, que pode manifestar-se em abuso de substâncias como álcool e drogas, prática de auto-mutilação e tentativas de suicídio. Geralmente, o individuo que procura a sua degradação tem uma auto-estima muito baixa, não gosta de si mesmo e não vê razão em continuar vivo, pelo que a vida se torna uma estrada descendente em que nada mais importa e não é preciso ter mais nenhum cuidado para assegurar a sua sobrevivência. O que levará as pessoas a comportar-se desta forma: o pensamento de não ter nada a perder ou pelo contrário, a crença de que independentemente do que qualquer esforço nunca alcançarão nada de valor? Neste processo existe uma incapacidade de transformar a condição actual em que se vive, que provavelmente desencadeia esta insatisfação destrutiva. Há uma negação do bem e do mal relativamente à conduta interior, reveladores de uma perda debilitante de reverter vivências negativas ou de alguma maneir

Acidentes fatais: coma cerebral

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Na sequência da minha entrada sobre morte cerebral, reúno aqui três histórias de três pessoas marcantes, a quem a vida,  abandonou cedo demais, na sequência de malogrados acidentes. Grace Kelly (1929-1982) A famosa actriz de Hollywood que se tornou princesa do Mónaco, teve uma vida de altos e baixos em que se notabilizou pela participação em três filmes de Alfred Hitchcok ("Chamada para a morte", "Janela Indiscreta" e "Ladrão de Casaca"), "Mogambo", "Alta sociedade" e "The country girl" (pelo qual ganhou o Óscar de melhor actriz".  Depois da aclamação pública na carreira, surge o casamento com o príncipe Rainer III, que a afasta definitivamente das telas mas não do interesse e cobertura da imprensa mundial. Grace deu à luz Caroline, Albert e Stéphanie e é criticada pelos media pelo aspecto descuidado, aumento de peso e alimentação pouco saudável. A 13 de Setembro de 1982, aos 52 anos de idade, Grace Kelly sofre um acide

Essencial à vida

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Todos temos coisas sem as quais não nos imaginamos a viver, que podem ser da mais variada ordem: pessoas, animais, objectos, lugares, sentimentos. Algumas das mais comuns são as seguintes: Amor_ Em todas as suas formas, especialmente entre a família e amigos. No fundo, todos aqueles que de uma forma ou de outra se tornam importantes nas nossas vidas, que dão apoio, carinho e motivação para continuar a progredir e a lutar pelo que queremos.     Fé_ Em algo superior, numa energia, numa entidade sagrada inexplicável, nas leis que regulam o Universo e fazem de nós aquilo que somos. Quando se acredita em algo forte do que nós, conseguimos ver um sentido em que tudo aquilo porque passamos. Actos rotineiros como comer, dormir e conviver com os outros fluem com naturalidade e prazer porque surgem como um reflexo de uma esperança transversal e de um desígnio divino. As orações que fizermos só têm verdadeiro significado se as fizermos com convicção e total honestidade. É importante relativiz

Ellen, a elefante artista

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    O mundo animal perdeu no passado dia 5 de Julho um dos seus exemplares mais talentosos. Ellen era uma elefante asiática que vivia no Arkansas (EUA) e que encantou crianças e adultos durante 57 dos seus 60 anos de idade. Distinguia-se dos demais elefantes pelas suas capacidades ímpares: pintava arte abstracta, tocava piano e harmónica.  Era uma estrela na sua localidade e uma das maiores atracções do jardim zoológico onde vivia, em Little Rock.  A elefante tinha por hábito dar passeios de manhã pelo zoo antes de abrir ao público, onde era cumprimentada por um rinoceronte branco, Sue. Caracterizada por um temperamento rebelde e por ser muito apreciada pelos visitantes, a elefante era muito acarinhada pelos tratadores, que se divertiram com as suas travessuras e habilidades.  Vitimada possivelmente por um ataque cardíaco, a morte de Ellen foi chorada por aqueles que a conheciam bem e teve direito a uma cerimónia fúnebre. Nesta última, estiveram presentes muitas pessoas, apesar das

Nas malhas do bullying

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Um dos temas mais polémicos e em foco na actualidade é o bullying, as agressões físicas e verbais praticadas um pouco por toda a parte, especialmente nas escolas. Num mundo em que se discute como nunca o o casamento e adopção homosexuais e os padrões de beleza e estéticos impostos pela sociedade, é natural que assim seja. Afinal de contas, as vítimas de bullying têm características em comuns com todas as minorias: são excluídos, humilhados e ridicularizados.  Há desigualdade de poder entre o agressor que passa uma imagem de força e segurança e a vítima que é subjugada e punida muitas vezes por ser apenas diferente nalgum aspecto. As suas fraquezas são exploradas e exacerbadas, quer seja inferioridade física ou o que é retrato pelo malfeitor como inferioridade comportamental. É muito comum ver rapazes serem marginalizados pelo o que é entendido como "características efeminadas", algo considerado inaceitável para quem se julga um modelo a seguir e refuta tudo o que lhe parece f

Outubro Vermelho na Rússia

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A Revolução de Outubro foi a segunda fase da Revolução Russa de 1917, que se iniciou com um golpe de estado de Lenin e dos bolcheviques, contra o governo provisório instituído nesse ano após a abdicação do czar Nicolau II. Deu-se no dia 25 de Outubro e é também conhecida como Revolução Bolchevique ou Vermelha, já que foi a primeira manifestação deste género do século XX, que reforçou o poder dos bolcheviques e difundiu pelo mundo a ideologia comunista-marxista. De entre os partidos políticos russos, os bolcheviques eram uma facção separada do socialismo moderado, composta por operários fabris e camponeses carenciados, que passou a designar-se oficialmente por Partido Comunista. Na altura, a Rússia era governada por um Governo Provisório (de modelo parlamentar, integrado por membros da antiga Duma, a favor da participação continuada do país na I Guerra Mundial) e pelo Comité Central do Soviete de Petrogrado, com socialistas de vários tons, nomeadamente os mencheviques. Este último não

As coisas que eu quero

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São simples, densas e intemporais As coisas que eu quero Fortes, melífluas, quase irreais Aquelas que acalento e espero Quero absorver o absoluto Nunca ser deixada à margem Ler nas entrelinhas de tudo Tecendo em cada página uma viagem Quero sentir, pensar e falar Escrever com consciência Com engenho e arte, flutuar Do meu ser, mostrar a essência A luz do sol e o abraço do vento Guardar memórias da música e calor a fluir Talvez a vida seja um momento gravado no tempo Mas algo fica da nossa passagem ao partir Quero o riso e o choro; amar o mundo Quero um ciclo vital pleno, inquebrantável e profundo Um sonho dentro de um sonho, belo e inocente De tu e eu para sempre Imagem retirada de: http://ravven-stock.deviantart.com/art/Lost-Princess-109363099

Construtivismo e o desenvolvimento humano

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Imagem retirada de http://www.flickr.com/photos/ O construtivismo é uma corrente de pensamento que defende que a realidade é socialmente construída, ou seja, não percepcionamos os factos externos de forma objectiva mas sim com subjectividade, a partir das nossas concepções, ideologias e valores. Esta área epistemológica tem aplicação em várias ciências humanas como a Sociologia, Filosofia e Psicologia. No seu livro "Construção do real na criança", o psicólogo do desenvolvimento Jean Piaget, argumentou que as crianças adquirem o conhecimento de forma activa, ou seja, realizam construções mentais daquilo que aprendem auferem da viabilidade das suas acções. Piaget via o conhecimento como resultante da interacção do indíviduo com meio envolvente e procurou classificar os processos pelos quais este era construído, dos seus níveis elementares aos superiores, com ênfase no conhecimento científico. Há dois tipos de construtivismo, que têm em comum a ideia de que o índividuo não aced

Norman Rockwell: um legado americano

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Norman Rockwell (1894- 1978) foi um pintor e ilustrador norte-americano que se destacou pela longevidade da sua carreira, quarenta anos e pelo brilhantismo da sua arte.  Os quadros que deixou ilustram a vida nas pequenas cidades, com as suas peculiaridades e episódios do dia-a-dia. Pintou ainda retratos de vários presidentes dos Estados Unidos, como Richard Nixon e John F. Kennedy e a colecção das Quatro Liberdades. As pinturas de Rockwell são fruto de uma observação meticulosa, possuem rigor e traços executados com exactidão e brio. Dava particular atenção às expressões do rosto, cuja vivacidade gostava de realçar, em especial das crianças. É possível compreender a evolução pessoal do artista através da sua obra, um espelho da maturidade ao fazer a transição da juventude para a vida adulta e posteriormente para a velhice. Nada escapou ao olhar atentíssimo, muitas vezes crítico e cómico, de Norman Rockwell, abordando temas como: as duas guerras mundiais, preconceitos raciais, valores

Emergência de amor

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Há invariavelmente momentos em que gostaríamos de estar acompanhados e não é possível. Noites em que a solidão pesa mais que milhões de toneladas, dias em que horas se arrastavam como uma sentença infindável, em que nos sentimos incapazes de sorrir, não importa o que aconteça. Podemos ter tudo mas continuaremos a sentir-nos sem nada se não tivermos amor. É através dele que conseguimos ver sentido na vida, o ingrediente essencial que dá sabor a qualquer intempérie, a qualquer momento. Estar com quem amamos faz-nos felizes, temos uma necessidade cabal de sermos nutridas por a força de carinho. É quase uma emergência poder ver as esperanças que depositamos em alguém não caírem em saco roto e transformarem-se num arco-irís especial onde cabem todos os sonhos mais doces, todas as realidades mais perfeitas. Queremos respirar e rir em igual quantidade, amar enquanto vivermos. Não passar um segundo sem esse bálsamo que cure as nossas feridas e nos faça acreditar que há um pouco de magia, de u

Amaxofobia: o medo de conduzir

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É comum termos medo de uma ou várias coisas, por este ou aquele motivo do inconsciente, que se tornam preocupantes quando limitam a nossa vida diária, de um modo generalizado e incapacitante. O medo de conduzir designa-se por amaxofobia e atinge cada vez mais pessoas, devido ao aumento no número de acidentes e ao congestionamento de trânsito, especialmente nas grandes cidades.   Conduzir é uma actividade com um certo nível de perigosidade, que requer preparação suficiente e uma atitude defensiva para que evitem acidentes que ceifam vidas na flor da idade. Como tal, é importante cumprir os nossos deveres para que os direitos dos outros condutores sejam respeitados, conduzir com todas as nossas capacidades físicas e psicológicas intactas e a uma velocidade adequada. O condutor que sofre de amaxofobia experimena um verdadeiro sentimento de pânico ao sentar-se ao volante : o coração bate descontrolamente, a temperatura do corpo altera-se drásticamente, a boca fica seca, as pernas tremem