"Pacto brutal: O assassinato de Daniella Perez"

 



A série "Pacto brutal: O assassinato de Daniella Perez" é constítuida por cinco episódios de 50 minutos de duração cada e conta-nos a história de um crime horrendo que chocou o Brasil e certamente todos os que tiveram contacto com esta história. Este produto televisivo foi criado e realizado por Tatiana Issa, com roteiro e direção de Guto Barra. 
No início dos anos 90, Daniella Perez era uma estrela em ascensão. Nascida a 11 de Agosto de 1970, cedo se destacou na dança e fez o seu caminho nas novelas com participações em "Kananga do Japão", "Barriga do aluger" e "O Dono do mundo". Em 1990 casa-se com o também ator Raul Gazolla.
Filha da guionista de novelas Gloria Perez, em 1992 é contratada para um projeto da mãe "De corpo e alma" para viver Yasmim, um jovem alegre e carismática.
Na novela, Daniella contracenava com Guilherme de Pádua, que juntamente com a mulher, Paula Nogueira Thomaz, a intercetaram depois de um dia de gravação e a assassinaram.
As imagens do crime, que ocorreu a 28 de Dezembro de 1992, são impressionantes de tão bárbaras, sendo que Daniella foi encontrada num matagal na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), com o corpo perfurado por dezoito golpes de punhal. De sublinhar que Daniella tinha apenas 22 anos de idade.
Esta série conta com depoimentos de pessoas próximas a Daniella ou que a admiravam como Cláudia Raia, Fábio Assunção, Alexandre Frota ou Wolf Maya.
Gloria Perez, a mãe da Daniella, participou muito ativamente neste projeto e vemo-la a lutar para fazer justiça, tanto na altura de condenar os culpados como para preservar  memória da filha. Toca-nos quando ela diz ser de uma grande violência ver capas de revistas que colocam Daniella e o assassino juntos (quando eram personagens da sua novela), como se estivessem a insinuar uma relação extra-conjugal dos dois na vida real. Gloria nunca desistiu de procurar respostas e fez uma investigação privada para apurar as circunstâncias do crime que lhe roubou Daniella. É incalculável a dor de uma mãe que perde a filha desta forma e ver a sua força e lucidez ao longo do processo é admirável. Foi também por iniciativa de Gloria que foi aprovada no Brasil a Lei dos Crimes Hediondos, que obteve mais de um milhão de assinaturas.
Recordar Daniella é saber que para além de bailarina e atriz, ela era filha, neta, esposa e amiga e com a sua perda, arrancada da vida como foi, ficámos todos mais pobres.


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