Ashley Graham


Ashley Graham é uma modelo e activista corporal norte-americana. Tornou-se conhecida ao ser modelo de lingerie para a Lane Bryant e aparecer na capa da Elle, Vogue, Harper's Baazar, Glamour e em programas televisivos falando sobre ser uma modelo plus size. Este ano foi a primeira modelo do seu tipo a surgir na capa da Sports Illustrated Swimsuit Issue.
Natural de Lincoln, Nebraska, Ashley foi descoberta por uma agência de modelos em 2000  e ganhou destaque ao aparecer no editoral de 2009 da revista Glamour que dizia "Estes corpos são bonitos de todos os tamanhos". Trabalhou ainda para a Levi's, Marina Rinaldi, Target, Bloomingale's entre outros e no final de 2012 foi considerada a Full figured Fashion Week's Model of the Year.
Em 2013 Graham foi a designer de uma linha de lingerie para uma empresa canadiana de roupa plus size, a Addition Elle e apareceu no programa da MTV Made como coach para uma aspirante a modelo plus size. Também apareceu já em videoclips televisivos e participou em missões humanitárias na África do Sul com a Themba Foundation.
Ashley Graham tem falado em escolas secundárias sobre imagem corporal e auto-aceitação. É defensora do movimento Health at every size (saúde com todos os tamanhos), que se propõe apoiar as pessoas em adoptarem hábitos saudáveis pela sua saúde e bem-estar (em vez de controlo de peso). Pessoas que estão acima do peso ou obesas aprendem estilos de vida saudáveis e fazem-se esforços no sentido da anti-discriminação, que geralmente não incluem perda de peso como objectivo directo.
Recentemente Ashley Graham foi criticada por uma foto que postou no Instagram em que, por causa do ângulo utilizado, parece estar mais magra. Habituada desde cedo a críticas ao seu corpo (uns acham-no com demasiadas curvas, outros magro demais para ser plus size), Ashley não ficou em silêncio sobre o escrutínio público de que foi alvo. Num ensaio para a plataforma feminista Lenny, a modelo desabafa: "Eu sou mais do que as minhas medidas. Eu não sou a Ashley Graham só porque tenho curvas. Se eu quisesse perder peso não seria a decisão de mais ninguém a não ser minha. Recuso-me a deixar que os outros ditem como vivo a minha vida e como o meu corpo deve estar para o conforto dele. Nem vocês deviam deixar que isso acontecesse".
Graham promove o empoderamento feminino, uma imagem corporal positiva, a auto-confiança com o próprio corpo, um diálogo sobre o tema em que se estimule as pessoas a libertarem-se dos padrões de beleza da sociedade. Criou a comunidade #BeautyBeyondSize e é seguida actualmente por 2,3 milhões de pessoas na rede social Instagram.
Na sua conferência para a Tedx dada no ano passado e intitulada "Plus-size? More like my size" Ashley descreve a sua jornada ao estrelato da indústria da moda e inspira as jovens a serem o seu próprio modelo, a aceitação universal da diversidade corporal e a mudança de paradigmas de beleza. "Tu és corajosa, és brilhante e és bonita. Não há nenhuma outra mulher como tu. Tu és capaz. Senti-me livre assim que percebi que nunca me ia encaixar no molde estreito que a sociedade me queria encaixar. Nunca seria perfeita o suficiente para uma indústria que define perfeição de dentro para fora. E está tudo bem. Pregas, curvas, celulite, tudo isso. Eu amo cada parte de mim" começa por afirmar a modelo e segue reflectindo que após 15 anos de carreira no mundo da moda chegou à conclusão que as fisionomias são maravilhosamente únicas e diversas. "Eu sinto mesmo que precisamos de olhar para além dos paradigmas de modelo plus size. Enquanto jovem modelo, a minha confiança foi puxada e empurrada em direcções diferentes. Eu lutei para atingir verdadeira confiança. Ia para casa e olhava em frente do espelho e odiava o que via. E para preencher o vazio no meu interior, comecei a ceder a todos os vícios que encontrei no meu caminho. Entre as festas, os homens, o álcool, eu estava à procura de amor próprio, de afirmação de alguém quando na realidade eu não sabia quem era e eu não conseguia regular o meu próprio peso. Comecei a enfrentar as minhas inseguranças de frente". 
Falando sobre os padrões estéticos a manequim considera: "Precisamos de trabalhar juntas para redefinir uma visão global da beleza. E começa com tornar-te o teu próprio modelo" Ashley declara que a pessoa que a inspirava era a sua mãe que lhe ensinou que a verdadeira beleza vem de dentro e que a validação e auto-estima vinham de dentro também "Nos meus momentos mais baixos de insegurança foi quando eu percebi que tinha de reclamar o meu corpo e a minha imagem como meus. A moda plus size é uma indústria de 18 biliões de dólares. O meu corpo, a minha confiança, têm sido dissecados, manipulados e controlados por outros que não o compreendem necessariamente." Graham afirma ter um propósito maior enquanto mulher "Tenho um propósito maior de redefinir a beleza. A beleza feminina. As modelos curvilíneas estão a vocalizar mais e mais a natureza isoladora do termo plus size. Estamos a chamar-nos o que queremos ser chamadas: mulheres com formas que são nossas. Acredito que a beleza vai para além do tamanho. Com tanta ênfase no corpo e no exterior, não é de admirar que soframos tanto internamente. Nunca deixes ninguém dizer-te que não podes. Eu atingi e ainda estou a atingir o que parecia impossível. O meu objectivo é dar voz a jovens mulheres. Dar uma voz a jovens mulheres que lutam para encontrar alguém em que se possam rever. Para raparigas que lutam para olhar no espelho e dizer "Amo-te". Para mulheres que se sentem desconfortáveis a expressar a sua confiança que têm fechada dentro de si próprias. Para mulheres que abandonaram os seus direitos para outra pessoa. É crítico que tanto homens como mulheres criem um ambiente de positivismo corporal. Elevem as mulheres importantes nas suas vidas. Criem um espaço seguro para elas expressarem o seu corpo e beleza pelo que são e não pelo que não são". 
Ashley Graham termina o discurso com palavras de auto-confiança muito fortes: "Sê tu. Sê real. Sê autêntica. Sê o teu tipo favorito de mulher. Não deixes outra pessoa assumir esse trabalho. E lembra-te que esta é a geração da diversidade corporal".







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