Dez princípios de desenvolvimento pessoal segundo Hugo Van Zeller
Nem sempre a nossa configuração mental trabalha a nosso favor e por vezes é preciso fazer reset aos nossos pensamentos e ideias rumo a uma vida melhor e mais satisfatória.
No campo do desenvolvimento pessoal, o coach e formador Hugo Van Zeller (www.hugovanzeller.com) destaca dez princípios importantes. São eles a simplicidade, a autenticidade, a intenção, a ressignificação, o foco, a responsabilidade, a causa/efeito, os recursos, a flexibilidade e a missão.
É vital saber retirar o que está a mais e tal como num jardim em que se poda as plantas e corta as ervas daninhas, saber cuidar daquilo que temos e ir em frente. Por vezes temos tendência a pensar demais e quanto mais analisamos as situações, mais paralisados ficamos. Há que chegar a um compromisso saudável entre ponderar uma situação e agir. Manter a vida simples é uma virtude, como se costuma dizer para entender algo temos de ser capazes de o explicar de forma simples, se não conseguimos fazer isso é porque não o entendemos suficientemente bem. O nosso eu é único e especial, alguém precisa do que temos para dar e devemos viver essa verdade e eliminar as máscaras que nos impedem de chegar à nossa essência. A nossa consciência tem de estar desperta, desbloquear a energia que temos cá dentro, donde advém o nosso poder pessoal.
Quem vive tendo um significado com raízes profundas na sua vida, uma sensação de sentido, é capaz de suportar melhor as adversidades. Pode mudar, moldar-se mais facilmente, sempre praticando a gratidão. É nas dificuldades que muitas vezes entendemos o que queremos ou não queremos e essas dores de crescimento vão formar quem somos. Hugo Van Zeller diz que somos uma peça no quebra cabeças do Universo e que podemos usar sempre o nosso testemunho pessoal para ajudar alguém, para criar uma mensagem.
Ter foco é fundamental. Saber ouvir a canção da vida, reconhecer as habilidades que temos enquanto ser humano e fazer esforços no sentido de potenciá-las é um dos segredos do sucesso. Nos tempos modernos a concentração é um desafio uma vez que temos cada vez mais distracções em várias frentes. No entanto, é sempre possível, tal como o sol, fazer convergir a nossa energia para um único ponto importante da sua nossa vida.
Temos ainda de assumir a nossa responsabilidade, ter a capacidade de responder perante a vida, agir na nossa área de influência, exercer o nosso poder de decisão e de fazer diferente. Para tal é necessário possuir auto-conhecimento, virar o olhar para dentro. Toda a nossa a acção vai causar uma reacção, como lançar uma pedra num lago e vai afectar a nossa vida e de outras pessoas. Temos de assumir o comando da nossa existência e por as coisas em causa as vezes que se revelarem necessárias.
Em nome de uma melhoria de vida e de mais felicidade estamos dispostos a investir recursos, meios que já temos à nossa disposição como tempo, recursos físicos, dinheiro, as nossas respostas interiores, dons, talentos, paixões, etc. Há sempre algo que nos realiza mais do que outras actividades e que flui tão naturalmente que muitas vezes nem parece trabalho. É nisso que devemos apostar.
É preciso ter flexibilidade para sabermos contornar os obstáculos, para ultrapassarmos as limitações causadas eventualmente pela nossa rigidez e perfeccionismo exagerado. Para atrairmos o que queremos devemos mentalizar-nos que não temos de seguir sempre o mesmo caminho, que podemos seguir caminhos diferentes. Hugo Van Zeller dá exemplo de um rio que apesar de ser sinuoso consegue sempre chegar ao destino que é suposto.
Por último, surge-nos o conceito de missão. Estamos interligados uns aos outros e estamos cá para descobrir o nosso propósito e razão de viver, para encaixarmos de alguma forma. Não é preciso ver a escada toda para começar a subi-la nem ver a estrada toda para conduzir à noite. O caminho faz-se caminhando gradualmente, dando pequenos passos e atingindo metas que propusemos a nós próprios, em que se subdividem os objectivos principais. Quando observamos que a vida não nos corre como desejávamos temos de aceitar com a naturalidade possível esses altos e baixos, curvas e contra curvas porque fazem parte de qualquer jornada. Há alturas em que nos sentimos iluminados e acompanhados, outras em que estamos solitários e menos motivados. Contudo, de acordo com o coach isso não impede que possamos ser os heróis e realizadores da nossa vida, descobrindo facetas escondidas em nós e acabando revigorados ao longo do processo. Não calculando demasiado, dando os passos necessários para virar a mesa, deixando de lado sensações de inferioridade, somos capazes de fazer bem a nós mesmos e aos outros. Todos temos superpoderes que não sendo voar, ficar invisível ou visão raio x, são os nossos dons, constituem-nos e fazem de nós seres especiais e irrepetíveis. Ser humano é conseguir derrubar limites e limitações, limar defeitos e procurar o desenvolvimento pessoal que fica para lá do que é comum, que é extraordinário porque nos conecta imediatamente a tudo o que existe.
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