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A mostrar mensagens de maio, 2012

Pitbull recusa-se a abandonar cadela morta

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Uma foto de um cão Pitbull a velar uma cadela morta numa estrada de Phoenix (EUA) correu pelas redes sociais e comoveu o mundo. A cadela, também da raça Pibtull foi atropelada no dia 19 de Maio e o cão manteve-se do seu lado 14 horas seguidas, até a equipa de controlo animal ter vindo recolher o cadáver na manhã do dia 20. Ao ver que o cão não arredava pé da malograda cadela, um comerciante deixou água e comida para o animal. De acordo com testemunhas oculares, o Pitbull deitou-se ao lado dela, tocando-lhe várias vezes com o focinho. Ambos os animais não tinham identificação quando foram encontrados pela equipe de controlo animal. O Pitbull em luto foi levado para um abrigo na zona de East Valley e é descrito como estando “muito triste e um pouco isolado”. Se o comportamento persistir, a equipa de controlo animal está a ponderar colocá-lo num centro de reabilitação, que o ajude a lidar com o sofrimento. Milhares sensibilizadas com o acto deste animal já se manifestaram contra

Schadenfreude

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Schadenfreude (palavra derivada dos termos alemães para dano e alegria) significa sentir contentamento pelo sofrimento e problemas das outras pessoas. Para o filósofo Arthur Schopenhauer, schandenfreude era um prazer terrível e uma obra do diabo. No cristianismo, este é denunciado como um pecado de grandes dimensões. Friedrich Nietzsche defendia que era um sentimento perigoso, que dava uma sensação de vitória imaginária, de satisfação sem esforço, possivelmente radicado num complexo de inferioridade ou de que o sucesso e/ou felicidade da pessoa em questão eram, de alguma forma, imerecidos. O sentimento de schadenfreude parece aumentar quanto maior  for a beleza, riqueza ou promissora a carreira daquele que agora encontrou um revés ou atravessa uma espiral decadente. Ao percebemos que mesmo quem aparenta ter uma vida perfeita (bens materiais, um relacionamento feliz, um corpo invejável, etc) têm falhas e momentos trágicos como qualquer ser humano, regozijamo-nos e criticamos o q

Veruschka sublime

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    Vera von Lehndorff-Steinort, conhecida mundialmente como Veruschka, foi uma das modelos mais importantes dos anos 60 e 70. Nasceu na Prússia Oriental (actualmente Caliningrado, Rússia), a 14 de Maio de 1939. Vinda de uma família abastado,  perde o pai com apenas cinco anos de idade, fuzilado após participar num atentado falhado contra a vida de Hitler. A futura modelo é permanece num campo de trabalhos forçados até ao final da II Guerra Mundial tem uma vida nómada nos anos seguintes, ingressando em 13 escolas diferentes. Estudou Artes e Design em Tecidos em Florença até chamar a atenção de Ugo Mulas, um fotográfo da agência Ford. É contratada de imediato e inicia-se como manequim aos 20 anos de idade. Com 1,90 de altura, muito esguia, cabelos louros, olhos azuis escuros e um visual exótico e forte, Veruschka é lançada para o estrelato da moda mundial. Desfilou para os principais estilistas e estampou todas as capas de revistas mais célebres do mun

O véu das aparências

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Vivemos numa sociedade verdadeiramente obcecada pela tecnologia, pelas aparências e por uma informação de quantidade monumental, hora a hora, minuto a minuto. Nunca houve tanto conhecimento disponível e isso não faz de nós pessoas mais esclarecidas, pelo contrário, torna-nos seres mais confusos, impacientes, toldadas por tantos acontecimentos distintos.  Talvez isso explique a necessidade cada vez mais crescente de auto-documentação  como se na tentativa de eternizar momentos fugazes nos insurgir contra o esquecimento e a voracidade do tempo, que tudo devora no triturador do tempo. Procuramos mostrar-nos num estado de perfeita felicidade, nas actividades mais divertidas, rodeados de amigos e companheiros, como se tivéssemos de provar aos outros que é a nossa vida é boa e válida. No campo da educação, as falhas são gritantes, agravadas por oportunidades de carreira cada vez mais diminutas e menos aliciantes.  Na maioria dos casos, o sistema de ensino não forma pessoas para ter

Partes de nós

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Ninguém quer sentir a solidão, vazio, incompreensão ou rejeição. Todos gostam de se sentir valorizados e que pertencem a uma entidade coesa que lhes dá sentido, seja uma família feliz, um grupo de amigos ou uma pessoa especial. A cada uma das pessoas que realmente importam na nossa vida damos uma parte de nós frágil e irrepetível que se pode ficar danificada a qualquer momento. Uma palavra mais dura, um olhar reprovador, um momento em que esperávamos algo que não feito e nos deixou a remoer para o tecto todo o nosso desconsolo. Apesar de na teoria ser bonito ninguém quer sentir que dá muito mais daquilo que recebe, todos vivemos consoante um desígnio que vislumbramos inerente aos nossos esforços quer seja trabalhar, estudar ou passar umas horas com outro ser humano. Há dias em que acordar, levantar da cama e executar a meia dúzia de tarefas de preparação para um novo dia tem um sabor amargo. De dúvida e de anseios indescritíveis a raiar o metafísico. Magoar é mais fácil do que

"Viver da música é como jogar na lotaria"

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Ken Hertz, um importante advogado da indústria musical (com clientes como Britney Spears e Enrique Iglesias) declarou num debate em Los Angeles, fez um prognóstico pessimista para todos aspirantes a músicos “Eu acho que a realidade é a seguinte: 99,9% de todos os jovens do mundo que querem ter uma carreira na indústria fonográfica não a terão”. O mesmo adiantou que traçar um percurso de sucesso no mundo da música que permita ao artista viver desta área é “como jogar a lotaria. E a razão pela qual as pessoas jogam na lotaria é porque é mais fácil entender o prémio do que as probabilidades contra elas.” Segundo o advogado a maioria dos potenciais músicos nunca terá sequer a oportunidade de conhecer um executivo da indústria musical que lhes possa abrir as portas deste mundo. Numa nota mais encorajadora, Hertz afirmou que acreditar em si próprio é um factor fundamental para preservar  na complicado panorama musical possuir uma “auto-confiança inabalável.” Para ter êxito no mercado d

"Instruções, pele & TLC"

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"A pele que habito" (2011): No último filme de Pedro Almodóvar, as prisões quase claustrofóbicas da alma são metaforizadas por uma meticulosa reconstrução do corpo perfeito. Esta história rocambolesca, quase gótica, leva-nos através da espiral de obsessão e loucura do cirurgião plástico, Robert Ledgard, que através da criação de uma pele imaculada e indestrutível visa recuperar um passado que lhe fugiu para sempre. Uma trama de terror psicológico, com grandes interpretações e uma narrativa inesquecível, como é expectável de Almoldóvar, que traça um paralelo com as preocupações estéticas, os medos mais profundos e os labirintos da mente. "Instruções para salvar o mundo" (2008) de Rosa Montero: Uma obra passada sobretudo nas noites de Madrid, cidade agitada onde três solitários se defrontam com o peso das suas vidas. Temos Matías um taxista recentemente viúvo debatendo-se com a dor de perder a única mulher que amou; Daniel, um médico desiludido com a profis