Menina yemenita morre por agressão sexual na noite de núpcias
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Uma menina de 8 anos do Yémem (país árabe
localizado na extremidade sudoeste da Península da Arábia) morreu na sua noite
de núpcias por lesões sexuais, na sequência do seu casamento forçado com um
homem de 40 anos.
A criança, de seu nome Rawan, padeceu no
passado dia 13 de Setembro na zona tribal de Hardh (noroeste do Yémen) após ter
sido agredida sexualmente pelo marido, causando graves ferimentos internos
(ruptura uterina acompanhada de hemorragias intensas).
Numerosas organizações de defesa dos direitos
humanos já se manifestaram contra a família da pequena Rawan por ter permitido
o matrimónio e contra o marido, que somava o quintuplo da sua idade.
Infelizmente, este caso chocante de abuso
infantil está longe de ser fora do comumno Yémen. De acordo com a publicação
Albawaba, quase uma em quatro meninas yemenitas, é obrigada a casar-se antes de
completar 15 anos. Em Fevereiro de 2009, foi promulgada uma lei que estabelecia
17 como idade mínima para contraír matrimónio. Porém, foi revogada por
legisladores conservadores que a classificaram como sendo anti-islâmica. Em
Julho deste ano um vídeo de uma menina yemenita de 11 anos, Nada al-Ahdal,
tornou-se viral. No depoimento dramático, a jovem informa que fugiu de casa
para ir viver com um tipo de forma a evitar um casamento forçado por motivos
financeiros. Nada al-Ahdal acusa a família de destruír os seus sonhos e diz que
prefere morrer do que casar-se contra a sua vontade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima
que diariamente, 39 000 meninas com
idades inferiores a 18 anos se casam no Yémen.
Estatísticas realizadas pelo Fundo das Nações
Unidas para a População (FNUAP) apontam para que, entre 2011 e 2010, mais de
140 milhões de meninas yemenitas vão-se tornar meninas-esposas.
Pressões externas, como as da comissária
europeia Katherine Ashton pedem ao Yemen que cesse com os casamentos forçados e
tome medidas para proteger as meninas deste tipo de situações.
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