A tale of love and darkness, Anais Nin, Zayn

Filme: Lançado em 2015, realizado e estrelado por Natalie Portman (que também escreveu o roteiro), "A tale of love and darkness" é baseado no livro homónimo auto-biográfico do autor israelita Amos Oz e passa-se em Jerusalém durante os últimos anos do Mandato Britânico na Palestina e posterior criação do estado independente de Israel. Mais do que um filme com tonalidades políticas sobre o despontar de um país, esta obra cinematográfica é um relato emocionante e pessoal sobre o crescimento de um rapaz, a sua vida familiar e mais especificamente o seu relacionamento complexo com a mãe, a misteriosa Fania. Com uma brilhante realização e interpretações, a "Tale of love and darkness" é falado em hebraico e constitui na radiografia de uma infância debaixo de um conflito delicadíssimo. O poder da linguagem está também em primeiro plano nesta película, com as cores emblemáticas a envolverem o espectador numa história que provoca entendimento, compaixão e curiosidade até ao seu final. 


Livro: "The Diary of Anais Nin Volume One (1931-1934)"_ Tão enaltecida quanto menosprezada, a escritora Anais Nin ficou famosa com os seus diários que começou a escrever quando tinha 11 anos e manteve até quase à sua morte, num período de mais de 60 anos. Também escreveu romances, estudos críticos, ensaios, contos e obras eróticas, algumas delas publicadas a título póstumo como "Delta of Venus" e "Little Birds". Neste volume, que foi publicado pela primeira vez em 1966 Anais Nin está a viver em Louveciennes, nos arredores de Paris, com o seu marido, o bancário Hugh Parker Guiler. A maior parte do diário centra-se na relação entre Anais e o escritor Henry Miller e a sua esposa June, no reaparecimento do seu pai na sua filha e nas sessões de psicanálise com Rene Allendy e posteriormente, Otto Rank. No final do diário Henry Miller publica "Tropic of cancer" e Anais completa "House of incest" (publicado em 1936) e "Winter of Artifice" (lançado em 1939). O diário contém observações introspectivas de Anais Nin sobre si mesma e a sua condição feminina bem como a natureza do escritor e da criação da arte. É um documento fascinante, complexo, que permite olhar bem de perto uma das personalidades literárias mais marcantes do século XX.


Musica: Zayn "Mind of mine" (2016)_ Primeiro álbum a solo do ex-integrante do bem-sucedido grupo britânico One Direction, "Mind of mine" afirma Zayn como um dos mais promissores e interessantes talentos britânicos da actualidade. Neste primeiro registo musical o cantor e compositor de Bradford fala de temas como amor, felicidade e desejo, com o foco em sensações e experiências que fazem parte do universo sempre tão inspirador e rico que são as relações humanas. Zayn canta sob batidas predominantemente r&b e r&b alternativo mas também abrange estilos variados como pop, folk, dub, soul, electrónico, funk, hip hop, reggae, música clássica (a canção "Blue" por exemplo usa um sample de "Prelude in C major" de Johann Sebastian Bach e soft rock. Uma das originalidades do disco é incluir ainda Qawwali, uma forma de música sufi devocional popular no Sul da Asia como nas regiões Punjab e Sind do Paquistão (o pai de Zayn tem ascendência paquistanesa). Esta tradição musical tem mais de 700 anos e pode ser apreciada em todo o seu esplendor em "Intermission: Flower", cantada inteiramente no idioma urdu. Destaque ainda para os temas "Pillowtalk", "Befour", "Drunk", "Rear view", "Bright" e "Like I would".

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