Angèle
Angèle é uma cantora, compositora e produtora belga, nascida a 3 de dezembro de 1995 em Uccle, Bruxelas. Este documentário da Netflix, mostra-nos como é a jovem artista a partir de diários que ela mantinha desde muito nova e onde exprimia as suas emoções e visões sobre o mundo, bem como poemas que iriam dar origem às suas canções.
Angèle sabe desde criança que não queria ser só uma cara bonita ou ser conhecida por ser filha de um cantor, Marka e de uma atriz, Laurence Bibot. Tem um irmão mais velho, Rómeo Elvis, que mais tarde se torna rapper.
Inicialmente, Angèle não quer entrar no mundo artístico mas começa a ter aulas de piano, a escrever melodias e é fascinada pelo jazz. Após instalar a rede social instagram, Angèle começa a postar vídeos musicais que mostram igualmente o seu sentido de humor e acumula muitos seguidores. Ao lançar o vídeo de "La loi de Murphy" na plataforma Youtube torna-se um caso de sucesso.
É fácil ver que Angèle tem muito a dizer: sobre objetificação e assédio sexual, sobre feminismo e sobre a sua bisexualidade. De um concerto inicial em que foi vaiada pelo público a uma entrevista para a Playboy que insinuava nudez quando não era o caso e até um caso polémico de toque não consentido que envolvia o seu irmão, Angèle superou tudo. Encheu palcos, passou a sua mensagem e com dois discos "Brol" (2018) e "Nonante-cinq" (2022) tornou-se uma das artistas francófonas mais ouvidas no mundo.
Foi um documentário que particularmente gostei muito. Mantenho cadernos e diários há muito tempo e ver o processo criativo de Angèle foi inspirador. Para além disso, perceber que ela pode ter dúvidas e sentir dor, mas nunca desiste deu-me força e coragem para fazer o mesmo também na minha vida.
Comentários
Enviar um comentário