Transbordante

Como um vulcão a entrar em actividade
Como um poeta a entregar o seu coração
Saí da sombra escura da clandestinidade
E pousei os meus pés aflitos no chão

Vi mitos a tornarem-se realidade
Nada que se comparasse ao meu fulgor
Sereias a existir de verdade
Nada que se comparasse ao meu amor

Temor de ver nos teus olhos coisa nenhuma
A ausência de todo e qualquer afecto
Do mar são a mais fina espuma
Fazem de mim pobre coitada sem tecto

Nós somos da dimensão do que sonhamos
Não somos máquinas, somos ávidos de esperança
Meros mas irrepetíveis seres humanos
Cheios de vitalidade e de pujança 

Do beijo mais puro
Do cálice mais sagrado
Provei quanto se tornou claro o obscuro
E sem reparar fiquei ao teu lado

O relógio bate numa só direcção
E grita amor pleno e abundante
Sem desenganos e solidão
O mais mágico, o mais transbordante


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