Hemetério José dos Santos


 

Hemetério José dos Santos nasceu em Codó, Maranhão, filho do fazendeiro Major Frederico dos Santos Marques Baptisei e da escrava Maria. A data de nascimento nos registos oficiais corresponde à do seu batizado quando Hemetério já tinha cinco anos de idade, 3 de Março de 1858.
Fez os seus estudos no Collégio da Imaculada Conceição, em São Luis.
No começo da década de 1870, Hemetério mudou-se para o Rio de Janeiro e torna-se professor de francês no Colégio Pedro II, na Escola Normal do Distrito Federal e no Colégio Militar do Rio de Janeiro (recebendo a patente de major do exército e tenente-coronel honorário).
A excelência ditou o seu percurso e ganhou relevo o seu Compêndio de Gramática. Foi educador de uma instituição que exercia a função de coordenar e controlar as atividades pedagógicas do Brasil, o Pedagogium. Procurava ensinar a cultura dos povos africanos e formar cidadãos capazes de pensar o Brasil de forma democrática.
Hemetério José dos Santos distinguiu-se por ser o primeiro professor negro da Escola Normal do Distrito Federal.
Faleceu em 1939, em Rio de Janeiro, com 81 anos de idade. Deixou um legado no combate ao racismo e na defesa da educação na altura em que viveu. Segundo colegas, Hémérito era um docente de destaque, que se relacionava com a elite brasileira e aparecia nos jornais, com ideias e iniciativas progressistas. De entre delas constava uma Escola Normal Livre. Hemitério defendia que a educação devia também chegar aos pobres, dando também aulas à noite.
A erudição de Hemitério José dos Santos era incontestável. Foi fundador da Academia Brasileira de Filologia, ocupando a cadeira número 25, tornando-se dela patrono.

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