Sindrome do impostor
A síndrome do
impostor é um fenómeno, de forma permanente ou temporário que acomete uma pessoa que, independentemente do sucesso alcançado e provas das suas competências acredita não
merecer as suas conquistas e serem fraudes. Todos os triunfos são
vistos como golpes de sorte como ter convencido os outros de que era
mais inteligente do que era na verdade. Não é uma desordem
psicológica reconhecida mas tem sido tema de ensaios e livros.
Segundo um estudo
realizado pela psicóloga Gail Matthews, da Universidade Dominicana
da Califórnia (EUA), a síndrome do impostor atinge 70% de
profissionais de sucesso, principalmente mulheres. É frequentemente
encontrada no meio académico, como entre estudantes de
pós-graduações e mestrados.
Uma pessoa que sofre
da síndrome do impostor pode tender a trabalhar
em excesso ao ponto de se tornar um workholic preocupando-se
obscessivamente com todos os aspectos da sua carreira. No outro
oposto pode não trabalhar tanto quando lhe era possível para evitar a
vulnerabilidade que vem do esforço árduo e desculpabilizar-se de que podia ter tido sucesso se realmente
tentasse. Pode ainda assumir uma posição discreta na carreira ou
transitar de postos para que o chefe não entenda que é uma fraude. É frequente estas pessoas pensarem que só dizem que tem talento e habilidade porque gostam
de si ou pelo seu carisma social e não pelo seu intelecto e mérito.
Quem se sente uma fraude vive no pânico
de ser desmascarado e que lhe apontem as suas falhas. Em muitos casos
as pessoas afectadas pela síndrome do impostor procrastinam o máximo
que podem e acreditam funcionar melhor sob pressão quando na verdade
a falta de tempo pode prejudicar a qualidade do seu trabalho. No
entanto isto funciona como uma máscara que não lhes permitirá
diagnosticar qualquer incapacidade. Não terminar nada de que se
começa é uma forma de protecção, ao dizer que o seu projecto
ainda está em andamento ou foi apenas uma experiência poupa-se de
ser descoberto e da vergonha de ser eventualmente criticado. A
auto-sabotagem como indo para um exame cansado ou ressacado é outra
forma de resguardo já que se falhar pode colocar a culpa em factores
externos.
Liberte-se
dos seus medos e escolha como mote “Nunca um fracasso, sempre uma
lição”, não trabalhe focando-se em erros mas em objectivos e
oportunidades de auto-desenvolvimento. As dores de crescimento
implicam expandir-se, expor-se e correr certos riscos mas no final
acabarão certamente por ser muito gratificantes. Olhe para dentro de
si e procure amentar a sua auto-estima: sinta-se digna do que tem, do
seu sucesso e sobretudo de alcançar a felicidade.
Comentários
Enviar um comentário