Jackson Pollock

Jackson Pollock, nascido a 28 de Janeiro de 1912 e falecido a 11 de Agosto de 1956 foi um pintor norte-americano e um ícone do expressionismo abstracto. Natural do estado de Wyoming, iniciou os seus estudos em Los Angeles, tendo sido expulso da Manual Arts High School em Echo Park. California. Explorou a cultura Americana nativa nas viagens com o seu pai. Posteriormente mudou-se para Nova Iorque seguindo o irmão mais velho, Charles Pollock. Estudou na Art Students League sob direcção de Thomas Hart Benton. O uso rítmico da tinta e a independência de Benton tiveram influência no trabalho de Pollock. No início dos anos 1930 passou um Verão em tour no oeste dos Estados Unidos.
De 1938 a 1942 durante a Grande Depressão trabalhou no WPA Federal Art Project. Era considerado um homem de personalidade volátil e com problemas com o alcoolismo.Fez psicoterapia jungiana e é encorajado a expressar-se através da sua arte, com arquétipos desta escola de Psicologia. O seu trabalho reflecte tensão ético religiosa e um entendimento de arte inconsciente, reflexo do seu interior. Especula-se actualmente que o pintor poderia sofrer de doença bipolar.
A sua técnica de pintura, criada por Max Ernst (pintor alemão naturalizado norte-americano e depois francês) era chamada de dripping (gotejamento) no qual pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro, respingando a tinta sobre as telas, com os pingos a formarem traços harmoniosos. Do pingo de tinta que cai na tela surge a obra de arte, sem o tradicional cavalete e pincéis. A sua arte combina simplicidade com pintura pura e as suas obras maiores são de dimensões imponentes. Tornou-se fundamental na pintura de acção (action painting). Com esta técnica Pollock conseguiu ter um meio imediato de criar arte, a tinta fluindo literalmente da ferramenta escolhida para a tela. Ao desafiar a convenção de pintar numa superfície vertical, adicionou uma nova dimensão ao ser capaz de aplicar tintas a telas de todas as direcções.
Sobre pintar no chão Pollock afirma “Sinto-me mais à vontade, mais perto, mais parte da pintura, uma vez que desta forma posso caminhar em torno dela, trabalhar dos quatro lados e literalmente estar na pintura. Quando eu estou na pintura, não estou consciente do que estou a fazer. Não tenho medo de fazer mudanças, destruir a imagem, etc, porque a pintura tem vida própria. Tento deixá-lo vir à tona. É apenas quando perco contacto com a pintura que o resultado é uma confusão. De outra forma há harmonia pura, um dar e receber fácil e a pintura sai bem”. 
A sua técnica era influenciada pelos muralistas mexicanos e automatismo surrealista, combinando o movimento do corpo, o escorrer da tinta, a força da gravidade e a absorção de tinta pela tela. Era uma mistura de factores controláveis e incontroláveis. Ele movia-se energicamente à volta da tela, quase como numa dança e não parava até ver o que queria ver. Os seus quadros mais famosos foram durante o período de gotejamento entre 1947 e 1950. No auge da fama e após ser considerado o maior pintor a viver nos Estados Unidos abandona esse estilo. Após 1951 produz trabalhos mais escuros em cor, em que tenta encontrar um equilíbrio entre a abstração e a figura mas que não teve sucesso. O seu alcoolismo agrava-se em consequência da pressão e frustração pessoal.
Pollock abandona então os títulos nas suas pinturas e começa a numerá-las, de forma a que estes não tragam um tema ou ideia pré-concebida do que são. “Os números são neutrais. Pintura pura”. Um dos seus quadros que recebeu muita atenção foi "Blue Poles: No. 11 de 1952.
Jackson Pollock teve o seu trabalho reconhecido e com exposições por todo o mundo mas nunca deixou os Estados Unidos. Faleceu a 11 de Agosto de 1956, com 44 anos, num acidente de viação, ocorrido perto de casa, enquanto conduzia alcoolizado. Foi casado com a pintora Lee Krasner, que iria influenciar a sua carreira e preservar o seu legado.














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