Mortes no entretenimento em 2016

David Bowie (1947-2016) foi um cantor, compositor, actor e produtor musical inglês, um dos mais influentes ícones na música contemporânea. Referido como "camaleão da rock" possuiu a capacidade de metamorfose da sua imagem, tendo-se mantido relevante há 50 anos na música pop. Inovador, intelectualmente provocador, profundo e de vocal característico David Bowie deixa-nos discos emblemáticos como "The man who sold the world", "The rise and fall of Ziggy Stardust and the spiders from Mars", "Low", "Heroes" e o mais recente, lançado a 8 de Janeiro deste ano, "Blackstar". David Bowie faleceu a 10 de Janeiro, vítima de cancro no fígado.

Mais conhecido por desempenhar o papel de Severus Snape na saga Harry Potter, o aclamado actor britânico Alan Rickman (1946-2016) actuou ainda em filmes marcantes como "Die hard", "Michael Collins", "Sensibilidade e bom senso", "Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões" e "Love actually- O amor acontece". Morreu a 14 de Janeiro após, de acordo com a família, uma longa batalha contra o cancro.

René Angelil (1942-2016) foi um músico e empresário musical de original síria, casado desde 1994 com a célebre cantora canadiana Céline Dion, René notabilizou-se por ser o seu manager e principal responsável pelo lançamento da sua carreira em 1980 no Québec. Consta que para a diva da música gravasse o primeiro cd "La voix du bon Dieu", hipotecou a própria casa. Teve cancro na garganta pela primeira vez em 1998 mas recuperou. Em 2014 é diagnosticado com uma reincidência do cancro no mesmo local. Morreu a 14 de Janeiro, aos 73 anos de idade.

José Boavida (1964-2016) foi um conhecido actor, encenador e escritor português. Participou em várias novelas como "Morangos com açúcar", "A família Mata", "Rosa fogo", "Bem-vindos aos Berais" e mais recentemente em"Coração d'ouro". Participou ainda em séries como "Médico de família" no documentário "A hora da liberdade". A 7 de Janeiro perdeu os sentidos na rua junto ao carro na zona de Queluz. Ficou internado em coma induzido com prognóstico de reservado. Os danos revelaram-se irreversíveis e o actor faleceu a 26 de Janeiro, com apenas 53 anos. Terá sofrido uma paragem cárdio-respiratória. Foi o fim de uma carreira de 30 anos em palcos e na televisão.

Nicolau Breyner (1940-2016) Neste mês deixou-nos um dos maiores nomes da representação portuguesa. Natural de Serpa, o actor e encenador Nicolau Breyner iniciou-se no teatro . Foi co-autor do guião da primeira novela portuguesa "Vila Faia" (1982). Ganha grande notoriedade após o 25 de Abril de 1974 em que concebe o seu primeiro programa televisivo "Nicolau no País das Maravilhas", em que protagonizava juntamente com Herman José a rábula "Senhor feliz e senhor contente". Foi um percursor da indústria da ficção televisiva portuguesa ao fundar a NBP Produções (agora Plural Entertainment) de que era administrador, produtor e realizador. Participou em no sitcom "Nico D'obra", nas séries "Conde d'Abrnhos", "A Ferreirinha", "Equador" e "Morangos com açúcar" e nas novelas "Fúria de viver", "Vingança", "Louco amor, "Jardins proibidos" e "O beijo do escorpião", entre muitos outros. Ao longo da sua vasta carreira participou em quase 50 filmes como "Jaime" (1999), "Kiss me" (2004), "O milagre segundo Salomé" (2003). "Os imortais" (2003), "O crime do Padre Amaro" (2005), "Corrupção" (2007),"Call girl" (2007), " A arte de roubar" (2008), "Comboio nocturno para Lisboa" (2013), "Os gatos não têm vertigens"(2014) e "Virados do avesso"(2014). Recebeu três Globos de Ouro de melhor actor. Realizou os filmes "Contrato" (2009), e "A teia de gelo" (2012) Morreu a 14 de Março, aos 75 anos, em Lisboa, vítima ao que tudo indica, de ataque cardíaco.