Mother!, The Lion King: The Gift & Mulherzinhas
Filme: "Mother!" (2017)_ Esta película de terror psicológico e suspense, é mais um produto do cinema de autor e de culto realizado por Darren Aronofsky (Requiem for a dream, The fountain, Wrester, Black Swan) Protagonizada por Jennifer Lawrence e Javier Bardem, conta ainda com as actuações de Michelle Pfeiffer e Ed Harris e tem 212 minutos de duração. Foi seleccionada para competir ao Leão de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Veneza.
Acredito que quanto menos soubermos sobre o filme, melhor esta experiência visual se revela. Sumariamente, acompanhamos a história de um escritor com um bloqueio criativo e a sua mulher, que se dedica a renovar o casarão onde moram, até que recebem visitas inesperadas que vão mudar o curso da sua vida.
"Mother!" causou controvérsia pelas alegorias bíblicas e a representação de violência, mas acima de tudo, é um filme visceral, de profunda complexidade, que não segue qualquer fórmula e se abre a inúmeras interpretações desde o significado da casa, das personagens e dos elementos apresentados.
Descrito como perturbador, surrealista e melodramático "Mother!" é mais uma obra-prima de Darren Aronofsky, que corre riscos e nos mostra que por detrás de todos os efeitos e cenários, se encontra uma mensagem importante que vale a pena descodificar.
Música: Beyoncé "The Lion King: The Gift" (2019) _ Beyoncé deu a voz à personagem Nala no remake foto realista animado do filme "O Rei Leão", lançado a 19 de Julho de 2019, com a realização de John Favreau.
Produzido e com curadoria de Beyoncé, "The Lion King: The Gift", é um triunfo musical do início ao fim e é descrito pela própria artista como cinema sonoro. Para o projecto (lançado simultaneamente com o filme pela Parkwood da artista com exclusiva licença para a Columbia) Beyoncé recrutou músicos africanos, de forma a garantir que o disco tinha coração e autenticidade.
As participações no trabalho são várias desde o marido da cantora, Jay Z, passando por Childish Gambino, Kendrick Lamar, Pharrell Williams, Tierra Whack, 070 Shake e Jessie Reyez. Conta ainda com artistas africanos como Shatta Wale, Wizkid, Burna Boy, Yemi Alade. Tiwa Savage, Mr Eazi e Busiwa, entre outros. A própria filha de Beyoncé, Blue Ivy Carter, também participa no registo musical.
O álbum cria uma sensação única de força interior, de imersão não só nas sonoridades de África mas dentro de nós mesmos.
Influenciado por r&b, pop, hip hop, afrobeat, representa uma nova forma de contar histórias e de complementar um belíssimo imaginário.
Todo o disco é lindo e inspirador mas destaco as músicas "Spirit", "Bigger", "Mood4eva", "Water" e Brown skin girl".
Livro: "Mulherzinhas" de Louisa May Alcott _ Com o primeiro volume a sair em 1868 e o segundo em 1869 que depois se reuniram num único, "Mulherzinhas" foi um grande sucesso de vendas desde a sua publicação.
Escrito a pedido do editor de Louisa, a autora deu à obra um carácter marcadamente autobiográfico, inspirando-se nela e nas suas irmãs. O livro fala-nos de quatro irmãs a crescer durante a Guerra Civil Americana: Meg, Jo, Beth e Amy.
As irmãs apresentam personalidades vincadas: Meg é obediente e conservadora, Jo (inspirada na própria autora) é muito franca e maria rapaz, escrevendo no sotão da casa, Beth é muito bondosa e dócil e Amy é vaidosa e obstinada. Outras personagens incluem ainda a mãe das meninas, a tia avó March, o amigo de infância Laurie e o professor Bhaer.
"Mulherzinhas" acompanha o amadurecimento das irmãs e passagem à idade adulta, abordando temas como a vida doméstica, o trabalho, a identidade individual, o amor verdadeiro, o casamento e a maternidade.
Ler "Mulherzinhas" é embarcar numa jornada familiar e história, que é não só o retrato das preocupações e vicissitudes de uma época, mas de todos os tempos. Pecado e expiação, o patriotismo, a realização da mulher, o valor da virtude em contraste com a pura acumulação material, as emoções e pensamentos de quatro seres humanos em construção: são estes os motes de "Mulherzinhas".
Sentimos que é um privilégio inesquecível conhecer esta narrativa e estas personagens e para quem gosta de escrever (como é o meu caso) vai certamente identificar-se com a necessidade de expressão criativa de Jo e as suas lutas e dilemas enquanto escritora.
O livro foi adaptado várias vezes desde os filmes mudos, tendo também uma ópera e musical da Broadway. Um dos filmes mais emblemáticos foi o de 1994 com Winona Ryder no papel de Jo, sendo que vai estrear em 25 de Dezembro de 2019 outra adaptação cinematográfica, realizada por Greta Gerwig, com Saiorse Ronan e Emma Watson.
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