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A mostrar mensagens de agosto, 2011

Síndrome de Estocolmo

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A síndrome de Estocolmo caracteriza-se como sendo um estado psicológico desenvolvido por pessoas vítimas de sequestro, que remonta a um comportamento de identificação, lealdade e até de afecto pelo raptor. A síndrome foi assim designada aquando a um assalto a um banco em Norrmalmstorg, Estocolmo que durou seis dias (de 23 a 28 de Agosto de 1973). Depois de serem resgatados, os reféns mostravam ter estabelecido uma relação especial com os seus raptores defende-os e mostrando-se reticentes nos depoimentos judiciais que se após o assalto. O termo foi criado por Nils Bejerot, criminólogo e psicólogo que auxiliou a polícia durante o sequestro e a partir daí foi adoptado pela comunidade científica mundial. O stress físico e emocional exacerbados que se vive num sequestro podem desencadear um mecanismo de defesa para evitar actos de retaliação ou de violência por parte dos raptores. As vítimas estabelecem laços de empatia como uma forma de sobrevivência no meio da situação complexa e caótic

Massacre na Noruega

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No dia 22 de Julho desde ano, decorreram na Noruega dois atentados que chocaram o mundo: uma explosão na zona de edifícios governamentais na capital, Oslo e um tiroteio pouco depois na ilha de Utoya. Crê-se que cerca de 76 pessoas tenham perdido a vida neste dia trágico (oito em Oslo e 68 em Utoya) e muitos outros ficaram feridos. Os ataques aparentam ter sido planeados conjuntamente. A explosão na cidade, que provocou danos em vários edifícios, deu-se perto do gabinete do primeiro-ministro norueguês. O edifício mais destruído foi a sede do Ministério do Petróleo e Energia, com os media a referirem que os destroços lembravam uma “zona de guerra”. A explosão causou um ruído ensurdecedor e uma onda de choque sentidos a muitos quilómetros de distância e segundo as autoridades o atentado foi desencadeado por um carro-bomba.   Algumas horas depois, na ilha de Utoya (no lago Tyrifjorden) um homem armado, vestido com um uniforme policial, entrou num acampamento de jovens com o pretexto de

Fogos de artifício

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O fogo de artifício são explosivos utilizados em celebrações, para transmitir uma sensação de brilho e excitação. Dá-se uma combustão inicial, que faz com que um foguete pirotécnico ascenda no céu para explodir com estrondo e ser apreciado pelo público. São uma chamada de atenção, uma afirmação gloriosa de poder. Há várias classes de fogos de artifício dependendo do ruído produzido e quantidade de pólvora que contém. Crê-se que a pirotecnia iniciou-se na Pré-História, no continente asiático, quando se descobriu que bambus verdes explodiam ao ser aquecidos na fogueira. Com o intuito de assustar os maus espíritos, esta prática passou a realizar-se em dias festivos. Já a pólvora foi descoberta acidentalmente na China há aproximadamente 2000 anos e baptizada de “fogo químico”. Foi utilizada em projécteis explosivos, em armas de bambu e ferro a partir do século XIV. É só no século XVII que esta passa a ser utilizada em minas e construção de estradas. Cedo os chineses descobriram que os

Pinturas de Botticelli

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Sandro Botticelli (1445-1510), de seu nome verdadeiro Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, foi um famoso pintor italiano da Escola Renascentista de Florença. Tinha como patrono Lorenço de Médici, para o qual executou numerosos trabalhos bem. Realizou ainda frescos para a Capela Sistina e ganhou reconhecimento ao pintar retratos, tornando-se um dos pintores mais procurados do seu tempo. A obra de Botticelli prende-se com várias influências da mitologia, da religião católica, do período gótico, das esculturas da Antiguidade, da pintura produzida no século XVI ("Quatrocento") , entre outras. O pintor mostrava uma grande atenção ao rigor, ao traçado, à perspectiva utilizada e à harmonia. Nos seus quadros há vivacidade, cores marcantes e expressão intensa de estados de espírito.  Um pouco esquecida nos séculos posteriores ao seu falecimento, o legado de Botticelli voltou a suscitar muito interesse no final do século XIX e a originar diversas interpretações filosóficas.  Para

Um pedaço de tudo e de nada

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Ao viver temos de aceitar de alguma forma as regras do jogo, ou seja, que frequentemente vai haver muito mais coisas para fazer do que tempo para as levar a cabo.  O tempo é dinheiro porque nos pode fugir das suas mãos facilmente, o nosso destino pode mudar em segundos, quer para o melhor ou para o melhor. É precioso viver no presente e perceber os nossos limites e que não se pode tentar controlar tudo. Nunca conseguiremos abarcar todas as dimensões do real, é uma tentativa impossível. De igual forma, podemos ser quem quisermos, escolher como nos comportar e agir, daí retirando os respectivos resultados. Devemos usar a consciência e as palavras com responsabilidade. Todos os actos têm consequência e a nossa voz deve representar a voz de todos, daqueles que não são ouvidos nem falados, que vivem à margem da sociedade. Lutar não só por nós mas para o bem comum, no sentido de diminuir a injustiça, a opressão e exclusão deve ser uma motivação essencial de qualquer pessoa. Da mesma f

Bombas atómicas de Hiroshima e Nagasaki

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Na manhã do dia 6 de Agosto de 1945, a Força Aérea dos Estados Unidos lançou a bomba atómica "Little Boy" em Hiroshima, cidade do sul do Japão. A 9 de Agosto, três dias depois do primeiro lançamento, foi a vez de Nagasaki ser atingida, com a detonação da bomba "Fat man".  Estes ataques ordenados pelo presidente dos Estados Unidos, Harry Truman foram desenvolvidos no contexto do Projecto Manhattan, um trabalho militar norte-americano em parceria com o Reino Unido e Canadá, cujo propósito inicial era ter uma bomba contra a Alemanha nazi. Face à rendição dos alemães e da Itália (potência aliada), o único país que ainda apresentava resistências era o Japão. O uso das bombas seria uma forma de mostrar o imenso poder militar norte-americano e apressar a redenção japonesa. A escolha das cidades de Hiroshima e Nagasaki não foi aleatória: baseava-se em análises e interesses militares, já que estas eram as regiões japonesas mais avançadas a nível industrial. Os danos foram

Melodia

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Se te magoarem Mantém-te firme, de cabeça erguida Não ouças quando te insultarem Em ti criando dolorosa ferida Não és menos porque te julgam, inclementes Nada tens a temer perante ninguém A sorte vem para quem acredita sempre E não só quando lhe convém  Quem te humilha nada tem de honroso Quem semeia ventos não terá boa colheita O amor é infinitamente mais poderoso Mais forte do que a pressão para ser perfeita O futuro entrelaça-se com o passado Cria-se um presente acesso na mesma chama É bom ser sonhador e também sonhado Esperado de igual modo por quem se ama Só o amor transforma o erro em acerto Todo o vazio se torna abundância O alívio nasce do aperto Tudo se pinta com as cores da esperança A mentira é substituída pela verdade A iniquidade derrotada pela justiça É quando se solta a voz da liberdade E quando se pode ouvir a melodia da vida

Mulher mais velha do mundo completa 115 anos

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Besse Cooper é uma supercentenária norte-americana que completou na semana passada 115 anos de idade e é actualmente a mulher mais velha do mundo. Nascida a 26 de Agosto de 1896 em Sullivan County, Tenessee, Besse mudou-se para a Georgia aquando da II Guerra Mundial e trabalhou durante toda a sua vida como professora.  Viuva desde 1963, esta recordista do Guiness, teve quatro filhos e celebrou o aniversário rodeada da família que inclui 12 netos bem como vários bisnetos e trinetos. O estado da Georgia, onde Besse Cooper reside actualmente já tinha marcado presença nos recordes de longevidade com Beatrice Farve (falecida em 2009, com 113 anos de idade).  É notável a longevidade desta americana, que testemunhou em primeira mão alguns dos maiores eventos da modernidade: duas guerras mundiais e avanços profundos na tecnologia, cultura, saúde e qualidade de vida. Sem dúvida que as histórias que esta anciã terá para contar serão mais do que muitas. Como tal, é importante continuar a investi

Páginas em branco

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É difícil desenhar o amor ou explicar o que faz dele aquilo que é, tão poderoso, intrigante e indefinível. Às vezes funciona, outras sentimos que perdemos o nosso tempo ao esperar por um gesto que não veio, ao sonharmos em vão com momentos que nunca se concretizaram. Muitos não conseguem aceitar que o amor se revista por vezes de mágoa, frustração, de tantas palavras que ficaram por dizer e que formam autênticas pedras entre duas pessoas que era suposto serem uma só.  A solidão deturpa os factos, a emoção turva-nos a capacidade lógica e racional de ver as coisas como realmente são. Tornamo-nos reféns de um sentimento e a pessoa amada o algoz que nos atormenta. Deixamos de nos reconhecer ao olhar ao espelho, queremos evadir-nos para uma realidade paralela, redentora e doce, que não existe. Somos almas sem descanso e vítimas da nossa própria forma de amar. Nada parece satisfazer ou preencher o vazio, as páginas em branco aterrorizam-nos. Temos medo que o não haja seguimento nos capítulo

Stress no feminino

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Nos últimos anos, neurocientistas têm estudado a forma como homens e mulheres respondem ao stress e chegaram a conclusões interessantíssimas, que apontam para uma reacção diferente a este factor, consoante o sexo.  Nos homens o stress activa lado esquerdo orbito-frontal do cortex cerebral, que activam uma resposta baseada na luta ou fuga (fight or flight no orginal), centrada na sobrevivência. Esta teoria baseia-se num comportamento registado em seres humanos e animais que perante situações de emergência se preparam para resistir e enfrentar as últimas consequências.  Nas mulheres, o stress activa o sistema límbico, responsável pelas respostas emocionais, chamado de busca de apoio (tend and befriend), em que se procura por conforto, amizade e apaziguamento por parte de outras pessoas ou num contexto de grupo. Investigadores de uma Universidade na Pensilvânia monitorizaram, através de um processo de alta tecnologia, como o cérebro humano se comporta sobre stress. O estudo de v