A caridade de Diana
Por Giuseppe Antonio Lomuscio - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=56454983
A princesa Diana de Gales foi uma das figuras mais mediáticas que existiram, segundo muitos a mulher mais fotografada do planeta enquanto era viva. A sua vida pessoal fez correr rios de tinta, bem como os métodos altamente invasivos com que os fotógrafos de celebridades, os paparazzi, a perseguiam diariamente.
Tinha dez anos quando Diana morreu num acidente de viação violentíssimo no Túnel Ponte de l'Alma em Paris, em 31 de Agosto de 1997. Lembro-me como se fosse hoje de acordar para essa trágica notícia, da extensa cobertura noticiosa e dos especiais televisivos dedicados à princesa, que assistia nos serões. É difícil acreditar que já se passaram vinte anos desde que Diana Frances Spencer nos deixou aos 36 anos de idade. A sua influência na moda e as suas polémicas diversas continuam a alimentar a Imprensa internacional.
Diana, que era apelidada de princesa de povo e que dizia querer ser rainha no coração das pessoas, era conhecida pelo espírito altruísta com que se dedicou a causas sociais, inspirando e abrindo caminho a uma nova geração de filántropos.
O impacto do trabalho caritativo de Diana é impressionante. Caracterizada com uma pessoa muito empática e compassiva, Diana visitou doentes em hospitais e outras unidades de tratamento, desafiando medos e preconceitos e suscitando a generosidade e o debate.
Ela foi das primeiras pessoas públicas a tocar e abraçar pessoas seropositivas e a tentar remover os estigma em relação à doença, ao mesmo que fazia incidir a atenção sobre este flagelo e mobilizava recursos.
Imagem retirada de: http://www.biographyonline.net/people/diana/charity_work.html |
Para além da ajuda no combate à sida, Diana chamou a atenção internacional para o problema das minas anti-pessoais, apoiando campanhas que pediam aos governos mundiais que banissem os explosivos de guerra. A princesa deu um toque humano a esta situação, sendo o porta-voz das pessoas cujas vidas foram afectadas pelas minas terrestres, papel que desempenhou de forma exímia. A princesa trabalhou com o Halo Trust, conheceu a realidade das minas anti-pessoais no terreno na Angola e na Bósnia. Diana visitou ainda um centro de próteses da Cruz Vermelha onde falou com pessoas que tinham perdido membros por causa das minas e lhes transmitiu esperança e motivação.
Imagem retirada de: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2542178/Donors-Princess-Diana-landmine-charity-paying-private-education-chief-executives-children.html |
Outra das caridades apoiada pela princesa Diana chama-se Centrepoint e procura tirar jovens sem abrigo das ruas e arranjar-lhes alojamento. Diana apoiava igualmente uma organização destinada a tratar e erradicar a lepra, The Leprosy Mission (TLM) bem como a Dr. Barnardo's home. Esta organização destina-se a ajudar numa panóplia variada de questões: famílias toxicodependentes, incapacidade física, criminalidade juvenil, saúde mental, abuso sexual e violência doméstica. Segundo o site da barnados.com, providenciam apoio emocional e prático assim como aconselhamento às crianças e jovens do Reino Unido em situação mais vulnerável.
Diana prestou ainda auxílio a famílias de prisioneiros e a pessoas nos cuidados paliativos para que pudessem morrer com dignidade e o mínimo de sofrimento possível.
Devida a imensa visibilidade da princesa de Gales, as causas por ela abraçadas adquiriram também consequentemente um novo patamar de atenção, o primeiro passo para que começassem a ser ponderadas mais extensamente.
"A pior notícia do nosso tempo é que demasiadas pessoas sofrem por nunca terem sido amadas", disse Diana. A caridade com que agraciou o mundo é o seu maior legado.
Imagem retirada de: http://www.worldrelief-fund.com/81/charity-work-princess-diana.html |
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