Tempo de concentração é muito curto na era digital

A revolução nas tecnologias torna cada vez mais difícil captar a atenção dos seres humanos durante longos períodos de tempo. Em apenas treze anos, o nível médio de atenção desceu de 12 segundos para 8 em apenas dez anos, sendo até menor que o de um peixinho dourado (que tem 9 segundos de tempo de concentração). Não alheia a esta queda está a invenção dos smartphones e tablets que nos deixam conectados permanentemente ao mundo virtual e estão a alterar a maneira como pensamos, tomamos decisões e memorizamos informações. Os efeitos sobre o nosso cérebro da nossa realidade móvel parecem estar à vista.
Estas são as conclusões de uma investigação realizada pela Microsoft no Canadá que registou a actividade cerebral de duas mil pessoas através de electroencefalogramas. Estamos a ter uma diminuição no tempo de concentração mas um crescimento na capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, o chamado multitasking. De facto, o conteúdo portátil, faz com que as pessoas tentem-se concentrar em vários fluxos de informação e dispositivos ao mesmo tempo, demonstrando dificuldade em filtrar o que não é essencial. Uma grande parte dos jovens (77%) olha para o telemóvel quando está aborrecido e em 73% dos casos essa é a última coisa que fazem antes de adormecer. Nas pessoas com mais de 65 anos, apenas 10% revelam ter o mesmo comportamento. Esta dificuldade de concentração, de ter algo que lhes prenda a atenção durante um período considerável de tempo revela a inquietude e azáfama que vivemos no tempo presente, é geracional mas começa a escalar para todos os sectores da sociedade. Apenas o futuro dirá aquilo em que nos tornaremos mas esperamos que seja no sentido de sermos menos mecânicos e mais humanizados. 

Imagem retirada de: http://www.wisegeek.org/

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