Beyoncé na revista Vogue edição de Setembro Parte I



Numa altura em que a maior parte de nós ainda goza as férias de Verão, as grandes revistas de moda já desvendam aquela que é a sua edição mais importante: a de Setembro.
Beyoncé, uma das estrelas mais cintilantes do planeta, aparece na capa da Vogue norte-americana, contando a sua história, nos seus próprios termos, tendo-lhe sido dado controlo criativo sem precedentes na publicação. 
Beyoncé contratou o fotógrafo negro de 23 anos Tyler Mitchell e fala abertamente sobre a sua vida, o seu corpo e a sua herança.
Sobre as suas gravidezes e aceitação corporal, Beyoncé, mãe de Blue Ivy de 6 anos e dos gémeos Rumi e Sir de 1 ano, revela "Depois do nascimento da minha primeira criança, eu acreditava nas coisas que a sociedade dizia acerca de como o meu corpo devia parecer". Para assegurar que perdia todo o peso ganho na gestação em três meses agendou uma série de espectáculos em Atlantic City, chamados de "Revel" e foi bem-sucedida na tarefa a que se propôs. Ainda estava a amamentar quando voltou aos palcos e decidiu mudar completamente de abordagem quando ficou grávida dos gémeos.
No dia em que deu à luz Rumi e Sir Beyoncé pesava quase 100 quilos, estava inchada por ter desenvolvido pré-eclampsia e tinha estado de repouso durante um mês. Com a saúde dos bebés e a própria em perigo, Beyoncé foi submetida a uma cesariana de emergência. "O meu marido foi um soldado e um sistema de apoio tão forte para mim. Estou orgulhosa de ter testemunhado a sua força e evolução como homem, melhor amigo e pai. Estava em modo de sobrevivência e só me apercebi meses depois. Depois da cesariana, sentia o meu corpo diferente. Foi uma cirurgia grande. Alguns dos teus órgãos são trocados temporariamente e em casos raros, removidos temporariamente durante o parto. Não tenho a certeza que toda a gente perceba isso. Precisava de tempo para curar, para recuperar. Durante a minha recuperação, dei a mim mesma amor e cuidado e abracei ser mais curvilínea. Aceitei o que o meu corpo queria ser" afirma.
Após seis meses, começou a preparar-se para o festival de música Coachella, tornou-se temporariamente vegan e cortou o álcool, o álcool e sumos de fruta. Desta vez, no entanto, teve mais paciência consigo mesma e apreciou mais as novas curvas "Acho que é importante para homens e mulheres verem e apreciarem a beleza nos seus corpos naturais. Por isso é que eu tirei as perucas e extensões de cabelo e usei pouca maquilhagem para esta sessão". A artista diz que acha reais os braços, ombros, peitos e coxas mais cheios e não tem pressa para perder mais peso de momento.
Na secção seguinte do artigo intitulada "Abrindo portas", Beyoncé clama por um mosaico de perspectivas de diferentes etnias atrás de lentes para que não acha uma abordagem e visão limitada do que o mundo realmente é. Há 21 anos foi-lhe dito que seria difícil figurar nas capas de revista porque pessoas negras não vendiam. Beyoncé reconhece que as barreiras de entrada culturais e sociais continuam a existir, mas que as vozes de todos importam e que é preciso a contribuição de todos para a compreensão de experiências alargadas. "A beleza das redes sociais é que são completamente democráticas. Toda a gente tem uma palavra a dizer. A voz de toda a gente conta e toda a gente tem uma oportunidade de pintar o mundo da sua própria perspectiva." Como inspirações, Beyoncé cita Josephine Baker, Nina Simone, Eartha Kitt, Aretha Frankin, Tina Turner, Diana Ross, Whitney Houston e diz que a lista não fica por aí.
Falando sobre os seus ancestrais Beyoncé faz revelações surpreendentes "Venho de uma linhagem de relações homem-mulher destruídas, abuso de poder e desconfiança. Só quando vi isso claramente é que fui capaz de resolver os conflitos na minha própria relação. Ligar-nos ao passado e conhecer a nossa história torna-nos feridos e belos ao mesmo tempo". A cantora alega descender de um proprietário de escravos que se apaixonou por uma escrava e que precisou de tempo para processar essa informação. "Acredito agora que foi por isso que Deus me abençoou com gémeos. Energia masculina e feminina foram capazes de coexistir e crescer no meu sangue pela primeira vez. Rezo para ser capaz de quebrar as maldições de gerações na minha família e que os meus filhos tenham vidas menos complicadas". 
Acerca da sua jornada Beyoncé é peremptória "Há muitos tons em todas as jornadas. Nada é preto ou branco. Fui ao inferno e voltei e estou grata por cada cicatriz". Assume que foi traída e lhe partiram o coração, desiludindo-a tanto em relações profissionais como pessoais e fazendo-a sentir "negligenciada, perdida e vulnerável". Ao longo de todo este processo refere ter aprendido a rir, chorar e crescer "Olho para a mulher que era nos meus vinte e vejo uma jovem mulher a crescer em confiança mas tentando agradar todos à sua volta. Eu sinto-me agora muito mais bonita, sexy e interessante. E muito mais poderosa" considera.




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