O lado positivo do revés
As coisas nem sempre corre como planeamos, é um facto. Certos acontecimentos podem fazer-nos desmoronar e questionar o sentido de uma existência que é um somatório de flashes, de momentos fugazes que nunca perduram. Imprevisível, transitória, feita de alegria e dor nem sempre em igual medida, assim é feita a nossa vida.
O que fazer quando as peças estão desconjuntadas e nos sentimos a desequilibrar, como se houvesse um lodo pantanoso debaixo dos nossos pés? Conseguir ver nos factos aparentemente negativos é algo que não nascemos ensinados a fazer, é uma competência que se treina. Mas, sem dúvida que é tão essencial como ter uma vida saudável, como saber ter uma boa alimentação e higiene de sono.
Há dias em que a nossa disposição parece tão profundamente engrenada que não duvidamos que é tudo uma questão de químicos segregados pelo nosso cérebro, de biologia pura e simples. No entanto, noutras fases sentimos que temos poder, que uma portinha se abriu e podemos até escolher os nossos pensamentos e como encaramos os revezes que nos sucedem. E saber edificar pensamentos fortes e estruturantes é muito importante, é aprender a construir e a recuperar o chão degradado que se tinha debaixo dos pés. Afinal, todos precisamos de nos sentir enraizados, acompanhados, pertencentes a algo maior que nós.
Vivemos numa cultura individualista que por vezes prima pela alienação social. A solução para qualquer problema não é ficar a remoê-lo constantemente, é atacar as suas causas e pensar que coisas más acontecem para que outras melhores possam surgir, ou seja, trabalhar a nossa determinação para que da próxima vez as estrelas se alinhem e corre tudo certo. Mais que certo, que seja como uma melodia que ressoa dentro de nós, nutrindo cada célula do nosso corpo e da nossa alma.
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