Joy, Leonor Andrade & De que falamos quando falamos de amor

Filme: "Joy" (2015)_ Realizado por David O. Russell e protagonizado pela brilhante Jennifer Lawrence (cuja interpretação eleva automaticamente a qualidade de qualquer filme em que entre) este filme baseado numa história real, apresentamo-nos a vida de Joy Mangano, uma criança criativa e promissora que é actualmente divorciada, mãe de dois filhos, frustrada com a vida e com a mãe que vive como que alienada da realidade, presa aos enredos televisivos a que assiste. Narrado como uma história de contos de fadas, a película mostra como encorajada pela avó, Joy decide lutar pelo seu sonho de ser uma empresária bem-sucedida ao, após ter-se cortado ao apanhar cacos de vidro do chão, inventar uma esfregona que se torce sozinha, em longas camadas de algodão ultra-absorvente. Joy é uma obra simples, despretensiosa que através dos altos e baixos da personagem título pretende inspirar e lançar evidência de que vale a pena ir atrás dos sonhos.

Música: Leonor Andrade "Setembro" (2016)_ Álbum de estreia da cantora portuguesa nascida a 13 de Setembro de 1994 no Barreiro, que representou o país na Eurovisão no ano passado, "Setembro" apresenta uma sonoridade complexa, com electrónica e melodias fortes que Leonor apelida de "dark pop". Canções que falam de amor, desilusão, conflitos interiores, perda e confusão marcam este registo pessoal e intimista que vem enriquecer indubutivelmente o panorama musical nacional. "Strong for too long", "Não dá mais", "My heart is bleeding out of my chest", "Escapas-me" e "Requiem" são algumas das músicas mais bem conseguidas deste notável primeiro trabalho discográfico.

Livro: "De que falamos quando falamos de amor" (1981) de Raymond Carver_ Pequenos contos de grande qualidade literária do inimitável escritor norte-americano Raymond Carver que dissertam sobre o amor de todos os tipos, situações caricatas do quotidiano que nos fazem pensar profundamente sobre o comportamento e a condição humana.