Master class "Lidando com os medos" com Flávia Melissa

Enfrentar os nossos medos raramente é uma tarefa fácil, sendo que nos mecanismos de defesa do psiquismo há diversos tipos de medos, consoante a sua intensidade, que nos fazem reagir com pavor, muita ansiedade ou pânico.
No que tem de mais básico, ter medo é sadio, é uma constatação bioquímica do perigo que dá sinal para ficarmos em alerta. Cérebro e corpo funcionam em conjunto para nos permitir, numa situação em que a nossa sobrevivência está em perigo, lutar pela própria vida. Nesse sentido, dá-se uma oxigenação dos músculos longos do corpo, que nos prepara por exemplo para partirmos em corrida.
A nível de Psicologia Evolutiva, estas características que fazem parte da resposta Luta ou Fuga são úteis, o que explica porque não desapareceram com o tempo. Conforme nos tornamos um ser simbólico, a sensação de medo foi sendo activada também por crenças e lendas. Diz-se que nenhuma emoção dá mais prazer que o medo de forma controlada, explicando o sucesso dos filmes de terror e suspense.
A nível físico, psíquico, energético e espiritual precisamos de distinguir o que é medo saudável de medo patológico, aquele que é negativo para nós e que atrapalha significativamente a nossa vida. Hoje em dia o conceito de saúde é muito lato e não é apenas a ausência de doença, engloba o bem-estar no seu todo.
Para que possamos lidar com os medos da melhor forma precisamos de ir para além da inconsciência, irracionalidade e compulsão que o próprio medo pode trazer e colocar questões criativas: Afinal temos medo de quê? 
É necessário identificar qual o medo que se esconde por detrás de comportamentos disfuncionais, evitativos, de dor, da nossa criança ferida, se queremos obter uma sensação de libertação emocional. 
Sabemos que a nossa mente projecta pensamentos através de imagens e que há uma indivisibilidade do corpo e mente, um entendimento holistico destas componentes que são uma só. Para atingir o tão sonhado alívio emocional há dois factores essenciais: assumir responsabilidade e tomar consciência da própria respiração.
É vital sermos responsáveis, honestos, humildes, resilientes e aceitar que podemos não conseguir levar a cabo este processo sozinhos e precisar de ajuda. 
Examine qual a sensação de desconforto e mal-estar, não tente fugir da sensação, auto-examine-se, busque por significado porque se sentir as coisas de forma diferente consegue fazer as coisas de forma diferente. 
Se tudo correr bem, vai sentir o coração bater mais pleno à medida que o seu centro verdadeiro enfrenta o seu medo. Ao respirar profundamente, inspirando e expirando, iniciamos e fechamos ciclos.
O que nos define é a capacidade de lidar com os problemas e não de os passarmos para à frente, a capacidade de cuidarmos verdadeiramente de nós, as decisões que tomamos de forma consciente, que acabam por nortear as nossas vidas.
Confrontar o medo ou fugir: não existe certo ou errado nesta reacção, há frequências diferentes mas se queremos colher resultados diferentes, precisamos de plantar sementes diferentes.
Quando as experiências dolorosas ou que nos causam medo nos fazem ligar o piloto automático, é importante mudar a vibração, não cercear o assunto e ousar experimentar alternativas que permitam analisar por além das camadas superficiais e perceber mais profundamente quem somos. 
Estes foram os principais ensinamentos da Master class "Lidando com os medos" com a psicóloga brasileira Flávia Melissa, conteúdo exclusivo da sua newsletter mensal e dos assinantes do Portal Despertar, que ela descreve como "O netflix da espiritualidade". Pode obter mais informações sobre o seu trabalho em: https://flaviamelissa.com.br/
Ter medo é humano, compreensível e comum, enfrentá-lo exige força, determinação e coragem.

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