O rapaz de Aleppo
Os horrores da guerra na Síria são por demais visíveis. O conflito já vitimou mais de 250 mil pessoas desde 2011 e forçou onze milhões de pessoas a deixar as suas casas e quase cinco milhões a abandonar o país. A guerra que estalou opondo as forças do presidente Assad contra os rebeldes, assume agora dimensões generalizadas. O Estado Islâmico ocupa parte da território sírio.
Aleppo é uma cidade no nordeste da Síria e era um centro comercial e industrializado até se tornar uma das zonas mais atingidas pelas violentíssimas disputas entre as forças do governo e os rebeldes.
Uma imagem de um rapazinho em Aleppo foi divulgada em Agosto e tornou-se um símbolo da drama que se vive no país. O nome da criança é Omran Daqneesh e apresenta-se ensanguentado e coberto de pó, sentado silenciosamente numa ambulância à espera de ser ajudado. Uma das testemunhas diz que ele tem a idade da guerra síria, 5 anos mas é possível ser um pouco mais novo.
Aleppo é uma cidade no nordeste da Síria e era um centro comercial e industrializado até se tornar uma das zonas mais atingidas pelas violentíssimas disputas entre as forças do governo e os rebeldes.
Uma imagem de um rapazinho em Aleppo foi divulgada em Agosto e tornou-se um símbolo da drama que se vive no país. O nome da criança é Omran Daqneesh e apresenta-se ensanguentado e coberto de pó, sentado silenciosamente numa ambulância à espera de ser ajudado. Uma das testemunhas diz que ele tem a idade da guerra síria, 5 anos mas é possível ser um pouco mais novo.
Foi tirado dos destroços da sua casa, destruída num ataque aéreo. Vivia com a sua mãe, pai, irmão e irmã em Aleppo. Felizmente todos os da sua família imediata sobreviveram. Os activistas culpam o regime da Síria e a Rússia pelos bombardeamentos.
O video de Omran é de partir o coração e foi postado pelo Aleppo Media Center, circulando de forma viral nas redes sociais. A criança não chora em momento nenhum do vídeo e foi descrita como estando em extremo choque. Ele levanta a mão esquerda para o olho e apalpa a área à volta da sua têmpora como se tivesse sido atingido lá. Depois, limpa a cara e olha para baixo, para o sangue. Omran teve muita sorte, foi dos primeiros a ser tirado dos destroços. Perdeu a casa mas tal como a família, os pais e três irmãos, sobreviveu. Após ter sido tratado aos ferimentos na cabeça recebeu alta e encontra-se bem.
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras e a de Omran levou à partilha sobre as opções que restam aos sírios: ficar e arriscar ser atingido por um tiroteio ou abandonar o país e arriscar morrer nas águas europeias. A situação é muito triste e a paz não parece provável a curto prazo mas não podemos perder a esperança que um dia o futuro possa voltar a sorrir ao povo da Síria.
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