Maria de Vasconcelos
Maria de Vasconcelos nasceu em Lisboa a 14 de Dezembro de 1970. A música acompanha-a desde cedo, aprende guitarra e depois violino no Conservatório e começa a tocar em orquestras e a fazer canções. Nunca descura os estudos, filha de uma enfermeira parteira, desde os 7 anos que sonha em ser médica. No 10º ano num trabalho escolar descobre as doenças mentais e decide-se pela Psiquiatria. Licencia-se em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa em Julho de 1994 e termina o Internato Complementar da especialidade em Fevereiro de 2001. Tem ainda uma pós-graduação em Psicoterapia Gestalt. Ao longo do curso de Medicina Maria tem todo o tipo de actividades extra-curriculares: na moda é manequim da Elite, na rádio é animadora do Programa da Manhã da Rádio Comercial, na televisão é apresentadora de programas na RTP como a Companhia dos Animais e esteve em cena em várias salas do país com "O Homem que mordeu o cão", que deu origem a um programa transmitido pela TVI. Foi ainda assistente convidada de Histologia e Embriologia entre 2004 e 2008.
Em 2005 surge o disco de estreia "Era uma vez..." conduzido por melodias simples e encantadoras com o som da guitarra a evidenciar a voz cheia de candura de Maria de Vasconcelos. Produzido por Pedro Renato (Belle Chase Hotel) é o espelho de uma artista completa que diz encontrar na guitarra a melhor companhia de tempos felizes e o melhor ansiolítico em tempos conturbados. Destaque para as canções "Enlouquecer", "Tu que me inventaste", "Plágio", "Mathilde" (composto para a primeira filha da cantora) e o tema que fecha o álbum "Que venças dragões, que guardes princesas".
Em 2012 sai o livro e dvd didáctico "As canções da Maria" que com o mote "tudo é mais fácil a cantar" visa ser uma ferramenta de aprendizagem para as crianças, com conteúdos escolares actualizados. De forma divertida e lúdica, este é um projecto que forma e ensina ao mesmo tempo que põe um sorriso na cara de quem o ouve. De salientar "Os números a cantar", "Os ditongos a cantar", "Contar pelos dedos", "Boas maneiras (não custa nada) e "Pó de estrelas (Natal)".
Depois do grande sucesso de As canções da Maria I, sai em 2013 o segundo livro e dvd, com matérias escolares de um nível avançado. Destaque para "Tiquetaque (As horas e a tabuada do 5)", "Comer e digerir (o aparelho digestivo)", "O Xarope do amor- ciência fascinante com c", "Zizi, sua alteza- a amizade com z" e "Lengalenga das manas M".Há certa de um ano atrás Maria de Vasconcelos partilhou a sua visão descontrutiva do ensino no TEDx Boavista numa apresentação intitulada "Um outro olhar sobre a aprendizagem". Este ano voltará a participar no formato no TEDx Feira.
Em Dezembro de 2009 Maria de Vasconcelos passa o pior dia de toda a sua vida, que ela descreve eufemisticamente como "um acidente de percurso". Sem conseguir respirar chega à unidade hospitalar de Cascais perto da sua casa em paragem cardíaca segundo os médicos possivelmente a um minuto de ser tarde demais. Internada no hospital durante dias a fio, Maria ocupa os seus dias a escrever enfrentando a incerteza sobre a sua condição que não dá sinais de melhorar. Após ter alta e depois de ser diagnosticada erroneamente com asma, é só com a ida ao imonoargeologista Pedro Mata que recebe o diagnóstico certo: um fungo raro chamado Stachybotrys. A história periclitante da saúde de Maria de Vasconcelos teve assim o final feliz que merecia.
Com as duas filhas Mathilde e Manon e o marido Xavier, Maria de Vasconcelos continua a par das apresentações para promover o seu livro e a sua música, a exercer a prática clínica como psiquiatra. Em entrevista para a Caras resume a sua filosofia de vida "Não sou perfeccionista mas sou muito competitiva comigo própria, tenho que dar sempre o meu melhor".
Maria de Vasconcelos continua a sua carreira polivalente mostrando ser uma verdadeira mulher dos sete ofícios, próxima do ideal do Renascimento ao combinar ciência e arte com resultados brilhantes.
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