Quarto homem mais rico do mundo defende três dias de trabalho por semana

Carlos Slim, um dos homens mais ricos no planeta, defende que uma semana de trabalho encurtada, de três dias, é a solução para a mudança na Civilização. Numa entrevista à Bloomberg, o presidente emérito da América Móvil considera "É importante que as pessoas não se reformem aos 50, 60 ou 65 anos de idade. Devem fazê-lo mais tarde, porque são eles que têm mais conhecimento e experiência. Mas ao mesmo tempo deveriam trabalhar três dias por semana para abrir espaço para os mais jovens".

Carlos Slim é mexicano, tem 76 anos e é conhecido como "rei Midas das telecomunicações", tendo transformado empreeendimentos decadentes em companhias lucrativas. Foi o homem mais rico do mundo três anos seguidos (2010, 2011 e 2012).

É actualmente o quarto homem mais rico do mundo segundo o ranking da revista Forbes, tendo uma fortuna compreendida em mais de 50 biliões de dólares. Controla 90% dos telefones no México, tendo um autêntico monopólio.

Para o empresário ter quatro dias semanais livres estimularia actividades variadas (turismo, entretenimento, cultura, educação, desporto) e a aprendizagem. "Com três dias de trabalho teríamos mais tempo para relaxar, para qualidade de vida. Ter quatro dias de descanso seria importante para gerar novas actividades de entretenimento", declarou ao Financial Times em Julho de 2014. Na altura era CEO da Telmex e apresentou a contrapartida do horário de trabalho ter de aumentar para 11 horas diárias e a idade de reforma para os 70 ou 75 anos.

Carlos Slim salienta agora que na empresa de telefones fixos da América Móvil, a Telmex, a oportunidade de trabalhar apenas três dias semanais já existe há alguns anos e aproximadamente 40% dos trabalhadores seleccionados aceitaram-na "É uma óptima mudança a de se trocar menos dias de trabalho por mais anos de trabalho até à reforma. Suponha que metade dos funcionários da Telmex era excedentário. Seria uma grande solução: teríamos metade a trabalhar de segunda a quarta-feira, o resto de quarta a sábado. Poderíamos prestar serviços 12 horas por dias durante seis dias. E as pessoas aposentar-se-iam aos 75 com mais tempo livre até lá".

Para Slim esta mudança de paradigma deve ser promovida pelas administrações públicas e pelas empresas dos sectores onde a maior produtividade teve consequência excedentes de mão-de-obra. O empresário acredita que, a despeito do pensamento de alguns economistas a produtividade cresceu imenso e que é por isso que o desemprego é um grande problema, sobretudo em território europeu. 

Retirado da vida activa actualmente, Carlos Slim defende que ao longo da História os avanços na tecnologia e o progresso levaram as pessoas a trabalhar menos tempos e que agora estas vivem mais tempo, sem necessidade de esforço físico e com melhor saúde.