O exemplo de Tugce
Passaram
dois meses desde a morte de Tugce Albayrak mas o seu acto de heroísmo e
abegnação continua vivo na memória de muitos que tiveram conhecimento da sua
história de final trágico. No dia 15 de Novembro, a estudante de origem turca estava
num McDonald’s com duas amigas quando ouviu gritos na casa de banho e correu
para defender duas adolescentes que estavam a ser assediadas por vários homens.
Mais tarde nessa noite, a jovem foi agredida no parque de estacionamento com
uma pancada na cabeça. Albayrak ficou em coma durante duas semanas até lhe ser
diagnosticada morte cerebral. No dia 28 de Novembro, em que completaria 23
anos, a família autorizou que fosse desligado o suporte que a mantinha viva.
Centenas
pessoas foram ao funeral de Tugce Albayrak, que decorreu numa mesquita em
Wachtersbach, na região central do país, numa cerimónia exibida pela
televisão.O seu caixão tinha inscrições douradas em árabe e foi coberto com as
bandeiras alemãs e turca. O funeral foi realizado em turco e alemão e contou
com a presença do embaixador da Turquia na Alemanha e do governador do Estado
do Esse.
A
jovem vista agora como uma heroína era aluna da Universidade Justus-Liebig,
perto de Frankfurt e tinha o sonho de dar aulas de alemão. Joachim Gauck, o presidente
alemão frisou a sua coragem. A sua tia Reyhan Kes declarou à Associated Press
“Ela era uma rapariga de personalidade forte. Acredito que teria sido uma
professora perfeita”.
Esta é uma vida que acabou precocemente devido à
violência e barbárie contra a qual há que lutar diariamente, quer com uma
legislação mais pesada para os agressores quer com acções de sensibilização e
campanhas que consciencializem os cidadãos para a necessidade de uma conduta
respeitadora e pacífica.
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